Produção industrial recua 0,2% em outubro, mas cresce 5,8% na comparação anual

A produção industrial brasileira registrou uma leve queda de 0,2% em outubro de 2024 na comparação com setembro, interrompendo dois meses consecutivos de crescimento. O resultado veio abaixo do consenso de mercado, que projetava alta de 0,1% na margem. No entanto, na comparação anual, o setor apresentou expansão de 5,8%, marcando a quinta taxa positiva consecutiva, com resultados disseminados em 19 das 25 atividades pesquisadas.

O economista Maykon Douglas avalia que o recuo pontual foi impulsionado por setores específicos, como coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (-2,0%), cuja menor produção de álcool teve impacto direto no desempenho. “O qualitativo é melhor que o quantitativo neste caso. As quedas foram isoladas em atividades mais voláteis, como o setor extrativo, enquanto setores estratégicos mostraram resultados sólidos”, afirmou.

Destaques por categorias e setores
Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis e bens de capital foram os destaques positivos, com altas de 4,4% e 1,6%, respectivamente, frente ao mês anterior. Em contrapartida, bens de consumo semi e não duráveis recuaram 0,7%, eliminando parte do crescimento acumulado nos meses anteriores.

Perspectivas para o setor
Apesar do impacto da política monetária restritiva, com altas taxas de juros (Selic), Maykon Douglas acredita que a indústria deve fechar o ano com números sólidos. “Bens de consumo duráveis e bens de capital performaram bem, mostrando resiliência em categorias estratégicas. Isso indica que, mesmo com as condições financeiras adversas, a base produtiva mantém sua recuperação”, ressaltou. A avaliação também aponta que os recuos observados em outubro estão concentrados em setores tradicionalmente mais voláteis, como o extrativo e os produtos derivados de petróleo, o que limita os efeitos negativos na média geral da indústria.

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