Marcas chinesas aceleram expansão no Brasil e miram fabricação local

A montadora chinesa Omoda & Jaecoo anunciou a entrada no mercado brasileiro com planos ambiciosos: além de lançar seus primeiros modelos já em 2025, as marcas também estudam iniciar a produção local no país. A movimentação ocorre em meio ao forte crescimento das importações de veículos chineses, impulsionado pelo aumento da demanda por modelos eletrificados e pela competitividade dos preços.

Enquanto o Brasil vê a participação dos carros chineses crescer rapidamente, a indústria automotiva nacional enfrenta desafios para acompanhar essa nova dinâmica do setor. Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) indicam que, em 2024, os emplacamentos de veículos importados totalizaram 466,5 mil unidades, um aumento de 33% em relação a 2023, com cerca de 200 mil dessas unidades sendo modelos eletrificados provenientes da China.

Nesse cenário de expansão, as marcas chinesas Omoda e Jaecoo, pertencentes ao grupo Chery, anunciaram investimentos iniciais de aproximadamente R$ 200 milhões, a Omoda & Jaecoo (O&J) planeja lançar seus primeiros modelos no primeiro trimestre de 2025. O Omoda 5, um SUV compacto, e o Jaecoo 7, um SUV médio, serão os pioneiros dessa iniciativa. As vendas ocorrerão por meio de uma rede que começará com 50 concessionárias e pretende alcançar 150 revendas nos primeiros três anos de operação, período no qual o portfólio aumentará de dois para seis modelos.

A O&J também tem planos de iniciar a produção local de veículos ainda em 2025, embora detalhes específicos sobre o local e a data exata de inauguração não tenham sido divulgados. A empresa considera tanto a possibilidade de terceirizar a fabricação quanto utilizar uma das duas fábricas de sua sociedade com o grupo Caoa, localizadas em Anápolis (GO) e Jacareí (SP).

A decisão de produzir veículos no Brasil visa não apenas consolidar a presença das marcas no mercado nacional, mas também mitigar os impactos das recentes medidas tarifárias. Em resposta ao aumento das importações, a alíquota de importação para veículos elétricos, anteriormente zerada, foi reajustada para 18% em 2024, com previsões de atingir 35% até 2026.

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