MyDose capta R$ 2M para unir creator economy e wellness

Gustavo Marion, fundador e CEO da MyDose
Gustavo Marion, fundador e CEO da MyDose | Foto: Divulgação

Creator economy e bem-estar (ou wellness) são dois mercados em ascensão atualmente e que se retroalimentam. Afinal, quem nunca teve vontade de fazer um esporte porque viu um influenciador praticando? Ou cogitou comprar um suplemento alimentar indicado por um nutricionista famoso nas redes? A MyDose surgiu para unir esses dois universos e criar comunidades de usuários em busca de um mesmo propósito: uma vida mais saudável.

A startup, fundada por Gustavo Marion (CEO) e José Venson (CTO) na Califórnia, nos Estados Unidos, acaba de levantar uma rodada pré-seed de R$ 2 milhões, liderada pelo VGT USA. Os recursos serão usados para avançar no mercado brasileiro, de olho em um IPO em Nasdaq no futuro.

“Este é o timing perfeito para uma empresa de wellness. Não existe ainda o Uber do wellness, o Airbnb do wellness, e acredito muito que pode ser a gente. Nós misturamos creator economy, wellness, formação de hábitos, com três fontes de monetização. Nosso grande objetivo agora é a tração”, afirma Gustavo, em entrevista exclusiva ao Startups.

O aporte contou ainda com a participação de nomes estratégicos, que atuarão como advisors da startup. Entre eles, Pry Marcondes (Pipeline Capital), Fernando Patara (Arena Hub) e Edson Mackeenzy (Equity Fund), além dos investidores-anjo Daniel Krutman (CEO da Ticket Sports) e Marcelo Dalcin (sócio da Cura Group).

Atualmente, a MyDose – lançada nas lojas de aplicativos em março de 2024 – já possui mais de 100 mil downloads e mais de 500 comunidades. Gustavo conta que, apesar de a empresa ter surgido nos Estados Unidos, a maior parte do crescimento tem sido no Brasil.

Como sua equipe também está no país – incluindo seu sócio, José, que mora em Florianópolis –, o empreendedor mudou para a capital catarinense e agora planeja impulsionar a MyDose no Brasil antes de partir para uma escala internacional. Segundo ele, o plano é atingir o breakeven em 2025. Em 2026, focar na expansão internacional, com EUA e alguns países-chave na América Latina, como Chile e México.

Monetização

A MyDose atua em três frentes: influenciadores, profissionais e empresas ligados a saúde e bem estar (médicos, nutricionistas, grupos de corrida etc) e marcas.

Para o primeiro grupo, a plataforma permite a criação de comunidades, em que os influenciadores podem vender desafios, áreas VIPs de conteúdo, entre outras iniciativas. A MyDose recebe de 5% a 20% do faturamento do creator neste caso.

Já para os especialistas, a MyDose desenvolveu um modelo de Software-as-a-Service que permite que os profissionais monitorem o progresso dos seus pacientes e clientes, gamifiquem a experiência e gerem mais engajamento.

A terceira fonte de receita vem das marcas, que podem realizar missões dentro das comunidades. Por exemplo, patrocinando desafios, que podem oferecer seus produtos como recompensas.

“A gente não é uma rede social. A gente entendeu como as pessoas constroem hábitos e há estudos mostrando que existe 40% a mais de chance de criar um hábito em grupo. Nosso objetivo é criar esses espaços para que as pessoas criem hábitos saudáveis, com alguém te guiando no meio do caminho”, explica Gustavo.

Depois do burnout

A ideia da MyDose nasceu depois de Gustavo passar por um burnout que o fez tirar um ano sabático. Ao conversar com diversos creators de bem-estar, o fundador percebeu que o esgotamento ia além dos trabalhadores e empreendedores. Mesmo aqueles que dedicavam suas vidas a ajudar os outros nas redes sociais também estavam cansados, mal remunerados e
desmotivados.

Segundo ele, a maioria era forçada a vender cursos com promessas mirabolantes ou depender de publis para sobreviver, enquanto o verdadeiro valor que entregavam — ajudar pessoas a adotarem hábitos mais saudáveis — não era reconhecido nem monetizado.

Durante uma viagem à Noruega, ele teve a ideia de criar uma plataforma onde creators pudessem liderar comunidades vivas, construir protocolos baseados em ciência,
incentivar hábitos de forma gamificada e colaborativa, sendo remunerados não por promessas, mas por transformação real.

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