Diversificação das fontes de energia provoca mudanças no funcionamento da principal usina hidrelétrica do Brasil


Com o crescimento da energia eólica e solar no sistema nacional, a geração da maior usina do Brasil dá um salto por volta das 16h. É quando os painéis solares, por exemplo, produzem menos, mas a demanda aumenta. Diversificação das fontes de energia provoca mudanças no funcionamento de Itaipu
Neste verão, a diversificação das fontes de energia mudou o funcionamento da principal usina hidrelétrica do Brasil.
Há três anos, o empresário Roni Riva instalou placas solares. Mas ele sabe que, se necessário, pode contar com a energia das hidrelétricas.
“Isso dá também segurança para você ter uma alternativa, mas saber que se por ventura acontecer uma situação que ela não está gerando, você tem o plano B”, diz.
Em 2015, a produção da usina de Itaipu oscilava menos ao longo do dia. Agora, com o crescimento da energia eólica e solar no sistema nacional, a geração da maior usina do Brasil dá um salto por volta das 16h. É quando os painéis solares, por exemplo, produzem menos, mas a demanda aumenta.
Diversificação das fontes de energia provoca mudanças no funcionamento da principal usina hidrelétrica do Brasil
Jornal Nacional/ Reprodução
“A curva das hidrelétricas é mais caracterizada nesse período, porque ela tem que funcionar como a bateria do sistema ou o bombeiro do sistema para estar apta a suprir essa demanda de energia nesses horários”, afirma Marco Aurélio Mauro, superintendente de operação da usina de Itaipu.
As hidrelétricas respondem por quase metade da produção de energia do Brasil. A solar, 22%; a eólica, 13%. Outras fontes, como térmicas, complementam a geração. Nos horários de pico, o Operador Nacional do Sistema Elétrico analisa o consumo e determina o quanto as hidrelétricas devem produzir.
Diversificação das fontes de energia provoca mudanças no funcionamento da principal usina hidrelétrica do Brasil
Jornal Nacional/ Reprodução
Toda a operação para gerar energia acontece em uma sala. Lá, os técnicos acionam ou ajustam a potência das turbinas. O expediente é 24 horas por dia, todos os dias do ano. Como a Itaipu também gera energia para o Paraguai, profissionais dos dois países dividem o mesmo espaço. E uma curiosidade: lá é exatamente na fronteira. Do lado direito, trabalham os técnicos paraguaios; do outro, os do Brasil. Se estiver parada, uma turbina leva de 10 a 15 minutos para começar a gerar energia.
“É transparente para o consumidor: ele vai lá, aciona o seu ar-condicionado, liga a sua iluminação e para ele é transparente. Ele não sabe se a energia está vindo da Itaipu, se está vindo de outra hidrelétrica. O sistema elétrico brasileiro é extremamente robusto para suprir essas variações de carga, de forma que seja transparente para o consumidor, com uma confiabilidade necessária”, diz Marco Aurélio Mauro.
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