Belo Horizonte decreta emergência em saúde pública após aumento de doenças respiratórias


Medida foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) desta quarta-feira (30) e tem validade inicial de 180 dias. Alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e lotação de UTIs pediátricas motivaram decisão. Aumenta procura por unidades de saúde em BH
A Prefeitura de Belo Horizonte decretou, nesta quarta-feira (30), situação de emergência em saúde pública devido ao aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na cidade. O decreto, assinado pelo prefeito Álvaro Damião (União Brasil), tem validade inicial de 180 dias.
De acordo com o texto publicado no Diário Oficial do Município (DOM), a medida foi motivada pela superlotação dos leitos hospitalares, sobretudo os pediátricos, e pela circulação simultânea de diversos vírus causadores de SRAG, bronquiolites, pneumonias e outras doenças, que têm gerado uma demanda expressiva de internações, inclusive em unidades de terapia intensiva (UTIs).
Entre as ações previstas no decreto estão:
dispensa de licitação para aquisição de bens e serviços emergenciais;
contratação temporária de profissionais da saúde e renovação imediata de contratos prestes a vencer;
ampliação da carga horária de profissionais com contratos administrativos já vigentes de forma simplificada;
prioridade na destinação de leitos clínicos de suporte ventilatório e de UTI para casos de SRAG em unidades que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O documento também determina que o Centro de Operações de Emergências para monitoramento dos vírus respiratórios (COE Resp) será responsável por coordenar as ações da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) durante o período de emergência. O foco será o atendimento de crianças, idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade.
Aumento na demanda
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, em abril, 63.217 pessoas com diagnóstico de SRAG foram atendidas em BH — um aumento de 49% em relação a março, quando foram 42.435 pacientes.
A alta abrupta na demanda por atendimentos relacionados à SRAG na capital provocou impacto direto nas unidades de saúde e risco de desassistência.
Da semana passada até esta terça-feira (29), a prefeitura abriu 30 novos leitos de enfermaria pediátrica, sendo 20 no Hospital Metropolitano Odilon Behrens e 10 no Hospital da Baleia.
De acordo com a administração municipal, a maioria das solicitações foi para internações hospitalares de crianças até quatro anos de idade.
Considerando o período de 23 a 29 de março, foram 123 solicitações. Já no período de 20 a 26 de abril, o número subiu para 278.
“Por isso, priorizamos a abertura de leitos pediátricos. A Secretaria Municipal de Saúde mantém monitoramento sistemático do cenário epidemiológico e assistencial e outras medidas poderão ser tomadas, caso seja necessário”, explicou o subsecretário de Assistência à Saúde, André Menezes.
Onde buscar atendimento
O atendimento médico pode ser buscado nos 153 centros de saúde e as nove UPAs do município.
A prefeitura também oferece teleconsultas para quem apresenta sintomas leves, como resfriados, diarreias, vômitos, suspeita de infecção urinária ou dores articulares. O serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 20h, e pode ser agendado no site da PBH.
Belo Horizonte decreta emergência em saúde pública após aumento de doenças respiratórias
Reprodução/TV Globo
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