Os 10 melhores episódios de Breaking Bad segundo o IMDb

A série de TV Breaking Bad não é apenas um simples seriado; é um marco que redefiniu os padrões para dramas televisivos, tanto em termos de roteiro quanto em termos de atuação e reviravoltas. A jornada impactante de Walter White, de professor de química frustrado a traficante implacável, segue fascinando espectadores muito tempo após seu fim. Entre altos e baixos dramáticos, os melhores episódios de Breaking Bad nos entregaram momentos inesquecíveis, repletos de intensidade e dilemas morais, consolidando-se na memória do público.

Por isso, fomos até o IMDb, maior referência mundial em avaliações cinematográficas, para reunir os 10 melhores episódios de Breaking Bad segundo a opinião dos próprios fãs. Está pronto para relembrar os capítulos mais emblemáticos dessa obra-prima? Será que os seus episódios favoritos também vão aparecer aqui?

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1. Ozymandias (10.0)

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“Ozymandias” é simplesmente o ponto mais alto da televisão moderna. Com uma nota perfeita após mais de 200 mil avaliações no IMDb, este episódio dirigido por Rian Johnson representa o colapso total do império de Walter White. O momento em que todas as mentiras, manipulações e decisões questionáveis finalmente cobram seu preço é de uma intensidade raramente vista. A cena de Walt rolando seu barril de dinheiro pelo deserto, enquanto “Take My True Love By the Hand” toca ao fundo, é uma metáfora visual perfeita para a queda do rei.

Uma curiosidade fascinante é que o título faz referência direta ao poema de Percy Bysshe Shelley sobre um rei poderoso cujo império se transformou em ruínas no deserto – exatamente como acontece com Walter. A preparação para esta filmagem foi meticulosa, com Johnson planejando cada tomada para maximizar o impacto emocional. Bryan Cranston entregou uma das performances mais viscerais da história da TV, especialmente na cena em que Walt revela a Jesse seu papel na morte de Jane, um momento que estava guardado desde a segunda temporada.

2. Felina (9.9)

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O episódio final de Breaking Bad conseguiu o que poucos finais na história da televisão alcançaram: um encerramento satisfatório e emocionalmente impactante. “Felina” representa a última jornada de Walter White, retornando a Albuquerque para fazer as pazes com seu passado, garantir o futuro financeiro de sua família e se vingar de seus inimigos. A engenhosidade de Walt até seu último suspiro é fascinante, com cada movimento meticulosamente planejado como o jogo de xadrez que sempre foi sua especialidade.

O título “Felina” é um anagrama brilhante de “finale” e também uma referência à música “El Paso” de Marty Robbins, que toca no início do episódio. Mais impressionante ainda é que as letras Fe-Li-Na representam os elementos químicos ferro (sangue), lítio (metanfetamina) e sódio (lágrimas) – uma alusão perfeita a “Blood, Meth and Tears”. A confissão final de Walt a Skyler – “Eu fiz isso por mim. Eu gostava. Eu era bom nisso” – é um momento definidor que finalmente revela a verdade que esteve oculta por toda a série. Uma obra-prima! Me arrepio só de lembrar!

3. Face Off (9.9)

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O confronto definitivo entre Walter White e Gus Fring resultou em um dos momentos mais icônicos da história da televisão. “Face Off” entrega exatamente o que seu título promete, com uma sequência final que deixa todos os espectadores de queixo caído. A genialidade está na forma como Walter manipula Hector Salamanca, transformando seu antigo inimigo em uma arma contra um adversário comum. A explosão que elimina Gus é magistralmente filmada, permitindo que vejamos literalmente metade de seu rosto destruído antes dele ajustar calmamente a gravata e cair.

Poucos sabem que a sequência da morte de Gus exigiu um trabalho de efeitos visuais extremamente complexo. A equipe criou uma prótese facial detalhada e utilizou CGI para mostrar o lado destruído do rosto. Giancarlo Esposito ensaiou exaustivamente seu último movimento – o ajuste da gravata – para que parecesse simultaneamente digno e perturbador. É interessante notar como esse episódio encerra não apenas Gus, mas também a rivalidade que definiu toda a quarta temporada, preparando o terreno para a ascensão final de Heisenberg na quinta.

4. To’hajiilee (9.8)

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“To’hajiilee” é um masterclass em construção de tensão, preparando o terreno para o devastador “Ozymandias”. Nomeado em homenagem à reserva indígena onde Walt e Jesse realizaram seu primeiro cozimento, o episódio traz uma simetria poética ao mostrar Walter encurralado no mesmo local onde tudo começou. A sequência final de tiroteio, filmada no deserto aberto em plena luz do dia, cria uma sensação de desespero absoluto que raramente foi igualada na televisão.

Nos bastidores, o diretor Michelle MacLaren filmou a cena do tiroteio utilizando várias câmeras simultaneamente para capturar a intensidade do momento sob diferentes ângulos. Muitos fãs consideram a cena em que Hank finalmente prende Walt como um dos momentos mais satisfatórios da série, com Dean Norris entregando a linha “Você tem o direito de permanecer em silêncio. Boa sorte por aí, parceiro” com uma combinação perfeita de triunfo e desprezo que levou anos sendo construída. A revelação de que Walt pediu para Jack não vir, seguida pela chegada dos neonazistas, cria um dos cliffhangers mais angustiantes jamais vistos.

5. Crawl Space (9.7)

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O momento em que Walter White se transforma completamente em Heisenberg acontece em “Crawl Space”. Ao descobrir que Skyler deu seu dinheiro para Ted, Walt tem um colapso emocional no espaço rastejante sob sua casa, sua risada histérica ecoando enquanto a câmera se afasta em um dos enquadramentos mais perturbadores já vistos na TV. A montagem sombria, a trilha sonora angustiante e a performance transcendental de Bryan Cranston criam um momento de horror puro que marca o ponto de não retorno para o personagem.

Uma curiosidade interessante é que a filmagem da cena final exigiu que construíssem um espaço rastejante especial que permitisse que a câmera se movesse verticalmente para capturar aquele icônico afastamento. Outra curiosidade é que a risada maníaca de Walt não estava originalmente no roteiro – foi uma escolha de Cranston no momento, que deixou a equipe tão impressionada que foi mantida no corte final. A iluminação vermelha que banha gradualmente a cena foi uma escolha deliberada para simbolizar o sangue que inevitavelmente seria derramado como resultado deste momento crucial.

6. Dead Freight (9.7)

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“Dead Freight” representa Breaking Bad em seu melhor: um assalto perfeitamente executado que combina engenhosidade científica, suspense cinematográfico e consequências morais devastadoras. A sequência do roubo ao trem é filmada como uma cena de faroeste moderno, com Jesse deitado sob os trilhos enquanto o trem passa por cima dele, criando alguns dos minutos mais tensos da série. A genialidade do plano – substituir a metilamina por água sem alterar o peso – demonstra a mente brilhante de Walter White em pleno funcionamento.

O que poucos sabem é que a sequência do assalto ao trem, que dura cerca de 14 minutos na tela, levou mais de uma semana para ser filmada. A equipe construiu trilhos especiais para posicionar as câmeras e capturar os ângulos mais dinâmicos. O verdadeiro golpe de mestre do episódio, no entanto, é o choque de realidade final: após o êxito perfeito do roubo, Todd friamente elimina uma testemunha inocente – um garoto em sua bicicleta. Este momento brutal lembra aos espectadores que, apesar da empolgação que sentimos com o sucesso do plano, estamos torcendo por criminosos cujas ações têm consequências horríveis.

7. Full Measure (9.7)

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O final da terceira temporada coloca Jesse Pinkman em sua posição mais impossível: matar Gale Boetticher para salvar Walter White. “Full Measure” brinca magistralmente com a tensão entre os planos de Gus para substituir Walt e a determinação de Walter em sobreviver a qualquer custo. O momento em que Jesse, com lágrimas nos olhos, aponta a arma para um Gale suplicante é de uma potência dramática raramente igualada, forçando o personagem mais moral da série a cruzar uma linha que mudará sua alma para sempre.

Vince Gilligan revelou que a decisão de encerrar a temporada com um cliffhanger – o tiro de Jesse e a tela escurecendo antes de vermos o resultado – foi extremamente controversa na sala dos roteiristas. Alguns argumentaram que o público merecia ver a conclusão, mas Gilligan insistiu que o momento não era sobre Gale, mas sobre a alma de Jesse sendo comprometida irrevogavelmente. Aaron Paul passou horas se preparando emocionalmente para a cena final, chegando ao ponto de se isolar do resto do elenco nas horas que antecederam a filmagem para encontrar o estado emocional exato de desespero e relutância que a cena exigia.

8. Granite State (9.7)

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Antes do grande final, “Granite State” oferece um momento de contemplação sombria, mostrando Walter isolado nas nevadas montanhas de New Hampshire, longe de sua família e império. O contraste entre o poderoso Heisenberg e o homem desolado que paga $10.000 por duas horas de companhia humana é devastador. A cena em que Walt tenta convencer seu filho a aceitar seu dinheiro, apenas para ser rejeitado com desprezo, representa o verdadeiro custo de suas escolhas – a perda daqueles por quem supostamente fez tudo isso.

A produção deste episódio enfrentou desafios únicos, já que a neve que vemos não é natural – a equipe teve que criar um ambiente invernal no Novo México utilizando toneladas de gelo artificial e efeitos especiais. Robert Forster, que interpreta o desaparecedor Ed, originalmente fez um teste para o papel de Walter White anos antes, e sua atuação como o homem que isola Walt em sua “prisão” autoimposta traz uma camada extra de profundidade. O momento em que Walt finalmente decide se entregar, apenas para ver seu antigo parceiro Gray Matter diminuindo suas contribuições na TV, representa a fagulha final que reacende Heisenberg para seu ato final – mostrando que, mesmo no fundo do poço, o orgulho de Walter White permanece intacto.

9. One Minute (9.6)

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“One Minute” entrega uma das sequências de ação mais brutais e bem coreografadas da televisão. O confronto entre Hank e os gêmeos Salamanca no estacionamento é filmado com precisão cirúrgica, cada segundo meticulosamente planejado para maximizar a tensão. O desespero de Hank, desarmado e ferido, usando todas as suas habilidades e instintos para sobreviver, cria um momento de pura adrenalina. O aviso de “um minuto” que Hank recebe antes do ataque se transforma literalmente no minuto mais longo e intenso da televisão.

Nos bastidores, a sequência do estacionamento exigiu mais de 20 horas de filmagem distribuídas ao longo de vários dias. Dean Norris realizou muitas de suas próprias cenas de luta, trabalhando extensivamente com coordenadores de dublês para tornar a sequência o mais realista possível. A bala que Hank usa – a “bullet that Walt made” – foi um elemento de roteiro adicionado tardiamente para conectar esta crise diretamente às ações de Walter. Esta pequena adição cria uma ironia poética: Walter inadvertidamente salva a vida do homem que está tentando capturá-lo, complicando ainda mais a relação entre os dois personagens.

10. Salud (9.6)

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“Salud” representa uma das maiores vitórias estratégicas na série, mostrando Gus Fring eliminando todo o cartel mexicano em um golpe meticulosamente planejado por anos. A cena em que Gus, Jesse e Mike caminham em direção à piscina de Don Eladio tem uma qualidade quase mitológica – guerreiros entrando no território inimigo sabendo que muitos não sairão vivos. O brinde final, seguido pelo envenenamento em massa, e a imagem de Gus forçando-se a vomitar metodicamente enquanto seus inimigos morrem ao redor, demonstra um nível de planejamento e frieza assustadores.

Giancarlo Esposito revelou que a cena do vômito foi uma das mais difíceis de sua carreira, exigindo múltiplas tomadas e uma mistura especial de suco de frutas e outros ingredientes para criar o efeito visual correto. A decisão de ambientar esta vingança no México permitiu que os diretores utilizassem uma paleta de cores distinta – tons amarelados e dourados que contrastam com o azul predominante em Albuquerque – criando um ambiente quase onírico para esta execução épica. A música que toca enquanto Gus caminha triunfante para fora da casa de Don Eladio foi composta especialmente para evocar tanto vitória quanto o peso de uma vingança longamente aguardada, finalmente consumada após décadas de planejamento paciente.

O impacto duradouro de Breaking Bad

O que torna estes dez episódios tão especiais é como cada um deles poderia facilmente ser considerado o melhor de qualquer outra série. Em Breaking Bad, representam apenas o topo de uma montanha de excelência narrativa raramente igualada na televisão.

Bryan Cranston, Aaron Paul e o restante do elenco entregaram performances que transcendem o meio televisivo. A transformação de Walter White de “Sr. Chips a Scarface”, como Vince Gilligan frequentemente descrevia, foi meticulosamente construída ao longo de 62 episódios que raramente desperdiçaram um momento sequer.

Os melhores episódios de Breaking Bad não são apenas entretenimento de alta qualidade – são aulas de narrativa, desenvolvimento de personagem e construção de tensão que continuam influenciando criadores e fascinando novos espectadores que descobrem a série através de plataformas de streaming.

Você já assistiu a todos estes episódios marcantes? Qual deles você considera o verdadeiro ápice de Breaking Bad? Compartilhe sua opinião e reviva estes momentos extraordinários que solidificaram a série como uma das maiores obras da televisão moderna.

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