Os 10 melhores episódios de Black Mirror segundo o Rotten Tomatoes

Black Mirror, a série antológica criada por Charlie Brooker, se destaca como uma das produções mais populares e perturbadoras da televisão moderna. Por ser uma série antológica, os episódios podem ser assistidos em qualquer ordem, já que são independentes (embora as vezes existem pequenos easter eggs dentro de alguns).

Por isso, se você quer rever alguns episódios ou quer selecionar apenas alguns para conhecer a série, essa lista do Rotten Tomatoes pode te ajudar a escolher os mais bem avaliados pelo site. Confira!

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1. “The National Anthem” (Temporada 1, Episódio 1) – 100%

Black Mirror

O episódio inaugural de Black Mirror já deixou claro o tom perturbador que caracterizaria toda a série. Um primeiro-ministro britânico se vê forçado a realizar um ato impensável diante das câmeras para salvar a princesa de seu país, que foi sequestrada.

O que torna este episódio ainda mais surpreendente é como ele ganhou uma camada extra de notoriedade anos depois, quando um escândalo envolvendo o então primeiro-ministro David Cameron ecoou o absurdo de sua trama. Com um humor negro cortante, “The National Anthem” disseca nossa obsessão por privacidade, mídia social e as fragilidades do poder político.

2. “15 Million Merits” (Temporada 1, Episódio 2) – 100%

Black Mirror

Num futuro distópico, pessoas comuns pedalem em bicicletas ergométricas para gerar energia e ganhar “méritos”, a moeda dessa sociedade. O protagonista, interpretado brilhantemente por Daniel Kaluuya antes de sua ascensão em Hollywood com “Corra!”, busca uma saída desse sistema sufocante através de um programa de talentos.

Este episódio é uma crítica à nossa obsessão por fama e à maneira como a indústria do entretenimento explora sonhos e vulnerabilidades humanas, apresentando uma sociedade onde até a esperança foi mudada.

3. “Demon 79” (Temporada 6, Episódio 5) – 100%

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Rotulado como um episódio “Red Mirror”, esta história se passa em 1979 e acompanha Nida, uma vendedora de calçados tímida interpretada por Anjana Vasan. Ao entrar em contato com um dominó amaldiçoado, ela liberta um demônio que a obriga a matar três pessoas em três dias para evitar o apocalipse.

Diferente da maioria dos episódios da série, “Demon 79” tem pouca relação com tecnologia, mas mantém o DNA de Black Mirror ao explorar temas como xenofobia, sexismo e os limites morais que alguém está disposto a ultrapassar quando confrontado com escolhas impossíveis.

4. “USS Callister” (Temporada 4, Episódio 1) – 95%

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Vencedor de cinco prêmios Emmy, este episódio segue Robert Daly, um programador genial interpretado por Jesse Plemons, que cria cópias digitais de colegas de trabalho que o menosprezam ou ignoram. Em seu universo privado inspirado em Star Trek, ele se torna o capitão todo-poderoso dessas réplicas conscientes.

“USS Callister” explora com brilhantismo temas como abuso de poder, vingança digital e a questão ética sobre inteligências artificiais que desenvolvem consciência própria, tudo empacotado em uma homenagem visual à ficção científica clássica da televisão.

5. “Joan Is Awful” (Temporada 6, Episódio 1) – 94%

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Annie Murphy interpreta Joan, uma executiva de tecnologia que descobre que sua vida está sendo transmitida em tempo quase real em um serviço de streaming semelhante à Netflix. O episódio faz uma análise sobre a privacidade na era digital, com a protagonista tentando recuperar o controle de sua narrativa pessoal enquanto enfrenta versões alternativas de si mesma.

“Joan Is Awful” é uma reflexão inteligente sobre como as corporações de mídia exploram nossas vidas como conteúdo, enquanto nos lembra da importância de ler os termos de serviço que tão facilmente aceitamos.

6. “Be Right Back” (Temporada 2, Episódio 1) – 93%

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Neste comovente episódio, Hayley Atwell dá vida à Martha, uma mulher que perde seu namorado (Domhnall Gleeson) em um acidente de carro e recorre à tecnologia para lidar com o luto. Utilizando a pegada digital do falecido nas redes sociais, ela cria uma versão android dele que reproduz seus comportamentos online.

“Be Right Back” levanta questões profundas sobre o processo de superação da perda em uma era em que a presença digital das pessoas permanece mesmo após sua morte física, questionando se é possível ou até mesmo saudável ressuscitar digitalmente aqueles que amamos.

7. “San Junipero” (Temporada 3, Episódio 4) – 92%

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Um dos episódios mais aclamados da série, “San Junipero” narra o romance entre Kelly (Gugu Mbatha-Raw) e Yorkie (Mackenzie Davis) em uma cidade praiana que existe em diferentes décadas. Com uma estética visual deslumbrante e uma trilha sonora nostálgica, o episódio aborda temas como envelhecimento, direitos LGBTQ+ e a possibilidade de uma segunda chance após a morte.

Diferente do tom habitualmente sombrio da série, este episódio oferece uma rara perspectiva otimista sobre como a tecnologia pode proporcionar consolo e até mesmo transcendência.

8. “Hang the DJ” (Temporada 4, Episódio 4) – 92%

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Em um mundo onde um sofisticado sistema de pareamento amoroso determina não apenas com quem você ficará, mas exatamente por quanto tempo durará cada relacionamento, dois jovens interpretados por Georgina Campbell e Joe Cole desafiam o algoritmo para ficarem juntos.

“Hang the DJ” é uma história de amor rebelde que questiona se podemos confiar em sistemas automatizados para definir nossas conexões emocionais. O episódio supera as expectativas ao explorar como mesmo em um sistema determinista, o livre-arbítrio e a química genuína entre pessoas podem prevalecer.

9. “Nosedive” (Temporada 3, Episódio 1) – 91%

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Bryce Dallas Howard estrela como Lacie, uma mulher obcecada por melhorar sua classificação social em um mundo onde cada interação é pontuada por outros através de um aplicativo. Escrito em parte por Michael Schur e Rashida Jones, o episódio leva até o absurdo nossa atual dependência de validação online.

“Nosedive” retrata uma sociedade distópica onde o valor humano é quantificado por likes, expondo como sistemas de reputação social podem levar à superficialidade nas relações e à perda de autenticidade, oferecendo uma sátira afiada das mídias sociais contemporâneas.

10. “White Christmas” (Especial) – 90%

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Neste especial de Natal nada convencional, Jon Hamm e Rafe Spall interpretam dois homens isolados em uma cabana nevada, trocando histórias sobre seus erros passados. Através de três narrativas interligadas, o episódio explora temas como vigilância, consciência artificial e punição eterna.

“White Christmas” consegue entrelaçar várias histórias perturbadoras em uma estrutura coesa, questionando os limites éticos da tecnologia quando aplicada ao controle social e à manipulação da percepção da realidade, culminando em uma das conclusões mais geladas da série.

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