ITA propõe uso de IA para detectar destroços de aviões, o que pode revolucionar buscas aéreas

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Todos os anos, lamentavelmente, ocorrem diversos acidentes aéreos no mundo. Inclusive, só nos três primeiros meses de 2025, o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) registrou 21 ocorrências – todas de aeronaves de pequeno porte. E é dever do governo e das companhias fornecer respostas aos familiares das vítimas. Contudo, vale lembrar o quanto a busca por destroços de aviões ou operações de busca e resgate aéreo são complexas.

Considerando tudo isso, um aluno do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) desenvolveu um modelo de uso de Inteligência Artificial com foco na detecção de destroços de aviões, sobretudo em regiões remotas. O objetivo é aumentar a eficiência nas missões da FAB (Força Aérea Brasileira). Confira mais detalhes dessa inovação tecnológica neste artigo do Engenharia 360!

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Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

O estudo revolucionário que une tecnologia e aviação

O estudo intitulado “Detecção de destroços de aeronaves com base em modelos de visão computacional” foi conduzido pelo Major Aviador André Villela Gaspar, aluno do Programa de Pós-Graduação em Aplicações Operacionais (PPGAO) do ITA. Ele traz uma nova abordagem para o uso de IA, pensando na identificação de destroços de aviões em diversos biomas brasileiros, com todos os seus grandes desafios geográficos e ambientais.

A proposta foi baseada em um exercício utilizando imagens reais capturadas durante missões do Esquadrão Pelicano, uma unidade especializada da FAB em busca e salvamento. O aluno, junto do seu orientador, Professor Doutor José Alberto Silva de Sá, criou um banco de dados a partir de materiais de descarte, simulando destroços de acidentes. Foi desse jeito que eles conseguiram aprimorar o desempenho de um modelo de IA, adaptando-o assim como o desejado.

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Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

A nova tecnologia de IA para detecção de destroços de aviões

Está curioso para saber como essa tecnologia do ITA funciona? Bem, ela se vale de visão computacional e aprendizado de máquina para realizar processamento de dados. Aliás, esses dados são obtidos pelas imagens captadas durante as operações de busca e salvamento com utilização de drones. O sistema então confere as imagens, identifica padrões que indicam a presença de restos de aeronaves – e isso com muito mais precisão, reduzindo o tempo de respostas e aumentando as chances de sucesso nas missões.

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Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini
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Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

É importante dizer que essa ideia para o setor aéreo é relativamente nova. Isso porque, até agora, neste contexto, a IA só tinha sido explorada para localização de pessoas desaparecidas, não destroços de aviões. E por quê? Porque a quantidade de registros em regiões remotas, onde o acesso é desafiador, por exemplo, costuma ser baixa. Enfim, ganhamos essa chance a mais de salvar vidas, além de otimizar o uso de recursos nas operações da FAB!

O futuro da pesquisa nas operações de busca e operação

Hoje, o Brasil enfrenta muitos desafios no resgate aéreo, como infraestrutura deficiente, terreno difícil, condições climáticas adversas e escassez de registros e dados em áreas inacessíveis. Mas a pesquisa do ITA pode superar parte desses problemas.

Com essa inovação, o país dá um passo tecnológico importante para sua segurança aérea. E é possível que a pesquisa ainda estimule o uso da IA em outras áreas críticas para a engenharia, como detecção de incêndios florestais, monitoramento ambiental e cibernética. Qual a finalidade? Identificar padrões em diferentes contextos, permitindo respostas mais rápidas a situações de emergência – lembrando das trágicas enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul em 2023 e 2024.

Para finalizar, essa pesquisa do ITA também demonstra a relevância da colaboração entre instituições acadêmicas e a FAB; e reforça como a tecnologia pode ser uma grande aliada na busca por soluções mais ágeis e eficazes para desafios reais.

Veja Também: Operação Potiguar da FAB para Lançamento de foguetes


Fontes: Força Aérea, Click Petróleo e Gás.

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