Dupla acusada por morte de sobrinho-neto da ministra Marina Silva deve passar por audiência de instrução no AC nesta segunda-feira (19)


André de Oliveira da Silva e Denis da Rocha Tavares foram denunciados à Justiça pela morte de Cauã Nascimento Silva, de 19 anos, que ocorreu em fevereiro de 2024. Está já é pelo menos a terceira data marcada nesta fase do processo. Denis da Rocha Tavares (esq.) e André de Oliveira da Silva viraram réus
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A dupla acusada pela morte de Cauã Nascimento Silva, de 19 anos, sobrinho-neto da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em fevereiro de 2024, deve passar por audiência de instrução nesta segunda-feira (19) na 1ª Vara do Tribunal do Júri do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), em Rio Branco, às 10h. Esta já é pelo menos a terceira data marcada para os réus André de Oliveira da Silva e Denis da Rocha Tavares.
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🔎 A audiência de custódia é o momento do processo em que as partes – acusação e defesa – e testemunhas são ouvidas pelo juiz.
Inicialmente, a audiência foi marcada para o dia 27 de março. Mais uma sessão foi marcada para o dia 14 de maio, mas acabou não ocorrendo. Depois, foi escolhida esta segunda (19). Após o encerramento da instrução, o magistrado deve divulgar a pronúncia, ou seja, se os acusados irão a júri popular ou não.
A dupla foi denunciada pelo Ministério Público do Acre (MP-AC) no final de novembro do ano passado. Conforme as investigações da Polícia Civil, André da Silva é apontado como o executor da vítima e Denis Tavares o dono da arma usada no crime. A Justiça determinou ainda a prisão preventiva de Tavares.
Morte por ordem de facção
André é réu confesso, conforme o processo. Ele foi preso em setembro deste ano no Ramal do Macarrão, na capital acreana. Durante a ação, os policiais encontraram uma escopeta na casa do suspeito. A prisão foi autorizada pela 3ª Vara Criminal de Rio Branco e cumprida pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Na época da prisão, o acusado afirmou que recebeu ordem da facção para matar Cauã, que tinha se mudado para o bairro recentemente e tinha sido flagrado pichando a sigla de outra facção nos muros.
“Que o vídeo de Cauã inchando o bairro foi enviado para o celular da esposa do interrogado, mas ela não viu o vídeo e o aparelho celular dela foi apreendido. O interrogado não conhecia Cauã, mas sabe que ele inicialmente não era de facção, sendo que era “playboy” do bairro, mas entrou no Comando Vermelho quando tal facção começou a dominar o bairro”, diz parte do processo.
Suspeito pela morte de sobrinho-neto de Marina Silva é preso no Acre
Ainda segundo as investigações, os criminosos viram ainda uma foto de Cauã fazendo com as mãos o sinal de uma facção rival. Ao longo dos trabalhos investigatórios, a polícia vários suspeitos do crimes, entre eles membros das duas facções criminosas que predominam na região.
Cauã estava no quarto quando a casa foi invadida por dois homens, que foram até o cômodo e atiraram. A vítima morava com a tia, um primo e outros parentes no local. As informações foram confirmadas ao g1, na época do crime, por um morador da região, que pediu para não ter o nome divulgado.
No ‘X’, antigo Twitter, a ministra fez um post lamentando o ocorrido. “Com imenso pesar e dor , recebo a notícia de que meu sobrinho-neto Cauã Nascimento Silva, de 19 anos, foi assassinado em Rio Branco no Acre. Cauã foi vítima da criminalidade que destrói vidas principalmente de jovens de bairros da periferia do nosso país. Que Deus sustente e console nossa família”, disse.
Ministra lamentou crime
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Investigação
O delegado responsável pelas investigações, Cristiano Bastos, explicou ao g1, na época da prisão de André, que Cauã não era membro de facção e nem tinha passagem pela polícia, contudo, antes do crime, ele foi visto andando com membros de um grupo criminoso que tinham se mudado para o bairro Taquari dias antes do ocorrido.
“Em fevereiro, uma das facções, praticamente, tomou a região. Ele não era de facção até então, mas quando a facção tomou, passou a andar com o pessoal e fizeram imagens pichando o bairro com a facção que tinha entrado. Alguns resistentes da outra facção que ainda estavam lá mandaram matar ele porque era do bairro e entrou em outra facção”, contou o delegado.
Bastos acrescentou que o criminoso chegou a ser preso após a morte de Cauã por posse ilegal de arma de fogo. Após alguns meses, o suspeito foi colocado em liberdade com o uso de tornozeleira eletrônica, mas quebrou o equipamento e estava foragido. “Temos informações do outro suspeito, temos que provar, suspeita temos. É da região ali também [do Taquari].
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