Taara se separa da Alphabet para bater de frente com a Starlink

Provedor Taara
Provedor Taara (Imagem: Divulgação)

Chegou a hora de caminhar com as próprias pernas. Cria da incubadora X, da Alphabet, a Taara irá, em breve, virar uma companhia de fato, de olho em rivalizar com a Starlink na corrida para conectar comunidades remotas a partir de sua tecnologia de transmissão de dados a partir de feixes de luz.

Segundo reportou o Financial Times, a Alphabet manterá uma participação minoritária na Taara, que garantiu o spin-off a partir de uma rodada de valor não divulgado, liderada pela Series X Capital.

A empresa atualmente tem duas dúzias de funcionários e opera em 12 países, trabalhando em projetos dos mais variados, desde a conexão da capital da República Democrática do Congo até o reforço da rede congestionada no festival Coachella 2024.

“Com o tempo, percebemos que, para muitas das coisas que criamos, há um grande benefício em ficarmos logo fora da membrana da Alphabet“, disse Eric Teller, o chamado capitão dos “moonshots” da X. “Dessa forma, eles poderão se conectar rapidamente ao capital de mercado, atrair investidores estratégicos e, em geral, escalar mais rapidamente”, completou.

Agora independente, a Taara quer conquistar mais adeptos a partir de uma tecnologia livre de satélites. Segundo a empresa, ela envia dados através de feixes de luz invisível fortemente focados, atingindo velocidades de até 20 gigabits por segundo em distâncias de 20 quilômetros.

Já a Starlink, de Elon Musk, fornece internet de alta velocidade em qualquer lugar do mundo, especialmente em áreas rurais e remotas onde o acesso à internet é limitado ou inexistente. Para fazer isso, a Starlink utiliza constelações de satélites, formando uma rede que transmite sinais de internet diretamente para antenas instaladas nas casas das pessoas ou em outros locais.

“A Taara pode fornecer 10, se não 100 vezes mais largura de banda para um usuário final do que uma antena Starlink típica, e fazer isso por uma fração do custo”, disse Mahesh Krishnaswamy, fundador da Taara, à Wired.

Os terminais podem ser montados em torres e são mais rápidos e baratos de instalar do que a implantação de fibra – especialmente quando é necessário que o sinal alcance uma ilha, cruze um rio ou chegue a um local de difícil acesso. No mês passado, a empresa anunciou que condensou sua tecnologia em um chip muito mais compacto, que espera lançar em um produto em 2026.

Apesar das expectativas serem positivas, vale lembrar que sistemas baseados em laser vêm com seus próprios desafios: chuvas fortes ou neblinas podem afetar a transmissão.

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