Bombardeios israelenses deixam dois mortos no sul do Líbano

Soldados libaneses inspecionam um veículo bombardeado por Israel em Ghazieh, perto de Sidon, em 18 de abril de 2025Mahmoud Zayyat

Mahmoud ZAYYAT

Duas pessoas morreram em bombardeios israelenses no sul do Líbano nesta sexta-feira (18), informou o Ministério da Saúde libanês, e o Exército israelense disse ter “eliminado” dois combatentes do Hezbollah na região.

O Exército israelense prossegue com seus bombardeios ao Líbano, apesar do cessar-fogo que entrou em vigor em 27 de novembro, após dois meses de guerra contra o Hezbollah.

As tropas israelenses dizem que atacam combatentes e infraestruturas pertencentes ao movimento islamista libanês apoiado pelo Irã.

“O ataque realizado pelo inimigo israelense contra um carro na rodovia Saida-Ghaziyeh resultou em uma vítima mortal”, disse o Ministério da Saúde libanês.

O Exército israelense afirmou posteriormente, em um comunicado, que realizou “bombardeios de precisão na região de Sidon e eliminou o terrorista do Hezbollah Muhammad Jafar Manah Assad Abdullah”.

Segundo o Exército israelense, o homem era “responsável, entre outras coisas, pela implantação dos sistemas de comunicação do Hezbollah em todo o Líbano”.

Após o ataque, que ocorreu perto da cidade costeira de Sidon, o veículo pegou fogo, levantando uma nuvem de fumaça preta, de acordo com um jornalista da AFP no local.

Mais tarde, o ministério libanês registrou uma segunda morte em um ataque a um veículo em Aita al-Shaab, perto da fronteira com Israel.

“Um membro do Hezbollah foi atacado e morto (…) na região de Aita al-Shaab”, disse o Exército israelense à noite.

O Exército libanês isolou a área e os bombeiros intervieram para controlar as chamas.

Após a eclosão da guerra em Gaza, desencadeada em 7 de outubro de 2023 por um ataque do Hamas em território israelense, o Hezbollah, que afirma apoiar o movimento islamista palestino, abriu uma frente contra Israel.

Em setembro de 2024, o conflito evoluiu para uma guerra aberta, com intensos bombardeios israelenses no Líbano, que, segundo as autoridades, deixaram mais de 4.000 mortos.

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