IPO da Circle arrecada US$ 1,1 bilhão e consolida stablecoins como ativos estratégicos no mercado global

A bem-sucedida oferta pública inicial (IPO) da Circle, que movimentou US$ 1,1 bilhão na Bolsa de Valores de Nova York, marca um divisor de águas para o setor de ativos digitais. Precificada acima da faixa indicativa, a operação reforça a confiança do mercado no modelo de negócios da empresa e evidencia o papel crescente das stablecoins como instrumentos de investimento, proteção cambial e geração de renda passiva em dólar.

“A bem-sucedida oferta pública inicial da Circle, que levantou US$ 1,1 bilhão, evidencia o apetite crescente por ativos digitais e reforça a relevância das stablecoins como instrumentos de investimento e proteção cambial. Esse IPO, precificado acima da faixa indicativa, sinaliza a confiança do mercado no modelo de negócios da Circle e também destaca a força dos emissores de stablecoins, mesmo em um ambiente regulatório em evolução”, analisa André Matos, CEO da MA7 Negócios. Ele acrescenta: “Além de fortalecer a liquidez do setor, a operação reforça o potencial de crescimento de soluções ligadas à tokenização de ativos, que devem ganhar ainda mais relevância no mercado financeiro global”.

A Circle estreou na NYSE sob o ticker CRCL, vendendo 34 milhões de ações a US$ 31 cada — acima da faixa prevista de US$ 27 a US$ 28. No primeiro dia de negociações, os papéis chegaram a disparar mais de 160%, encerrando o pregão cotados a US$ 83,23. O desempenho positivo não apenas confirma o interesse dos investidores institucionais e de varejo, como também sinaliza o início de um novo ciclo de valorização para empresas ligadas ao ecossistema cripto.

Fundada em 2013 por Jeremy Allaire e Sean Neville, a Circle é a emissora da USDC, segunda maior stablecoin do mundo, com capitalização de mercado superior a US$ 61 bilhões. Desde sua criação, a USDC já facilitou mais de US$ 25 trilhões em transações on-chain. Seu modelo de receita é sustentado, majoritariamente, pelos rendimentos gerados pelas reservas que lastreiam a moeda — compostas por dólares e títulos do Tesouro dos EUA de curto prazo.

A abertura de capital ocorre em um momento de transição regulatória. Embora o ambiente regulatório norte-americano esteja em evolução, há sinais claros de maior clareza e aceitação institucional das stablecoins, especialmente por sua utilidade em pagamentos, remessas internacionais e estratégias de alocação de capital com exposição ao dólar.

A operação também reacende o interesse de outras empresas do setor cripto em buscar o mercado público. Exchanges como Kraken e Gemini já sinalizaram movimentos nesse sentido, aproveitando o bom momento do mercado e a recepção calorosa ao papel da Circle.

Com os recursos captados, a Circle deve ampliar suas iniciativas de infraestrutura financeira baseada em blockchain, incluindo novos produtos de pagamentos, expansão internacional e investimentos em soluções de tokenização de ativos do mundo real — um segmento com forte tendência de crescimento entre bancos, fintechs e gestores de recursos.

O IPO da Circle não apenas fortalece a posição da empresa como líder em stablecoins, mas também legitima a classe de ativos digitais como componente relevante em carteiras diversificadas. Para investidores, representa uma oportunidade de exposição a um setor inovador com fluxo de receitas previsíveis, lastreadas em ativos seguros e com alta demanda global.

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