Crédito consignado e FGTS: economista alerta para riscos na inflação

Em um cenário econômico desafiador, o economista-chefe da Warren Felipe Salto traz uma análise crítica sobre as recentes medidas do governo federal voltadas para a ampliação do crédito consignado, a liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a antecipação do 13º salário. Em sua avaliação, apesar de tais iniciativas visarem aliviar o endividamento das famílias brasileiras, há um alerta sobre os riscos associados, especialmente no que diz respeito à pressão inflacionária.

Consignado e FGTS

O crédito consignado, que permite que parcelas de empréstimos sejam descontadas diretamente da folha de pagamento, tem se mostrado uma alternativa viável para muitos consumidores que enfrentam dificuldades financeiras. No entanto, Salto enfatiza que a ampliação desse tipo de crédito pode trazer consequências indesejadas se não for bem calibrada. “O diabo mora nos detalhes”, afirma o economista, evidenciando a necessidade de uma análise minuciosa das medidas implementadas.

A liberação do FGTS e a antecipação do 13º salário são outras estratégias do governo que visam proporcionar um alívio financeiro imediato aos trabalhadores. Essas ações, segundo Salto, têm o potencial de injetar dinheiro na economia, mas também podem contribuir para um aumento da inflação se não forem acompanhadas de políticas fiscais responsáveis. O desafio, portanto, reside em encontrar um equilíbrio que permita o suporte às famílias sem comprometer a estabilidade econômica do país.

Salto destaca que, em um contexto de alta inflação, a oferta de crédito mais acessível pode estimular o consumo, mas, ao mesmo tempo, pode exacerbar a pressão sobre os preços. “Precisamos ter cuidado com a forma como essas medidas são implementadas, pois um aumento excessivo na demanda pode levar a um descontrole inflacionário”, alerta.

Além disso, a dependência do crédito consignado pode se tornar um ciclo vicioso para as famílias, que, ao buscar soluções imediatas, podem acabar se endividando ainda mais. O economista sugere que o governo deve considerar alternativas que promovam a educação financeira e a conscientização sobre a importância de um consumo responsável.

Enquanto as medidas anunciadas buscam trazer alívio em um momento de crise, a análise de Salto serve como um importante alerta para os formuladores de políticas públicas e para a sociedade em geral. A gestão cuidadosa desses instrumentos econômicos será crucial para garantir que as famílias consigam não apenas superar a crise, mas também construir uma base financeira mais sólida e sustentável no futuro.

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