Novo gerador de imagens do ChatGPT já está todo capado, mas há uma luz no fim do túnel

Falamos muito na semana passada sobre a capacidade do novo gerador de imagens do ChatGPT. Provavelmente um dos lançamentos mais impressionantes em termos de adesão. O termo “quebrar” a internet pode ser empregado aqui. A demanda foi tão insana, principalmente devido a trend de transformar imagens seguindo o estilo do Studio Ghibli, que a OpenAI até adiou o lançamento da nova ferramenta para usuários do modo gratuito do bot.

GPUs “derretendo”

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Sam Altman, CEO da OpenAI, brincou com o fato de que as GPUs da empresa “estavam derretendo”, e que seria preciso adiar – para uma data não revelada – o lançamento do novo gerador de imagens para usuários grátis, priorizando aqueles que pagam pelo serviço. Fato que gerou inúmeros memes pela internet:

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No Brasil, devido à mensalidade ser convertida diretamente do dólar para o real, não é nada convidativo. Os US$ 20 do plano mais barato, o Plus, se transformam em mais de R$ 100. Obviamente, o ChatGPT é uma ferramenta que vai muito além do uso para memes e outras futilidades. Dependendo do proveito que você tira dela, considerando principalmente o uso para o trabalho, a assinatura pode compensar. Há também empresas que vendem assinaturas compartilhadas, o que torna o valor mais baixo. E você também pode dividir a mensalidade com outra pessoa. Há algumas formas de tentar amortizar um pouco a questão do preço.

A guerra pela atenção

Além de uma guerra de recursos, os novos movimentos da Big Techs envolvidas no mercado de IA também podem funcionar para reduzir a divulgação de algo lançado pelo concorrente. Na mesma semana em que a OpenAI liberou essa capacidade atualizada para a geração de imagens, o Google trouxe uma atualização importante para o Gemini, com o lançamento da versão 2.5, mas o hype e aceitação do recurso do ChatGPT esmagou completamente a peso que o anúncio do Gemini 2.5 poderia ter.

Capado e nerfado

 

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O hype trouxe também outro lado nada interessante. A alta demanda não penalizou apenas aqueles que queriam utilizar a nova ferramenta de forma gratuita, os assinantes também estão passando raiva. Ao gerar algumas imagens em sequência, você se depara com a mensagem que precisará esperar tantos minutos para conseguir novamente – considere também que a própria geração de cada imagem já leva um tempo – transformar uma foto no estilo Ghibli, por exemplo, leva entre uns 2 a 3 minutos. Quem viveu os tempos de internet discada vai lembrar que era mais ou menos assim para baixar um papel de parede.

E o outro ponto mais relevante, e mais incômodo, é a maneira como o ChatGPT está capando inúmeras requisições de imagens. Algumas que realmente podem esbarrar em questões que violem direitos autorais, mas outras que não têm nada a ver, e mesmo assim não são aceitas.

Bem diferente em relação ao dia de lançamento da função, em que as requisições eram compreendidas e executadas com muita facilidade, e, sem tantas limitações. Por exemplo, neste post aqui, eu consegui usar o ChatGPT para imaginar como seriam personagens do Cartoon Network na vida real.

O que aconteceu?

Há uma explicação para isso? Sim. Bom, o ponto número um é realmente a questão de demanda. A própria OpenAI se surpreendeu com a frenética adoção do novo recurso. Altman classificou em sua conta no X como uma “demanda bíblica”, que ele nunca tinha visto algo como isso. Provavelmente, desde o lançamento do ChatGPT, a OpenAI deve ter registrado o maior número de usuários simultâneos testando um mesmo recurso.

A outra questão, essa mais técnica, foi trazida por Joanne Jang, que é líder de produto e model behavior da OpenAI. Isto é, ela é responsável por monitorar, ajustar, avaliar e alinhar o comportamento dos modelos de IA.

Em sua conta no X ela explicou que um monte de imagens estão sendo recusadas devido a uma “alucinação” das políticas do novo modelo que não existem, mas que acabaram aparecendo em meio a essa mudança. “Tenha paciência conosco enquanto tentamos fazer com que o modelo siga a política e as especificações; enquanto isso, tente novamente em um novo chat”. Até mesmo algumas respostas em texto estão apresentando problemas.

 

 

Ontem (30), Altman também deixou a entender que o ChatGPT parece que não irá seguir pela direção de “capar” os recursos e possibilidades do gerador de imagens. Em resposta a um usuário que disse “Se você continuar a nerfando o modelo, as pessoas vão parar de usá-lo. Caso contrário, não, Altman disse: “vamos fazer o oposto de nerfar. MAS ainda assim, por favor, relaxe um pouco”.

 

Vamos aguardar!

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