STF afasta desembargadores suspeitos de venda de sentença no TJMS após retorno ao trabalho


Um dia após voltarem ao trabalho, o afastamento foi prorrogado por decisão do ministro Cristiano Zanin; operação “Ultima Ratio” foi deflagrada pela Polícia Federal em outubro de 2024. Desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul afastados
Reprodução
Os desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), investigados por suspeita de venda de sentenças no Judiciário sul-mato-grossense, foram mais uma vez afastados de suas funções. O novo afastamento não tem um prazo específico, conforme consta na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no Whatsapp
Com a nova determinação, os magistrados Alexandre Aguiar Bastos, Marcos José de Brito Rodrigues, Sideni Soncini Pimentel e Vladimir Abreu da Silva estão proibidos de acessar as dependências do TJMS, além de não poderem acessar o sistema e nem ter contado com os servidores da instituição.
A operação que determinou o afastamento dos magistrados por 180 dias foi deflagrada pela Polícia Federal, por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em outubro de 2024. Dois dias depois, o processo subiu para o STF, sob responsabilidade do ministro Cristiano Zanin.
Além dos magistrados, outros servidores do judiciário, um procurador de Justiça, empresários e advogados – alguns deles filhos dos desembargadores – são investigados por lavagem de dinheiro, extorsão, falsificação e organização criminosa.
Procurada pela reportagem, a defesa de Osmar Jeronymo afirmou que ainda não foi intimada da decisão, mas que a informação causa estranheza. “Parece que a prorrogação se deu de ofício, após o fim do prazo de 180 dias, e sem o Inquérito sequer estar no Gabinete do Ministro”
‘Ultima Ratio’
Dinheiro apreendido em operação que investiga venda de sentenças em MS.
Reprodução
Desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul foram afastados de suas funções, no dia 24 de outubro de 2024, em razão de uma investigação que apura corrupção e venda de sentenças.
Durante a operação, foram apreendidas diversas armas na casa de dois desembargadores. Além disso, foram encontrados mais de R$ 3 milhões em espécie. Somente na casa de um dos investigados, foram encontrados R$ 2,7 milhões. Segundo as investigações, entre os crimes cometidos pelo grupo estão:
lavagem de dinheiro;
extorsão;
falsificação
Armas apreendidas em operação que mira venda de sentenças por desembargadores em MS.
Reprodução
A operação, fruto de três anos de investigação da Polícia Federal, foi batizada de “Ultima Ratio”, um princípio do Direito segundo o qual a Justiça é o último recurso do Poder Público para parar a criminalidade.
Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:
Adicionar aos favoritos o Link permanente.