iPhone 16e vs. iPhone 16 Pro: jornalista troca modelo premium pelo básico e se surpreende

A jornalista Sabrina Ortiz, da ZDNET, decidiu fazer um experimento interessante: trocou temporariamente seu iPhone 16 Pro pelo novo iPhone 16e, o modelo de entrada da Apple lançado recentemente.

O que poderia parecer um grande downgrade acabou sendo uma experiência surpreendentemente positiva, desafiando percepções sobre o que realmente importa em um smartphone moderno e até mesmo dando uma luz para quem ainda tem dúvidas sobre as diferenças entre os modelos. Confira!

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O retorno do modelo de entrada com estilo

iPhone 16e

Após uma lacuna de três anos desde o último modelo de entrada, a Apple apresentou o iPhone 16e com um pacote impressionante de atualizações. Com preço de R$ 4.500 (cerca de R$800 a menos do que o iPhone 16 básico), o aparelho traz o chip A18, o mesmo processador dos modelos premium, além de um novo modem celular, maior capacidade de bateria e Face ID, recursos antes exclusivos de iPhones mais caros.

Sabrina usou o iPhone 16 Pro desde seu lançamento em setembro, o que tornou sua comparação ainda mais relevante. “Estou igualmente impressionada e surpresa”, revelou a jornalista sobre sua experiência com o modelo mais acessível.

Inteligência artificial sem comprometer o orçamento

iPhone 16e

Um dos pontos mais notáveis observados por Ortiz foi a experiência de software. A transição entre os aparelhos foi praticamente imperceptível porque ambos rodam o mesmo silício, permitindo acesso total às funcionalidades do iOS 18, incluindo todos os recursos de Apple Intelligence.

“Apesar do preço mais baixo e de não ter tantos núcleos de GPU quanto outras variantes do A18 na linha iPhone 16, o iPhone 16e ainda me permitiu acessar todos os mesmos recursos de Apple Intelligence”, destacou. Isso inclui Ferramentas de Escrita, Resumos de Notificações, Playground de Imagem, Inteligência Visual, Limpeza e seu recurso favorito, o Genmoji.

O mais importante: quando o pacote completo de recursos de Apple Intelligence for lançado, os usuários do iPhone 16e terão acesso a ele em sua totalidade, algo impossível para quem possui um iPhone 15 ou anterior.

Câmera: básica, mas eficiente

A maior diferença notada pela jornalista está no sistema de câmeras. Enquanto a câmera frontal de 12MP é idêntica em toda a linha, a traseira do iPhone 16e é significativamente mais simples do que a do iPhone 16 Pro.

O modelo de entrada apresenta uma câmera grande-angular de 48MP com teleobjetiva integrada de 2x. “Minha maior dificuldade tem sido não ter a câmera Ultra Wide de 12MP, que uso constantemente no iPhone 16 Pro para tirar fotos com zoom de 0,5x”, confessou.

Devido à câmera de menor qualidade, recursos avançados encontrados no iPhone 16 Pro, como fotografar em ProRaw ou vídeo cinematográfico, não estão disponíveis. Também não é possível gravar vídeos espaciais. “Ainda assim, o smartphone ainda pode tirar fotos bonitas, então se a ausência de uma lente ultrawide ou teleobjetiva não for um problema para você, este ainda é um sistema de câmera sólido”, avaliou Ortiz.

O que realmente faz falta?

iPhone 16e

Curiosamente, a ausência da Dynamic Island e do botão de Controle de Câmera, duas características distintivas dos modelos premium, não afetou significativamente a experiência diária da jornalista. “Na verdade, isso me fez pensar sobre quando uso qualquer um desses recursos, e a resposta é raramente”, revelou.

Ela também descobriu uma solução simples: como o iPhone 16e inclui um Botão de Controle, bastou mapear a câmera para ele e usá-lo da mesma forma que o Controle de Câmera no Pro.

A falta mais impactante foi a ausência do MagSafe, o sistema magnético da Apple para acessórios. “É uma situação ideal para usuários que nunca usaram acessórios magnéticos da Apple, mas um tormento para todos os outros”, observou Ortiz, mencionando que existem soluções alternativas, como ímãs acopláveis ou capas compatíveis com MagSafe.

Tela: adequada para a maioria dos usuários

Como usuária ávida de mídia digital, Sabrina passou semanas assistindo vídeos no YouTube e rolando o TikTok por horas. Sua experiência de visualização no iPhone 16e não foi perceptivelmente diferente da do iPhone 16 Pro.

“A tela Super Retina XDR não é muito menor, com 6,1 polegadas em comparação com as 6,3 polegadas do iPhone 16 Pro. Os visuais apresentaram cores ricas e vibrantes e contraste profundo”, explicou. O pico de brilho de 1.028 nits, embora menor que o do iPhone 16 Pro, permite uma experiência de visualização agradável, mesmo sob luz solar direta.

O ponto fraco é a taxa de atualização de 60Hz, metade da oferecida pelo iPhone 16 Pro (120Hz). “Estaria mentindo se dissesse que as animações mais travadas não eram perceptíveis”, admitiu, embora ressalte que isso não deveria ser um problema para a maioria dos usuários, especialmente aqueles não acostumados com telas de taxa de atualização mais alta.

A dica valiosa de Sabrina

iPhone 16e

Após semanas de uso, a conclusão de Ortiz foi reveladora: “Para quase tudo, o iPhone 16e pode se manter firme por um aparelho de US$599”. Seu conselho de compra é direto: o iPhone 16e é um telefone sólido para pessoas dispostas a abrir mão de alguns recursos sofisticados do resto da linha iPhone 16.

“O maior sacrifício vindo do iPhone 16 Pro foi a perda das lentes ultrawide e teleobjetiva e recursos avançados de fotografia e videografia”, concluiu. Para quem não tem a fotografia como prioridade máxima, o iPhone 16e representa um valor excepcional, oferecendo a experiência essencial do iPhone a um preço muito mais acessível.

O veredicto final: para muitos usuários, o iPhone 16e pode ser tudo o que realmente precisam de um smartphone moderno, principalmente para quem não faz questão de fotos profissionais e não usa carregamento magnético.

Fonte: ZDNET

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