Magalu levanta US$ 130 milhões com o IFC em linha com metas ambientais

O Magalu levantou US$ 130 milhões (cerca de R$ 750 milhões) com o IFC, o braço de investimentos do Banco Mundial, após quase dois anos de negociações e muita due diligence.

Segundo o comunicado da varejista, trata-se de uma operação clean, com prazo de cinco anos e dois de carência. A taxa de juros não foi divulgada. 

O CFO Roberto Bellissimo disse ao Brazil Journal que o Magalu recebeu uma delegação do IFC nos últimos meses para avaliar a empresa e também entrevistar os principais executivos da varejista. 

A varejista vai utilizar os recursos para financiar a maior parte de seus investimentos em tecnologia, o que inclui o marketplace e serviços de fintech, fulfillment, cloud e advertising.

O executivo disse que a captação também inclui o cumprimento de metas socioambientais, com destaque para a logística reversa e a destinação para reciclagem de produtos eletroeletrônicos. Trata-se do primeiro financiamento do Magalu com esse tipo de meta.

Atualmente, 530 lojas físicas do Magalu possuem um programa de recolhimento de aparelhos eletrônicos. No ano passado, o Magalu recolheu 70 toneladas deste lixo – um aumento de 300% em relação a 2023.

Para pagar menos taxas de juros ao IFC, o Magalu se comprometeu a aumentar a coleta em 25% neste ano, para 85 toneladas, e chegar  a 144 toneladas em 2028 – mais que o dobro do número de 2024. 

Para alcançar esse número, o Magalu vai expandir seus centros de recolhimento para todas as suas 1.200 lojas até o fim do ano. 

“Este é o único indicador que tem benefícios atrelados, mas temos outros a perseguir, como a melhora da matriz de riscos climáticos, entre outros,” disse Ana Luiza Herzog, diretora de reputação e sustentabilidade do Magalu.

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