O que aconteceria se um asteroide colidisse com a Terra? Descubra!

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Desde que o ser humano passou a olhar para o céu e observar as estrelas e outros corpos celestes, percebeu que sua vida estava sujeita a formas maiores do que sua própria compreensão. Enfim, sua segurança está ameaçada por diversos perigos potenciais. Um deles são os asteroides. Cientistas dizem que há poucas chances de um deles colidir com a Terra em um futuro próximo. Mas e se eles estiverem enganados?

Uma coisa é certa, se um evento desses ocorresse, seria devastador para o nosso planeta. Este artigo do Engenharia 360 explora os cenários possíveis de um impacto de asteroide na Terra, analisando quais seriam as consequências imediatas e a longo prazo. Afinal, será que a humanidade está preparada para enfrentar tal ameaça cósmica? Quais estratégias de defesa estão sendo adotadas para nos proteger? Acompanhe!

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Imagem de Freepik

O que aconteceria se um asteroide atingisse a Terra?

Fatores determinantes

Antes de tudo, de tentarmos entender o que aconteceria com a Terra se um asteroide colidisse nela, precisamos considerar alguns fatores que influenciaram provavelmente a magnitude e a natureza desse impacto, alterando completamente o cenário final.

1. Tamanho

Se for pequeno, pode causar um brilho nada ameaçador. Mas, se for grande, pode causar danos significativos a comunidades inteiras, podendo arrasar vidas de diversas espécies.

2. Composição

Os asteroides rochosos tendem a se fragmentar na atmosfera e ter menor impacto no solo – apesar de que a explosão pode causar danos apenas pela liberação de energia. Já os metálicos são mais densos e podem resistir à passagem na atmosfera, chegando à superfície do planeta com potencial destrutivo. 

3. Velocidade de entrada na atmosfera

Isso interfere na quantidade de energia liberada durante o processo. Quanto maior a velocidade, maior a energia cinética que se transforma em calor, luz e ondas de choque no momento da colisão.

4. Ângulo de entrada na atmosfera

Também é um problema a ser considerado. Se o asteroide entra na atmosfera da Terra em ângulo rasante, pode percorrer uma distância maior na atmosfera, fragmentando-se e perdendo energia antes de atingir o solo. Já um asteroide em ângulo perpendicular atinge a superfície com força, causando uma grande cratera e liberando mais energia no impacto.

5. Local de impacto

Se o incidente ocorrer em área desabitada, os danos aos humanos serão menores. Mas cair no oceano também não seria bom, podendo gerar um tsunami devastador, inundando áreas costeiras e causando destruição em larga escala bem além do ponto de impacto.

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Imagem de stockgiu em Freepik

Consequências imediatas

Agora, depois que fizemos uma revisão na lista de fatores determinantes, que podem alterar o resultado final de uma colisão de um asteroide com a Terra, vamos imaginar o pior cenário, certo? Uma sequência de eventos catastróficos, numa magnitude suficiente para causar danos significativos!

1. Impacto do asteroide e onda de choque

O asteroide que matou os dinossauros abriu uma cratera (a cratera de Chicxulub, no México) com cerca de 180 quilômetros. Esse é o primeiro efeito do impacto de um asteroide. Lembrando que a formação da cratera vai depender do tamanho, velocidade e composição do corpo celeste. Mas o processo é violento, envolvendo compressão e vaporização de materiais no ponto de impacto.

O que acontece depois é que a energia liberada lança detritos para toda parte, gerando terremotos de alta magnitude.

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Imagem de NASA em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Cratera_de_Chicxulub#/media/Ficheiro:Chicxulub2.jpg

A onda de choque é como uma explosão de ar comprimido, se propagando a partir do ponto de impacto a velocidades supersônicas, destruindo tudo pela frente, até edifícios. E é possível que haja um pulso de calor intenso, incendiando florestas, campos e cidades inteiras, mesmo a quilômetros de distância. Esses incêndios podem liberar grandes quantidades de fumaça e fuligem na atmosfera, afetando o clima global.

2. Tremores de terra e chuvas de rochas

O impacto de um asteroide na Terra poderia ser sentido em todos os continentes através de inúmeros terremotos – de maior ou menor magnitude, a depender do tamanho do corpo celeste e da energia liberada no impacto. Por muito tempo, haveria detritos de rochas, poeira e vapor d’água poluindo a atmosfera do planeta. E eles depois cairiam no solo como chuva, destruindo ainda mais as regiões.

Consequências a longo prazo

Imagine agora se – por sorte ou azar – sobrevivemos ao impacto de um asteroide na Terra. Como seria continuar a viver no planeta? Bem, certamente não é uma tarefa fácil! O clima, a vida marinha, tudo ficaria alterado. Muitas pessoas e animais não mais existiriam. Por um tempo longo, a luz solar ficaria bloqueada pela poeira e fuligem na atmosfera, causando um resfriamento global. Esse “inverno” de meses ou anos impactaria demais a produção de alimentos e a disponibilidade de água.

Além do colapso dos ecossistemas, com a extinção de plantas e animais, veremos portos e instalações industriais devastadas após a passagem de tsunamis. Aliás, a liberação de grandes quantidades de CO2 por conta do impacto do asteroide aumentaria a acidificação dos oceanos, dificultando a formação de conchas e esqueletos de organismos marinhos. A cadeia alimentar nos oceanos estaria comprometida. E esse seria só o começo de uma extinção em massa, assim como ocorreu há 66 milhões de anos.

Caso você esteja se perguntando se pode cair asteroide no Brasil, a resposta é sim! Embora a chance seja pequena, existe essa possibilidade. E caso acontecesse, os impactos seriam os mesmos que em qualquer outra região do planeta.

Quais as estratégias adotadas para proteger o planeta?

Há muito tempo, agências espaciais ao redor do mundo, como a NASA e a ESA, mantêm programas de monitoramento contínuo do céu, com telescópios e radares, justamente para controlar os movimentos de objetos potencialmente perigosos para nós. Nesse caso, a cooperação internacional (incluindo trocas de informações e coordenação de esforços) é fundamental para o sucesso das iniciativas de defesa planetária. Se os astrônomos identificam uma rota arriscada de asteroide, é hora de agir!

A missão DART (Double Asteroid Redirection Test) da NASA, realizada em 2022, demonstrou a viabilidade da técnica de deflexão de asteroides para alteração de sua órbita. Outra estratégia que pode ser adotada é colocar uma nave espacial próxima ao asteroide e usar a gravidade da nave para puxar o asteroide lentamente para fora de sua trajetória. E, ademais, detonar uma bomba nuclear próxima para vaporizar parte da superfície do asteroide e alterar sua trajetória – essa é a alternativa mais controversa de todas, devido ao risco de fragmentar o corpo celeste e criar múltiplos objetos perigosos.

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Imagem reproduzida de
Agência Brasil – EBC

Qual a maior ameaça hoje ao planeta Terra?

Recentemente, eles compartilharam com o mundo suas preocupações com o novo asteroide batizado de 2024 YRA, descoberto em 2024 por astrônomos no Chile. Acredita-se que haja uma chance muito pequena de colisão em 2032. Mas mesmo que seu risco de impacto seja mesmo reduzido, o caso serve de lembrete de que estamos vulneráveis às forças do céu e que precisamos nos preparar mais para defender nosso planeta em união.

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Imagem de NASA, Magdalena Ridge 2.4M Telescope, via G1

Simulações e testes são ferramentas essenciais para que os cientistas identifiquem lacunas no conhecimento do espaço e desenvolvam planos de resposta da engenharia para diversos cenários de impacto. Compreender melhor os efeitos de uma catástrofe como essa é fundamental para promover a educação e conscientizar a população sobre possíveis ameaças ao nosso redor.

Veja Também: O observatório brasileiro que caça asteroides


Fontes: UOL, CanalTech, Olhar Digital, G1.

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