Presidente do Iteraima pede exoneração do cargo após investigações de grilagem de terras


Ela ocupava o cargo desde 2023. Agora, quem assume o cargo é o vice-presidente do Instituto, Fernando Machado Rodrigues. Dilma Lindalva Pereira da Costa estava no cargo desde 2023
Samantha Rufino/g1 RR
O governador de Roraima Antonio Denarium (PP) exonerou, nesta terça-feira (8), a presidente do Instituto de Terras e Colonização do Estado de Roraima (Iteraima) Dilma Lindalva Pereira da Costa, a pedido dela. Dilma é investigada por suspeita de integrar um esquema de grilagem de terras.
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Ela pediu para ser exonerada na segunda-feira (7). Dilma estava no cargo desde 2023. Agora, quem assume o cargo é o vice-presidente do Instituto, Fernando Machado Rodrigues. A exoneração ainda não foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE).
Dilma é alvo de investigação no Ministério Público de Contas de Roraima (MPC) por grilagem de terras públicas na Gleba Baliza e também na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de Roraima (Ale-RR), que investiga o órgão.
“O Governador do Estado de Roraima, Antonio Denarium, exonerou, nesta terça-feira, 8 de abril de 2025, a Sra. Dilma Lindalva Pereira da Costa, do cargo de Presidente do Instituto de Terras e Colonização de Roraima – ITERAIMA, atendendo ao pedido de desligamento protocolado pela própria gestora, no dia 7 de abril de 2025”, comunicou o governo de Roraima à imprensa.
🔎 A grilagem, também chamada de roubo de terras, é a ocupação ilegal e fraudulenta de terras públicas, que em alguns casos ocorre por meio de documentos falsos para a obtenção de títulos de propriedade.
Na última segunda-feira (31), a CPI passou a investigar oficialmente Dilma e o diretor de Governança Fundiária do órgão, João Sílvio Silva. Durante as oitivas, os deputados questionaram a concessão de Autorizações de Ocupação (AOs) a pessoas que alegam residir na área requisitada, mas que, segundo as investigações, vivem fora do estado.
Para simular moradia e produção, alguns beneficiados teriam levantado barracos e realizado plantações improvisadas. No caso do diretor de governança, a CPI constatou que ele não possui formação técnica para exercer o cargo e, mesmo assim, alterou laudos emitidos por especialistas do Iteraima.
Já as suspeitas do MPC contra Dilma incluem favorecimento indevido na regularização fundiária da Gleba Baliza, estimada em 904 mil hectares, além de grilagem e prejuízos que podem chegar a R$ 1,3 bilhão para os cofres públicos. A presidente tem status de secretária de Estado e integra o alto escalão do governo.
*Matéria em atualização
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