Pessoas estão usando novo modelo de IA do Google para remover marcas d’água de imagens

A inteligência artificial da Google está sendo utilizada de forma controversa por usuários que descobriram como remover marcas d’água de imagens. O modelo Gemini 2.0 Flash, recentemente disponibilizado com recursos avançados de geração e edição de imagens, demonstrou habilidade impressionante para eliminar marcas d’água de fotos, incluindo aquelas de plataformas conhecidas como Getty Images e outros bancos de imagens populares.

O recurso de geração de imagens do Gemini 2.0 Flash foi expandido na semana passada, permitindo que os usuários editem conteúdo visual de forma nativa. A ferramenta não apenas remove as marcas d’água, mas também tenta preencher qualquer lacuna criada pela remoção, reconstruindo a imagem de maneira convincente.

Você também pode gostar dos artigos abaixo:

DeepSeek: o que é e como usar: tudo o que você precisa saber sobre a IA chinesa do momento

DeepSeek: esta empresa chinesa de IA está derrubando as ações de Big Techs como NVIDIA e OpenAI

Usuários das plataformas X (antigo Twitter) e Reddit rapidamente identificaram esta funcionalidade e começaram a compartilhar exemplos do recurso em ação. Embora existam outras ferramentas com inteligência artificial capazes de executar tarefas semelhantes, o diferencial do Gemini 2.0 Flash parece estar na qualidade superior dos resultados e no fato de ser gratuito.

É importante notar que este recurso ainda está rotulado como “experimental” e “não para uso em produção”, estando disponível apenas nas ferramentas voltadas para desenvolvedores da Google, como o AI Studio. Além disso, o modelo apresenta limitações, enfrentando dificuldades com marcas d’água semitransparentes ou aquelas que cobrem grandes áreas das imagens.

Em contraste com o Gemini, outros modelos de IA como o Claude 3.7 Sonnet da Anthropic e o GPT-4o da OpenAI recusam explicitamente solicitações para remover marcas d’água. O Claude, por exemplo, classifica a remoção de marcas d’água como “antiética e potencialmente ilegal”.

De fato, sob a lei de direitos autorais dos Estados Unidos, remover uma marca d’água sem o consentimento do proprietário original é considerado ilegal, exceto em raras exceções. Esta situação coloca a Google em uma posição delicada, especialmente considerando a ausência aparente de restrições no uso do Gemini 2.0 Flash para esta finalidade.

A falta de salvaguardas no modelo também se estende a outras áreas potencialmente problemáticas. Usuários relataram que o Gemini 2.0 Flash cria sem hesitação imagens de celebridades e personagens protegidos por direitos autorais, o que pode gerar ainda mais controvérsias sobre os limites éticos da inteligência artificial. Quem não lembra das imagens feitas pelo Midjourney de pessoas públicas, como Donald Trump. Devido a essas polêmicas a plataforma encerrou o acesso gratuito dos usuários.

O que você pensa sobre esta capacidade da IA e suas implicações para criadores de conteúdo? Compartilhe sua opinião nos comentários e ajude a enriquecer este importante debate sobre tecnologia e direitos autorais.

Fonte: TechCrunch

Adicionar aos favoritos o Link permanente.