Kinea investe em empresa de logística interna – e ainda tem R$ 1 bi de ‘dry powder’

A Kinea acaba de fechar a compra de 48,5% da Greentech, uma empresa que aluga equipamentos para logística interna, como empilhadeiras e rebocadores. 

O investimento foi de R$ 210 milhões, 100% primário.

Dona de cerca de 4 mil equipamentos de gestão de estoques e movimentação de cargas em centros de distribuição, a Greentech fatura em torno de R$ 200 milhões e teve um EBITDA de R$ 94 milhões no ano passado. 

A tese da Kinea é que a empresa pode crescer mesmo se a economia não ajudar, à medida que mais companhias passam a alugar esse tipo de equipamento em vez de manter uma frota própria. 

“Não queremos depender do PIB para gerar retorno ao investidor,” Arthur Hadler, um sócio e gestor de private equity da Kinea, disse ao Brazil Journal.

Atualmente um quarto dos equipamentos em uso no País são alugados, segundo Luis Felipe Savoy, o CEO da Greentech. E o mercado é pulverizado, com as 12 maiores empresas disputando uma fatia de 10% do total.

“O plano é usar os recursos para consolidar e também crescer organicamente,” disse Hadler. 

Concorrem com a Greentech empresas como Vamos, Mills, Armac e a alemã Jungheinrich. A companhia é controlada pela Danica Capital, uma gestora brasileira especializada em investimentos em empresas pequenas e médias.

Esse é o quinto investimento do fundo V de private equity da Kinea, lançado em 2021. O fundo levantou R$ 2,4 bilhões, e depois do aporte de hoje investiu 60% do total.

O valor ficou abaixo do que a gestora esperava inicialmente. O plano da Kinea era investir 25% por ano a partir de 2022, mas as condições ruins de mercado têm dificultado os acordos com empresários.

Os demais investimentos do fundo V são, na ordem, Cobasi, Blue Health (que aluga equipamentos médicos), Alvorada (a maior varejista de produtos agropecuários do País) e o grupo SEB – este último, feito em julho de 2024.

A boa experiência com a Blue Health levou a Kinea a analisar outras empresas de locação de equipamentos, disse Hadler. 

Para investir os cerca de R$ 900 milhões que faltam, a gestora avalia setores variados e também empresas listadas, já que há muitos negócios com preços atrativos na Bolsa.

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