Qual carne pode comer na Sexta-feira Santa?

Na Sexta-feira Santa, os fiéis da Igreja Católica não ingerem carne vermelha em respeito à morte de Cristo. Na imagem, vê-se dois bifes de gado com um ramo de alecrim em cima.

Carnes vermelhas não são indicadas a serem ingeridas por fiéis na Sexta-feira Santa – Foto: Banco de Imagens/ND

Em 2025, a Sexta-feira Santa será celebrada em 18 de abril. De acordo com a doutrina católica, a data que antecede a Páscoa marca a crucificação e morte de Jesus Cristo. Como parte da tradição religiosa, é comum que os fiéis abstenham-se da ingestão de algumas carnes no período.

Em forma de reflexão e penitência pela crucificação Cristo, muitos optam por não consumirem carnes vermelhas ou de aves ao longo da Sexta-feira Santa. No dia, os insumos são substituídos por peixes ou outros frutos do mar, como camarões, por exemplo.

É possível também trocar a carne vermelha e as carnes de aves por uma dieta vegetariana na data, a quem preferir.

Por que não é incentivado o consumo de carne vermelha na Sexta-feira Santa?

Para a Igreja Católica, a carne vermelha, em específico, simboliza o corpo de Jesus Cristo. Por isso é recomendado que os fiéis não a consumam na sexta-feira da Semana Santa, numa forma de demonstrar solidariedade e respeito a Jesus e sua trajetória de salvação.

A Sexta-feira Santa tem relação com a quaresma?

Sim! A Sexta-feira Santa é um feriado nacional compreendido dentro do período da Quaresma. A tradição religiosa faz referência aos 40 dias em que Jesus Cristo esteve no deserto e começa a partir da quarta-feira de Cinzas, logo após o Carnaval. Em 2025, ela teve início em 5 de março.

A contagem segue até o sábado que antecede a Páscoa, também conhecido como “Sábado de Aleluia”.

Mas e a Semana Santa, o que é?

Conforme a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), a “Semana Santa é o momento central da liturgia católica romana e é a semana mais importante do ano litúrgico, quando se celebram de modo especial os mistérios da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo”.

Nela, cada um dos dias da semana tem um significado especial, a começar pelo Domingo de Ramos, que celebra a entrada de Jesus Cristo em Jerusalém. Na Segunda-feira Santa, por sua vez, proclama-se, durante a missa, o evangelho segundo São João.

Sabe-se que, seis dias antes da Páscoa, Jesus chega a Betânia para fazer a última visita aos amigos. Na Terça-feira Santa a mensagem central da Igreja passa pela Última Ceia. Já na Quarta-feira Santa, segundo a CNBB, realiza-se a “Procissão do Encontro”.

Nela, os homens saem de uma igreja ou local determinado com a imagem de Nosso Senhor dos Passos.

As mulheres, por sua vez, saem de outro ponto com Nossa Senhora das Dores. Acontece, então, o encontro entre a Mãe e o Filho. Seguindo a semana, na Quinta-feira Santa acontece a bênção dos santos óleos usados durante todo o ano pelas paróquias.

Faz-se, ainda no mesmo dia, o ritual litúrgico de Lava-Pés, que recorda a última ceia do Senhor.

No dia seguinte a comunidade celebra a Sexta-feira Santa, já explicada anteriormente. Conforme a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em muitas paróquias e comunidades, são realizadas a encenação da Paixão, da Morte e da Ressurreição de Jesus Cristo nesta data.

No Sábado Santo, por sua vez, ocorre a Vigília Pascal, celebrada nas missas da Igreja Católica. Por fim, o Domingo da Ressurreição encerra o período da Quaresma. Ele é conhecido, segundo a CNBB, como o dia santo mais importante da religião cristã.

É quando, depois de morrer crucificado, o corpo de Jesus é sepultado e ali permanece até a ressurreição.

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