Descubra as melhores cidades para viver no Brasil em 2024

O Índice de Progresso Social (IPS) é uma metodologia que visa medir o bem-estar das populações com base em resultados sociais e ambientais. Ao contrário das métricas tradicionais que se focam majoritariamente em indicadores econômicos, o IPS oferece uma visão holística das condições de vida nas cidades. Originado por Michael Porter, professor de Harvard, o índice é uma ferramenta valiosa para a formulação de políticas públicas eficazes.

Os dados para o IPS são coletados de fontes oficiais e institutos de pesquisa, permitindo uma avaliação detalhada de cada cidade. Na edição mais recente, foram utilizados 53 indicadores para classificar as cidades brasileiras em três categorias: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-Estar e Oportunidades. Com essa abordagem, é possível identificar as cidades que oferecem melhores condições de vida para seus habitantes.

Quais são as melhores cidades do Brasil para viver?

Conforme o último relatório do IPS, as cidades brasileiras que se destacam como as melhores para viver são Gavião Peixoto, Brasília e São Carlos. Essas cidades obtiveram altas pontuações em moradia de qualidade e saneamento básico, componentes essenciais para um bom progresso social. Gavião Peixoto, apesar de ser pequena, com cerca de 4.702 habitantes, lidera com uma nota de 74,49. Já Brasília, a capital do Brasil, surpreende por seu bom desempenho em nutrição e cuidados médicos básicos, abrigando uma população de 2,8 milhões de pessoas.

Além dessas, outras cidades do estado de São Paulo também figuram entre as primeiras colocações, como Goiânia, Indaiatuba e Jaguariúna, evidenciando uma concentração de bom desempenho no Sudeste do país. Isso realça a desigualdade regional no Brasil, com a Amazônia Legal apresentando as piores classificações no índice.

Parque de Goiânia, capital de Goiás //Créditos: depositphotos.com / Giovanni.seabra

O contraste entre as regiões brasileiras no IPS

O relatório do IPS revela um claro contraste entre as regiões brasileiras. O Sudeste do Brasil domina as primeiras posições, enquanto as cidades localizadas na Amazônia Legal estão na parte inferior da lista. Essa disparidade reflete questões complexas relacionadas a desigualdades sociais e econômicas que persistem no país. Globalmente, o Brasil ocupa a 67ª posição no ranking, uma queda significativa desde 2014, quando estava em 46º lugar.

As diferenças nas pontuações são diretamente proporcionais ao acesso desigual a serviços sociais e infraestrutura, evidenciado pela sobreposição de regiões mais desenvolvidas frente às mais carentes. Isso sugere que, além da necessidade de políticas públicas específicas, há um espaço considerável para investimentos estratégicos em infraestrutura básica nas regiões menos favorecidas.

Por que Brasília e Goiânia são destaques entre as capitais brasileiras?

Entre as capitais brasileiras, Brasília e Goiânia são as principais destacadas no relatório do IPS. Brasília, com uma pontuação de 71,25, continua a ser uma cidade modelo em termos de moradia e saneamento, enquanto Goiânia, que obteve 70,49, é reconhecida pelo bom acesso ao conhecimento básico e água de qualidade. Os resultados demonstram que ambas as capitais gozam de uma gestão eficiente de recursos, garantindo melhor qualidade de vida para seus habitantes.

O desempenho das capitais vária significativamente nos componentes avaliados. Curitiba, por exemplo, lidera em qualidade ambiental e saneamento, e Belo Horizonte é notável em acesso à educação superior. Em geral, o panorama das capitais reflete a diversidade e complexidade dos desafios urbanos enfrentados em diferentes regiões do Brasil.

Como o IPS influencia políticas públicas no Brasil?

O Índice de Progresso Social serve como um importante guia para a elaboração de políticas públicas no Brasil. Ao focar em indicadores sociais e ambientais em vez de econômicos, o IPS desafia governantes e planejadores a priorizarem reformas que tenham um impacto direto no bem-estar dos cidadãos. Cidades com boas classificações têm a oportunidade de servir de modelo para estratégias de desenvolvimento sustentável.

Com as diferenças regionais ressaltadas pelo IPS, as políticas públicas podem direcionar esforços para regiões mais carentes, visando reduzir desigualdades. A ferramenta, portanto, não só identifica áreas de progresso, mas também ilumina os domínios que necessitam de atenção e investimento, facilitando uma abordagem mais equilibrada e justa para o desenvolvimento urbano no Brasil.

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