Saiba qual é a diferença entre lixão e aterro sanitário

Saiba qual é a diferença entre lixão e aterro sanitário

EcoParque da Veolia em Biguaçu, Santa Catarina, a evolução do aterro sanitário – Foto: Veolia/Divulgação

Um amontoado de resíduos a céu aberto versus uma estrutura planejada para o descarte responsável — esta é a principal diferença entre lixão e aterro sanitário, dois modelos de destinação final que refletem abordagens opostas na gestão de resíduos de sólidos urbanos.

Nos lixões, os materiais descartados são simplesmente depositados no solo sem qualquer tratamento prévio ou medida de proteção ambiental. Por outro lado, os aterros sanitários são obras de engenharia projetadas para minimizar impactos ambientais e à saúde pública.

Segundo artigo publicado no ResearchGate, mais de 2 bilhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos são gerados globalmente, com expectativa de atingirem cerca de 3,8 bilhões de toneladas até 2050. Os resíduos alimentares e verdes representam a maior proporção, seguidos por materiais recicláveis como plástico, vidro, papelão e papel.

Já no Brasil, de acordo com a Abrema (Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente), em 2023, o país recolheu 75,6 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos, dos quais 69,3 milhões de toneladas tiveram uma destinação final, correspondendo a 86% do total gerado.

No entanto, apenas 58,5% desse volume foi encaminhado para aterros sanitários devidamente regulamentados, um índice considerado insatisfatório por especialistas. O restante, 41,5%, teve um descarte irregular, sendo despejado em lixões.

O que é lixão

Um lixão é um local inadequado para a disposição final de resíduos sólidos, caracterizado pela simples descarga de lixo sobre o solo, sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública. Nestes locais, o lixo é depositado diretamente no solo, sem nenhum tipo de impermeabilização.

A ausência de controle no recebimento dos resíduos é uma marca dos lixões. Materiais de todos os tipos, inclusive perigosos e hospitalares, são depositados indiscriminadamente, o que aumenta significativamente os riscos de contaminação.

Os lixões são verdadeiras bombas-relógio ambientais, nos quais o chorume – líquido escuro e tóxico resultante da decomposição dos resíduos – penetra no solo sem tratamento. Com  isso, as águas subterrâneas acabam contaminadas, comprometendo recursos hídricos da região.

Além disso, esses locais atraem vetores de doenças como ratos, baratas e moscas. Isto é, tornam-se focos de proliferação de enfermidades que afetam tanto a população do entorno quanto os catadores que trabalham nestes ambientes insalubres.

A legislação brasileira, por meio da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), determinou que o fim dos lixões deveria ocorrer em todo o País até agosto de 2024. Apesar disso, muitos municípios ainda utilizam esta forma inadequada de descarte, principalmente por questões econômicas e falta de planejamento. Dados do Sistema Nacional de Informações em Saneamento, do Ministério das Cidades, mostram que 1,5 mil lixões continuavam funcionando em 2022, ano de coleta dos dados.

O que é aterro sanitário

O aterro sanitário é uma obra de engenharia projetada para a disposição final de resíduos sólidos urbanos, seguindo normas específicas que visam minimizar impactos ambientais e proteger a saúde pública. Esta infraestrutura representa uma solução técnica avançada quando comparada aos lixões, pois incorpora elementos de controle ambiental.

Diferentemente do lixão, o aterro sanitário possui impermeabilização do solo, geralmente feita com geomembranas, que impede a infiltração do chorume para o lençol freático. Por sua vez, o chorume gerado é coletado por sistemas de drenagem e encaminhado para tratamento adequado.

Outro componente dos aterros sanitários é o sistema de captação de gases, principalmente o metano, que pode ser queimado ou aproveitado energeticamente. Isto é, além de evitar a emissão de gases de efeito estufa, esta prática permite a geração de energia em alguns casos.

O aterro sanitário também conta com cobertura diária dos resíduos com camadas de terra, o que reduz significativamente a proliferação de vetores como ratos, baratas e moscas. Adicionalmente, há monitoramento contínuo das condições ambientais, incluindo análises de água subterrânea e superficial.

A operação destas instalações segue um plano técnico rigoroso, com controle de entrada e pesagem dos resíduos. Nesse sentido, a vida útil de um aterro é planejada.

Principais diferenças entre lixão e aterro sanitário

Entenda as diferenças:

Importância do descarte correto dos resíduos

O descarte correto de resíduos é um fator-chave para a preservação ambiental e a saúde pública. Quando os materiais são destinados adequadamente, evita-se a contaminação do solo, das águas subterrâneas e do ar, protegendo ecossistemas inteiros.

A diferença entre lixão e aterro sanitário se evidencia justamente nos impactos ambientais. Vale lembrar que o descarte apropriado permite a recuperação de materiais recicláveis. Isto reduz a pressão sobre recursos naturais e diminui a quantidade de resíduos destinados aos aterros, aumentando sua vida útil.

Do ponto de vista econômico, o tratamento adequado gera empregos formais no setor de gestão de resíduos. Por outro lado, os custos com saúde pública diminuem quando há menos contaminação ambiental.

A responsabilidade pelo descarte correto é compartilhada entre cidadãos, empresas e poder público. Nesse sentido, a educação ambiental torna-se vital para conscientizar a população sobre como separar e destinar corretamente seus resíduos.

Os municípios que implementam coleta seletiva e destinação adequada muitas vezes experimentam melhorias na qualidade de vida da população. Com isso, a gestão de resíduos se consolida como indicador de desenvolvimento social.

Problema do lixo e o impacto da destinação inadequada

O acúmulo de resíduos sólidos é um dos maiores desafios ambientais da atualidade. A destinação inadequada destes resíduos transforma-se em motivo de preocupação ambiental, visto que contamina o solo, a água e o ar. Quando o lixo é depositado irregularmente, os contaminantes infiltram-se no solo, atingindo os lençóis freáticos.

  • Os impactos ambientais da má gestão de resíduos incluem:
  • Contaminação do solo por metais pesados e substâncias tóxicas.
  • Poluição de águas superficiais e subterrâneas.
  • Emissão de gases de efeito estufa (principalmente metano).
  • Proliferação de vetores transmissores de doenças.

A saúde pública também é afetada. Comunidades próximas a lixões podem sofrer com doenças respiratórias, gastrointestinais e dermatológicas.

Por outro lado, a gestão adequada de resíduos pode gerar economia e preservação ambiental. Um aterro sanitário, diferente de um lixão, representa um passo importante para minimizar estes impactos.

A diferença entre lixão e aterro sanitário torna-se ainda mais relevante ao analisarmos as consequências socioeconômicas. Os lixões atraem catadores que trabalham em condições insalubres, enquanto aterros sanitários possibilitam a coleta seletiva organizada.

Papel da Veolia na gestão de resíduos sólidos

Saiba qual é a diferença entre lixão e aterro sanitário

EcoParque da Veolia em Brusque, Santa Catarina – Foto: Veolia/Divulgação

A Veolia destaca-se como referência mundial na gestão de resíduos sólidos, oferecendo soluções integradas que transformam resíduos em recursos aproveitáveis. Por meio de tecnologias avançadas, a empresa atua em todas as etapas do ciclo de vida dos resíduos, desde a coleta até o tratamento final.

A Veolia garante disposição final responsável tanto para resíduos comuns quanto para materiais perigosos em seus EcoParques. Sua experiência técnica permite maximizar a vida útil desses espaços com menor impacto ambiental, diferentemente do que ocorre em lixões.

“Nossos EcoParques são a evolução dos aterros sanitários. Neles, oferecemos soluções ambientais integradas para o desenvolvimento de cidades e indústrias, com foco na transformação ecológica. Empregamos tecnologias inovadoras e avançadas, que usam digitalização, Inteligência Artificial e IoT. Geramos energia renovável, tratamos e despoluimos a água, os resíduos e efluentes, e fazemos a valorização dos mesmos”, explica Hanokh Yamagishi, Diretor Regional de Operações da Veolia.

Os EcoParques da Veolia nos Estados de São Paulo e Santa Catarina impulsionam também o desenvolvimento econômico dessas regiões, reunindo em um único local estruturas de produção de biogás e biometano, produção de combustível derivado de resíduos – energia alternativa que substitui o combustível fóssil na indústrias de cimento – tratamento de água e de efluentes da decomposição dos resíduos, tratamento e incineração de resíduos perigosos, tratamento de resíduos de serviços de saúde, destinação final ambientalmente adequada de resíduos comuns e compostagem.

A empresa investe em gestão de resíduos com foco na economia circular, priorizando a recuperação de materiais por meio da reciclagem e valorização energética. Isto é, além de reduzir o volume destinado a aterros, gera novos produtos e energia a partir do que seria descartado.

Para resíduos hospitalares e perigosos, a Veolia implementa protocolos rigorosos de coleta, transporte e tratamento, garantindo a rastreabilidade completa dos materiais e cumprimento das normas sanitárias. Nesse sentido, suas operações de autoclavagem e incineração seguem padrões internacionais de controle de emissões.

Para saber mais sobre as soluções da Veolia, acesse o site oficial e as redes sociais!

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