Um cientista por excelência: livro retrata trajetória do bioquímico Hernan Chaimovich

*Matéria original do Jornal da USP

Hernan Chaimovich

Na autobiografia Um Sonho: ciência e tecnologia como fontes de desenvolvimento, Hernan Chaimovich, Professor Emérito do Instituto de Química (IQ) da USP, revisita sua jornada como cientista que nunca se afastou da urgência de transformar realidades. Nascido no Chile e radicado no Brasil, o autor compartilha memórias pessoais e profissionais que se entrelaçam com os rumos da ciência na América Latina, em um percurso que vai da juventude inquieta até os bastidores do poder acadêmico e político. O livro da Editora Labrador (192 páginas, R$ 54,00) será lançado no dia 8 de maio, das 18h30 às 21h30, na Livraria da Vila (R. Fradique Coutinho, 915, Pinheiros). Está disponível para compra neste link.

“Parte da história de minha vida e de quem sou, através de uma reflexão baseada em artigos que escrevi sobre universidade, ciência, tecnologia e divulgação” está no livro, como afirma o professor. Segundo seu filho, Felipe Chaimovich, com mestrado e doutorado em Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e que assina uma das apresentações da obra, ele narra a construção do próprio sonho de juventude como estudante que pretendia mudar a condição de subdesenvolvimento da América Latina por meio da ciência e tecnologia. “Ao aproximar-se gradativamente de posições de poder no sistema acadêmico nacional e internacional, desde a chefia do Departamento de Bioquímica da Universidade de São Paulo (USP) até a presidência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ele se depara com a realidade que se impõe, entre vitórias e derrotas”, lembra Felipe.

O livro narra a trajetória dos avós e dos pais, imigrantes judeus chegados da Ucrânia à América do Sul, sua experiência como primeira geração nascida no Chile, a descoberta apaixonada da bioquímica, ao mesmo tempo que reflete sobre os dilemas vividos na universidade pública brasileira e na política de desenvolvimento científico e tecnológico do País nos últimos 50 anos. O pano de fundo de seu pensamento, como continua Felipe, são as mudanças nas fronteiras do conhecimento e nas relações geopolíticas, com resultados concretos, como ter fundado a Rede Interamericana de Academias de Ciências. “A cada passo, o sonho convive com a vigília, num testemunho de integridade entre o desejar e o agir.”

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Leia matéria completa no Jornal da USP.

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