A inteligência artificial da Google está sendo utilizada de forma controversa por usuários que descobriram como remover marcas d’água de imagens. O modelo Gemini 2.0 Flash, recentemente disponibilizado com recursos avançados de geração e edição de imagens, demonstrou habilidade impressionante para eliminar marcas d’água de fotos, incluindo aquelas de plataformas conhecidas como Getty Images e outros bancos de imagens populares.
O recurso de geração de imagens do Gemini 2.0 Flash foi expandido na semana passada, permitindo que os usuários editem conteúdo visual de forma nativa. A ferramenta não apenas remove as marcas d’água, mas também tenta preencher qualquer lacuna criada pela remoção, reconstruindo a imagem de maneira convincente.
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Usuários das plataformas X (antigo Twitter) e Reddit rapidamente identificaram esta funcionalidade e começaram a compartilhar exemplos do recurso em ação. Embora existam outras ferramentas com inteligência artificial capazes de executar tarefas semelhantes, o diferencial do Gemini 2.0 Flash parece estar na qualidade superior dos resultados e no fato de ser gratuito.
New skill unlocked: Gemini 2 Flash model is really awesome at removing watermarks in images! pic.twitter.com/6QIk0FlfCv
— Deedy (@deedydas) March 15, 2025
É importante notar que este recurso ainda está rotulado como “experimental” e “não para uso em produção”, estando disponível apenas nas ferramentas voltadas para desenvolvedores da Google, como o AI Studio. Além disso, o modelo apresenta limitações, enfrentando dificuldades com marcas d’água semitransparentes ou aquelas que cobrem grandes áreas das imagens.
Gemini 2.0 Flash, available in Google's AI studio, is amazing at editing images with simple text prompts.
It also can remove watermarks from images (and puts its own subtle watermark in instead
) pic.twitter.com/ZnHTQJsT1Z
— Tanay Jaipuria (@tanayj) March 16, 2025
Em contraste com o Gemini, outros modelos de IA como o Claude 3.7 Sonnet da Anthropic e o GPT-4o da OpenAI recusam explicitamente solicitações para remover marcas d’água. O Claude, por exemplo, classifica a remoção de marcas d’água como “antiética e potencialmente ilegal”.
De fato, sob a lei de direitos autorais dos Estados Unidos, remover uma marca d’água sem o consentimento do proprietário original é considerado ilegal, exceto em raras exceções. Esta situação coloca a Google em uma posição delicada, especialmente considerando a ausência aparente de restrições no uso do Gemini 2.0 Flash para esta finalidade.
A falta de salvaguardas no modelo também se estende a outras áreas potencialmente problemáticas. Usuários relataram que o Gemini 2.0 Flash cria sem hesitação imagens de celebridades e personagens protegidos por direitos autorais, o que pode gerar ainda mais controvérsias sobre os limites éticos da inteligência artificial. Quem não lembra das imagens feitas pelo Midjourney de pessoas públicas, como Donald Trump. Devido a essas polêmicas a plataforma encerrou o acesso gratuito dos usuários.
O que você pensa sobre esta capacidade da IA e suas implicações para criadores de conteúdo? Compartilhe sua opinião nos comentários e ajude a enriquecer este importante debate sobre tecnologia e direitos autorais.
Fonte: TechCrunch