Chefe do DHPP explica como tecnologia ajuda em investigações de crimes complexos

Chefe do DHPP explica como tecnologia ajuda em investigações de crimes complexos

Uso de scanners 3D e cruzamento de informações de uma base de dados complexa estão entre as estratégias para auxiliar nas investigações sobre casos complexos envolvendo crimes como assassinato, por exemplo. Em participação no programa “SP em 3, 2, 1”, da Agência SP, a delegada Ivalda Aleixo, chefe do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), da Polícia Civil paulista, relatou como a tecnologia tem sido aliada das autoridades para desvendar crimes.

“As tecnologias estão voltadas para para a análise do local do crime, do encontro de vestígios deixados”, explica a chefe do DHPP. “O uso de um scanner da Polícia Científica, por exemplo, a forma de coletar digitais e manchas de sangue, também feita com scanner”. Esta técnica foi utilizada na investigação recente envolvendo a adolescente Vitória Regina de Sousa, 17 anos, encontrada morta em Cajamar, na Grande São Paulo, no início de março, após dias desaparecida.

Ivalda Aleixo, chefe do DHPP
Ivalda Aleixo, chefe do DHPP, em participação no “SP em 3, 2, 1”, da Agência SP

Ivalda conta que, após a coleta de amostras é feito um cruzamento de informações com um banco de dados. “As informações são jogadas para um computador e, com isso, temos o cruzamento de dados da população de São Paulo. Assim, temos monitoramento de informações e acessos a dados telemáticos, tudo com ordem judicial, que com softwares específicos a gente consegue acessar”, disse a chefe do DHPP à Agência SP.

Além dos scanners 3D, drones com capacidade para coleta de imagens, por exemplo, também permitem dados mais precisos em cenários desafiadores. O conjunto das informações obtidas fornece uma visão detalhada para elaboração de laudos que compõem o inquérito policial.

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Em abril do ano passado, por exemplo, um scanner 3D e um drone foram usados pelos profissionais da Polícia Técnico-Científica para determinar a dinâmica de um acidente de trânsito que resultou na morte de um motorista de aplicativo na zona leste de São Paulo. Essa foi uma das simulações mais precisas dos últimos anos, realizada inteiramente em ambiente tridimensional.

No Mês da Mulher, chefe do DHPP reforça debate sobre violência de gênero

A chefe do DHPP também falou à Agência SP sobre violência de gênero em função do Mês da Mulher. Ela reforçou a importância de as mulheres buscarem ajuda a partir de qualquer mínimo sinal de abuso ou violência. “A mulher sente quando está num ambiente agressivo ou tóxico. Tudo começa com as ofensas, com o menosprezo, um primeiro tapa, um primeiro empurrão, as ameaças. Diante desses sinais, a orientação é que essa mulher procure ajuda.”

Além de destacar o papel importante de pessoas de confiança neste contexto, como família e amigos que possam ajudar a mulher a dar início a um processo de denúncia, a chefe do DHPP destacou a rede de proteção que o Estado de São Paulo oferece. 

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“Procure uma Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). Além das delegacias 24h, nós temos a DDM online, você também pode ligar na na Polícia Militar (190) falando de violência doméstica e vai ser atendida por uma cabine especial. Não deixe chegar na agressão mais violenta, não pode haver o segundo tapa”, diz a chefe do DHPP.

Onde denunciar casos de violência ou abuso sexual contra mulheres em SP?

  • Disque 190 (Polícia Militar – Cabine Lilás)
  • Disque 180 (Polícia MIlitar – Central de Atendimento à Mulher)
  • Disque 181 (Disk Denúncia) 
  • Delegacias de Defesa da Mulher (DDM): Confira aqui os endereços
  • Delegacia Eletrônica da Polícia Civil: Acesse aqui 
  • Atendimento presencial em delegacias de polícia e salas DDM Online: Veja lista de endereços aqui 
  • Em estabelecimentos comerciais, fazer o gesto do protocolo “Não Se Cale”: o sinal é feito com apenas uma mão: palma aberta para cima, polegar flexionado ao centro e dedos fechados em punho. Entenda a iniciativa aqui.

SP Por Todas 

SP Por Todas é um movimento promovido pelo Governo do Estado de São Paulo para ampliar a visibilidade das políticas públicas para mulheres, bem como a rede de proteção, acolhimento e autonomia profissional e financeira para elas. 

Essas frentes estão nos pilares da gestão e incluem novas soluções lançadas em março de 2024, como o lançamento do aplicativo SPMulher Segura, que conecta a polícia de forma direta e ágil caso o agressor se aproxime; e a criação de novas salas da Delegacia da Defesa da Mulher 24 horas.

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