Polícia indicia mulher por exploração sexual e cárcere privado em BH

As vítimas relataram que eram mantidas em regime de privação de liberdade, obrigadas a exercer a prostituição para arcar com despesas de estadia e manutenção Vídeo mostra interior de casa que explorava mulheres sexualmente em BH
Uma mulher de 55 anos foi indiciada pela Polícia Civil suspeita de comandar uma casa de prostituição e explorar sexualmente diversas mulheres no bairro Cidade Jardim, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
As vítimas relataram que eram mantidas em regime de privação de liberdade, obrigadas a exercer a prostituição para arcar com despesas de estadia e manutenção.
De acordo com a delegada Larissa Mascotte, responsável pelo inquérito, a suspeita responderá pelos crimes de rufianismo, cárcere privado, indução à prostituição e por manter casa de prostituição — todos previstos no Código Penal Brasileiro.
“As provas produzidas indicaram que a indiciada estaria explorando o trabalho de diversas mulheres como prostitutas, impedindo-as de sair da casa de prostituição a qual a investigada seria a proprietária”, informou Mascotte.
Segundo a delegada, as mulheres viviam na casa há cerca de quatro meses, submetidas a alimentação limitada, roupas escassas e condições degradantes. Além disso, 60% dos valores obtidos por meio da prostituição eram retidos pela suspeita.
“A suspeita detinha percepção dos lucros auferidos da atividade sexual realizada pelas vítimas, mediante ameaça, violência, coação ou tolhimento da liberdade sexual, incorrendo assim, também nas iras do artigo 330 do CP (rufianismo)”, explicou Mascotte.
Ainda de acordo com os depoimentos, uma das vítimas revelou que os clientes tinham autorização para usar força física durante os programas.
Com a conclusão do inquérito, o caso foi encaminhado à Justiça.
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