Funcionário se passa por enfermeira para enviar mensagens ofensivas e difamar médicos para donos de hospital; veja prints

Segundo a polícia, a mensagem menciona uma suposta crise financeira no hospital, na qual o autor acusa médicos de estarem roubando dinheiro. O sobrinho do suspeito também é investigado. Um funcionário de um hospital privado de 56 anos se passou por uma enfermeira para enviar mensagens ofensivas e difamar médicos para donos de hospital, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. Segundo a polícia, a mensagem menciona uma suposta crise financeira no hospital, na qual o autor acusa médicos de estarem roubando dinheiro (veja o print acima).
“Venho até vocês, que também são donos e precisam cuidar do patrimônio, para relatar que há muito tempo alguns médicos vêm se aproveitando da situação”, diz a mensagem.
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O suspeito afirma que os médicos alegam não receber salários mensais, mas fazem retiradas de dinheiro do hospital quase todos os meses, e que estariam “roubando na cara dura”. Além disso, ele diz que um dos médicos, que nunca teve “carro bom”, está construindo uma mansão — “tudo com dinheiro do hospital”.
Segundo o delegado Matheus Dutra, as investigações ainda estão em andamento para apurar a motivação do crime.
“Sabe-se que o indivíduo teve uma redução salarial e estava descontente com a administração do hospital. Não sabemos ainda se há uma motivação específica contra a vítima por ter usado o nome dela e seus dados para cadastrar o chip telefônico”, disse o delegado.
Além do suspeito, o sobrinho dele também é investigado. O g1 não conseguiu contato com a defesa deles até a última atualização desta reportagem.
Segundo o delegado, ele usou os dados pessoais da vítima como CPF, número de telefone e nome completo, e conseguiu um chip telefônico para cadastrar em um WhatsApp, se passando pela vítima, uma enfermeira do hospital.
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Conforme o delegado, por meio desse WhatsApp, foram enviadas mensagens para sócios e proprietários do hospital, caluniando e difamando outras pessoas, além de fazer críticas à administração e às condições financeiras do hospital, como se tivessem sido feitas pela vítima.
O homem foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e pode responder pelos crimes de calúnia e difamação majorada, além de falsidade ideológica e falsa identidade. De acordo com a Polícia Civil, ele pagou fiança e foi liberado. Durante o interrogatório, permaneceu em silêncio.
“Estamos apurando se há envolvimento de outras pessoas. O suspeito atuava no setor de manutenção e informática do hospital”, afirmou o delegado.
A equipe da Polícia Civil fez buscas e apreensões na casa do suspeito e também na do sobrinho dele. Celulares e cartões bancários foram apreendidos.
A Polícia Civil informou que foi na casa do sobrinho do suspeito que a internet foi usada para enviar as mensagens. O sobrinho negou envolvimento e afirmou que o tio frequentava sua casa semanalmente.
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