Criador da série Adolescência da Netflix rebate críticas e nega propaganda anti-brancos

A minissérie Adolescência, lançada pela Netflix em março de 2025, virou um sucesso logo nos primeiros dias no ar. Com apenas quatro episódios, a produção aborda temas espinhosos como impacto das redes sociais sobre jovens — e já soma mais de 24 milhões de visualizações.

Apesar do reconhecimento da crítica especializada, a série se viu no centro de uma polêmica inesperada envolvendo Elon Musk.

Na trama, acompanhamos Jamie Miller, um garoto de 13 anos preso sob suspeita de assassinato. A série mergulha na investigação do caso, mas vai além do “quem fez”, explorando o que pode ter motivado o crime. Durante os episódios, tópicos como cultura incel e influência digital são abordados com profundidade.

Críticas nas redes sociais e a resposta de Elon Musk

Embora amplamente elogiada, Adolescência foi acusada nas redes sociais de ser “propaganda anti-brancos”. O influenciador Ian Miles Cheong afirmou que a série seria baseada em um caso real ocorrido em Southport, em 2024, onde um jovem com pais de origem ruandesa teria assassinado três crianças. Segundo ele, a Netflix teria “embranquecido” o personagem e distorcido os fatos para encaixar uma suposta agenda ideológica.

Elon Musk comentou o post com um simples “Wow”, amplificando a crítica para milhões de pessoas.

Série não é baseada em caso real

A acusação, no entanto, foi rapidamente desmentida. O jornalista Shayan Sardarizadeh, da BBC, afirmou que a série não é baseada em nenhum caso real — e já estava finalizada quando o crime em Southport ocorreu.

Outros usuários também reforçaram que o foco da narrativa nunca foi retratar um crime específico, mas sim refletir sobre comportamentos e como isso se forma na juventude, especialmente sob influência das redes.

Stephen Graham responde: “Totalmente mal interpretado”

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Stephen Graham

Stephen Graham, ator e um dos criadores da série, falou sobre a polêmica em entrevista ao Hollywood Reporter. Ele confirmou que as filmagens terminaram antes do crime citado nas críticas e rechaçou qualquer intenção de “propaganda”.

“Eles entenderam tudo errado. Se olhassem os fatos, veriam que o caso de Southport aconteceu depois que nossa série já estava concluída. Usam isso para empurrar suas próprias agendas”, afirmou.

Graham ainda comentou sobre as acusações de que a série seria “woke”:

“Nunca foi sobre cor de pele. É sobre uma família comum, que poderia morar na sua rua. Podia ser o filho da sua irmã ou, Deus me livre, seu próprio filho. Minha inspiração veio do realismo social.”

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