Descubra os planos audaciosos da China para construir uma estação solar espacial

estação solar espacialestação solar espacial

O nosso mundo está se tornando progressivamente mais tecnológico e cada vez mais dependente de energia elétrica. No entanto, sua produção enfrenta desafios significativos relacionados às questões ambientais, especialmente na busca por reduzir a dependência da indústria em recursos limitados do nosso planeta, como os materiais fósseis. Diante disso, houve um movimento de engenharia nos últimos anos em explorar alternativas de geração de energia. Mas a China está indo além, projetando a construção de uma estação solar espacial.

O artigo a seguir, do Engenharia 360, destaca como esse movimento ousado do país asiático pode redefinir o cenário econômico e científico global, marcando uma nova era da exploração espacial para fins energéticos. Confira!

estação solar espacial
Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

Plano chinês de construção da estação solar espacial

A ideia de se construir uma estação solar espacial não é nova para os cientistas. É claro que a energia solar é uma das alternativas mais promissoras aos combustíveis fósseis e ela tem recebido crescente atenção global. Afinal, é inevitável olhar para o céu e se perguntar: “por que não aproveitar toda essa luz e calor disponíveis gratuitamente lá em cima?”.

Acontece que colocar esse plano em prática não é tarefa fácil! Existem muitas limitações impostas pela atmosfera terrestre, que absorve e reflete parte da radiação solar, que já restringe boa parte da eficiência das usinas solares terrestres. Então, o que os chineses querem fazer é transferir a coleta de energia para o espaço, superando essas barreiras.

Principais vantagens estratégicas de uma estação solar no espaço:

  • Captação otimizada: Fora da atmosfera terrestre, os painéis solares recebem muito mais radiação solar, sem as interferências climáticas ou ambientais.
  • Exposição contínua ao Sol: Em órbita geoestacionária, a estação permanece constantemente iluminada, possibilitando a geração ininterrupta de energia.

    Comparação com a barragem das Três Gargantas

    Já falamos sobre a barragem das Três Gargantas aqui, no Engenharia 360. A estrutura está localizada no rio Yangtzé e é um ícone da engenharia moderna. Sua capacidade instalada é de 22,5 mil MW. No entanto, o novo projeto para a estação solar espacial proposto pelos cientistas deve superar até mesmo essa grande obra. A saber, essa estação seria colocada a 36 mil quilômetros da Terra. A captação de energia seria feita de forma ininterrupta, sendo depois transmitida de volta à Terra. Um processo limpo e sustentável!

    Novas tecnologias propostas para estação solar espacial

    Até o momento, diversos laboratórios chineses fizeram propostas diferentes para a futura estação solar espacial. Por exemplo, a Academia Chinesa de Tecnologia Espacial lançou a ideia de uma estação de quase 12 km com antena de transmissão circular de 1 km de diâmetro.

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    Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

    Já a Universidade de Xidian, uma estação esférica com painéis semi reflexivos para concentração de luz.

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    Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

    E a universidade aeroespacial de cheng, um design cilíndrico que refrataria a luz solar em painéis fotovoltaicos internos.

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    Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

    Se você se perguntou como seria a transferência de energia dessa estação para a Terra, explicamos que aconteceria segundo princípios da transmissão via ondas, ou seja, sem fios. A saber, ao coordenar a emissão de energia de múltiplas fontes, é possível concentrar a energia em uma direção específica, como uma antena na superfície do planeta. Por fim, estações terrestres especializadas converteriam essas ondas em eletricidade utilizável, integrando-a à rede elétrica.

    Este método não apenas simplificaria a logística de transmissão, mas também garantiria um fluxo constante de energia renovável.

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    Imagem meramente ilustrativa gerada por IA de Gemini

    Desafios tecnológicos para a revolução energética global

    Antes de tudo, para que a China possa viabilizar esse projeto ambicioso, será necessário um planejamento minucioso de como levar os componentes necessários para o espaço. Em princípio, a ideia é utilizar o foguete Long March-9 (CZ-9), reutilizável e capaz de transportar cargas pesadas e até astronautas, se preciso.

    Confira o cronograma inicial para a construção da estação solar espacial:

    • Até 2030: Lançamento do primeiro protótipo com capacidade de 500 kW.
    • Até 2035: Implementação de uma versão operacional com 20 MW.
    • Até 2050: Conclusão da estação completa com potência de 2 GW.”

    Até onde se sabe, a China já iniciou testes com balões de ar quente e está construindo uma estação receptora em Chongqing. Além disso, a CAST planeja implantar painéis solares de 10 kW no espaço para demonstrar a transmissão de energia sem fio.

    Veja Também: 8 curiosidades sobre a Estação Espacial Internacional


    Fontes: Terra, Olhar Digital.

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