Políticas comerciais dos EUA devem manter ouro em patamar elevado, diz especialista da Fami Capital

Com a cotação se aproximando de US$ 3 mil por onça-troy, o ouro tem registrado recordes consecutivos nos últimos meses. Esse movimento é impulsionado pela incerteza geopolítica, marcada pelas guerras na Ucrânia e em Israel e pelas tensões comerciais geradas pela transição de governo nos Estados Unidos.

O head de renda variável da Fami Capital, Gustavo Bertotti, explica que o ouro é um ativo de volatilidade amplamente utilizado como mecanismo de proteção, especialmente em momentos de instabilidade global. 

“Nos últimos cinco anos, o mercado tem enfrentado um alto nível de incerteza e aversão ao risco, o que leva investidores a buscar ativos mais seguros”, afirma Bertotti. “Isso ocorreu, por exemplo, durante a pandemia de COVID-19, quando muitos recorreram a moedas e ouro como forma de proteção de carteira”.

O que está sustentando a valorização do ouro?

Para o especialista, a valorização do ouro em 2025 reflete a persistência das tensões geopolíticas. Nesse cenário, a guerra comercial também influencia a cotação das commodities.

“As barreiras tarifárias impostas ao México, China e Europa, somadas à possível mudança na política monetária americana, aumentaram a aversão ao risco no mercado”, destaca Bertotti. “As incertezas globais tendem a manter o ouro valorizado, e é importante considerar também fatores anteriores, como a guerra na Ucrânia”. O especialista ressalta que opções como o GOLD11, ETF da BlackRock que busca acompanhar a variação do metal, teve, até o momento, alta média de 4,5% em 2025.

Para além das tensões geopolíticas e comerciais, o movimento de compra do metal pelos bancos centrais dos países, como o da China, aumentou, impulsionando a demanda por investidores tradicionais.

Para o Goldman Sachs, a cotação do Ouro pode chegar até US$ 3.100 ao término do ano. Caso as incertezas políticas e tensões comerciais permaneçam, a instituição prevê a cotação podendo chegar a US$ 3.300 até dezembro.

Bertotti ainda destaca que o crescimento exponencial da dívida pública dos Estados Unidos, que atingiu o recorde de US$ 34 trilhões em dezembro, é um fator adicional de preocupação do mercado. O cenário fiscal desafiador pode reduzir parte da atratividade dos títulos como o Tesouro americano (treasuries).

Como os investidores podem se beneficiar?

Há diversas formas de investir em ouro. O metal pode ser adquirido fisicamente, com autorização do Banco Central e da CVM, mas as opções mais comuns são os contratos futuros, ações de mineradoras e instrumentos financeiros que replicam sua variação.

Bertotti aponta que os ETFs, como o GOLD11, da BlackRock, são uma alternativa acessível para quem deseja se expor ao ouro sem a necessidade de compra direta. Operações estruturadas com derivativos também se destacam, especialmente por possibilitarem estruturas de ganho com proteção de capital.

De qualquer forma, é fundamental contar com o acompanhamento de um profissional especializado, sempre considerando o perfil e objetivos do investidor para a construção de uma carteira assertiva e diversificada. Conheça as opções em investimentos em ouro e o ecossistema completo de soluções financeiras da Fami Capital no site oficial: www.fami.capital

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