Dior, pre-fall 2025 

A Dior apresentou a sua coleção de pre-fall 2025 na terça-feira (15.04), nos jardins do templo Toji, em Quioto, no Japão. 

Famoso por suas cerejeiras, o local passa pelo auge da sua floração anual. A temporada das sakuras, como a fase é conhecida, no entanto, não é a única razão da viagem feita pela maison francesa. 

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Dior, pre-fall 2025.
Foto: Divulgação

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É que a Dior tem um passado especial com o país asiático. Foi no início da década de 1950, que Christian Dior se apaixonou pelos tecidos da Tatsumura, ateliê têxtil com mais de 130 anos de história. 

Com os materiais da companhia, o couturier desenvolveu criações como o vestido Tóquio e os casacos Rashomon e Utamaro. Ele também desfilou em Quioto e Osaka e, em 1959, desenhou três vestidos para a cerimônia de casamento da Princesa Michiko, a então futura Imperatriz do Japão. 

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Dior, pre-fall 2025.
Foto: Divulgação

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Dior, pre-fall 2025.
Foto: Divulgação

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A Terra do Sol Nascente teve grande influência em suas silhuetas geométricas e nos casacos em forma de capa que produziu ao longo da carreira. Por isso, vários diretores criativos que assumiram a Dior após a morte do fundador, prestaram homenagens a esta conexão: Marc Bohan se apresentou por lá nos anos 1960 e 1970 e John Galliano se inspirou na pintura A Grande Onda de Kanagawa (1830), de Katsushika Hokusai, para a sua coleção de alta-costura de verão 2007, por exemplo. 

Dessa vez, foi a hora de Maria Grazia Chiuri fazer sua reverência. Ao som da violinista nipo-francesa Lilyo Tsujimura-Fondecave, a estilista colocou na passarela conjuntos e vestidos pretos plissados levemente transparentes. 

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Dior, pre-fall 2025.
Foto: Divulgação

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Dior, pre-fall 2025.
Foto: Divulgação

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O aceno japonista está nos shapes com jeito de dobraduras, formando tricôs tipo origami. A alfaiataria tem como base a estrutura do quimono. O vestido é envelopado, as blusas aparecem amarradas na cintura e os casacos são quadrados e sem lapelas.  

Com um quê wabi sabi, algumas roupas são minimalistas e afastadas do corpo, priorizando o conforto. Pense em camisas assimétricas, calças retas, jeans robustos e folgados, além de robes e sobretudos. Em um ou outro momento surge uma peça com jeito de armadura. Estão ali elementos de gueixas e samurais. 

Como de costume nas coleções de Maria Grazia, há uma série de jaquetas esportivas. No caso, de jacquard e couro e em modelos bomber e boxy. Esses itens estão em sobreposições com saias médias de organza e ajudam a desenhar um Japão contemporâneo ao lado de flatforms com detalhes vermelhos e joias douradas, como colares alongados e brincos em apenas uma orelha.   

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Dior, pre-fall 2025.
Foto: Divulgação

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O grande destaque, contudo, fica por conta das saias e vestidos alongados de seda em tons de areia e com pinturas aquareladas de flores. Algumas delas, metálicas e brocadas. 

Um desses motivos vem do acervo da grife, de uma coleção de alta-costura da década de 1950. Por meio de uma nova parceria com o ateliê Tatsumura, essas preciosidades são revividas na nova coleção e fazem parte das colaborações com manufaturas locais, como o tingimento assinado por Kihachi Tabata e os bordados executados pela casa Fukada. 

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