Orçamento de bancos para tecnologia cresceu 58% em 5 anos

Bancos têm investido mais em tecnologia.
Bancos têm investido mais em tecnologia. Foto: Agência Brasil

Os bancos tradicionais continuam investindo em peso em tecnologia para competir com as fintechs, especialmente na área de inteligência artificial. Neste ano, o orçamento total dessas instituições financeiras destinado a tecnologia – englobando despesas e investimentos – deverá atingir R$ 47,8 bilhões, um aumento de 13% em relação a 2024. Em cinco anos, o orçamento para tecnologia aumentou mais de 58%, segundo a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2025, realizada pela Deloitte e divulgada nesta segunda-feira (14).

Em 2020, os bancos destinaram R$ 26,7 bilhões para tecnologia, sendo R$ 17,7 bilhões para despesas e R$ 9 bilhões para investimentos. Em 2024, esse volume subiu para R$ 42,3 bilhões no total, com R$ 27 bilhões para despesas e R$ 15,3 bilhões para investimentos.

Segundo a pesquisa, as áreas de Inteligência Artificial, Analytics e Big Data serão priorizadas pelas instituições financeiras neste ano, que vão aumentar seus investimentos em 61% nessas tecnologias. Além disso, os bancos pretendem ampliar em 59% o orçamento em migração para nuvem.

As instituições apontaram a redução de custos e o ganho de eficiência operacional (74%) como os principais benefícios decorrentes da adoção da IA, que também se destaca no reforço à segurança de dados, a partir da identificação de potenciais riscos (63%) e no apoio à análise de dados (58%). Outra vantagem da inteligência artificial, segundo os participantes da pesquisa, é a personalização dos serviços (47%) e previsão de tendências e comportamentos (37%).

“O crescente investimento e aplicação de IA nos negócios e operações dos bancos, um dos destaques desta edição da pesquisa, revela o aumento da demanda por experiências personalizadas, tema que está revolucionando o mercado financeiro e transformando a interação entre bancos e instituições”, afirma Carolina Sansão, diretora-adjunta de Inovação, Tecnologia e Cibersegurança da Febraban.

Oito em cada dez bancos já incorporam a inteligência artificial generativa (GenAI) nas operações e reportam ganhos mensuráveis, com um aumento médio de 11,4% na eficiência dos processos. Para 38% dos bancos, houve ganho de eficiência acima de 20%.

Em projetos regulatórios, os bancos pretendem aumentar os investimentos no Pix em 48% e no Open Finance, em 65%.

A cibersegurança também segue como uma das principais prioridades da indústria financeira. Segundo a pesquisa, quase seis em cada dez bancos têm especialistas em cibersegurança nos conselhos de administração e 40% deles contam com a atuação conjunta dos times de segurança com os squads de tecnologia.

Inclusive, a demanda por profissionais de TI tem crescido nos bancos, que têm buscado principalmente desenvolvedores de software, especialistas de segurança da informação e cientistas de dados. De acordo com a pesquisa, em média, 11% dos profissionais dos bancos são da área de TI, sendo as equipes de desenvolvimento, analytics e BI, e infraestrutura as com maior quantidade de profissionais.

“À medida que tecnologias como IA e GenAI ganham espaço nas instituições financeiras, cresce também a responsabilidade de preparar os profissionais para esse novo contexto. O investimento em pessoas deixou de ser apenas uma necessidade operacional e passou a ser uma alavanca estratégica. É dessa combinação entre tecnologia e capital humano que surgirão as soluções mais transformadoras para o setor”, avalia Sergio Biagini, sócio-líder para a indústria de Financial Services da Deloitte Brasil.

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