Projeto da Fapesp estimula graduandos a produzir vídeos de divulgação científica

*Texto original de Maria Fernanda Ziegler, para Agência Fapesp

O que as algas azuis (cianobactérias), microrganismos que produzem oxigênio por meio da fotossíntese, podem fazer pela saúde humana? Quinze vídeos curtos, disponíveis nas redes sociais, explicam como substâncias com potencial antibiótico, antioxidante, anti-inflamatório e anticâncer – usadas pelas cianobactérias para se adaptar à vida na Terra há milhões de anos – podem ser a base para o desenvolvimento de novos fármacos.

Produzidos pelo Lab Azul, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-USP), os vídeos integram um dos 93 projetos selecionados no edital Comunicar Ciência, lançado por meio de uma parceria entre a FAPESP e a Fundação Roberto Marinho.

A chamada teve como objetivo estimular e qualificar estudantes de graduação para atuar na difusão da informação científica e tecnológica, fomentar seu engajamento nas atividades de pesquisa em sua própria universidade e ampliar o acervo de conteúdos sobre ciência e tecnologia veiculados nas multitelas do Futura, canal de educação da Fundação Roberto Marinho, e nas plataformas da FAPESP.

Os projetos foram desenvolvidos por duplas de alunos que, sob a supervisão de um pesquisador responsável, receberam bolsas de iniciação científica do Programa FAPESP Mídia Ciência, na modalidade Jornalismo Científico, para desenvolver podcasts, reels (vídeos para redes sociais), videorreportagens ou reportagens em texto sobre projetos científicos.

“Cada uma das 93 propostas de trabalho entregou, pelo menos, três produtos de divulgação científica desenvolvidos pela dupla de bolsistas. Além da enxurrada de conteúdos produzidos como resultado desse edital – que poderão auxiliar ou gerar curiosidade em um número grande de pessoas –, a iniciativa trabalha a comunicação da ciência como uma parte importante do fazer ciência, tema que ainda não está muito presente nas grades curriculares dos cursos de graduação”, afirma [o Acadêmico] Niels Olsen Saraiva Câmara, assessor da Diretoria Científica da FAPESP.

A FAPESP selecionou os projetos e a Fundação Roberto Marinho disponibilizou cursos on-line sobre produção audiovisual e reportagens em textos para a formação dos bolsistas. Ao longo de seis meses, os estudantes também passaram por mentorias individualizadas com jornalistas experientes, que atuam na divulgação científica, para o desenvolvimento de conteúdos relacionados aos projetos científicos do qual fazem parte.

“O Comunicar Ciência funcionou como uma espécie de bolsa-reportagem, mas olhando a divulgação científica sob a perspectiva da academia, de quem está realizando um projeto de pesquisa”, afirmou Luiza Goulart, líder de projeto do Laboratório de Educação da Fundação Roberto Marinho.

O material produzido pelos bolsistas será publicado na Coeduca – plataforma de conteúdos digitais para apoiar professores e estudantes da educação básica desenvolvida no âmbito da parceria entre FAPESP e Fundação Roberto Marinho – e nos canais dos laboratórios de pesquisa e das universidades participantes.

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Leia a matéria completa na Agência Fapesp.

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