“IA pode curar todas as doenças em breve”, diz vencedor do Nobel de Química”

A inteligência artificial ainda assusta muita gente. Há o medo de perder empregos, de perder o controle, de perder a humanidade. Mas para Demis Hassabis, um dos maiores nomes do setor, a IA está muito mais perto de salvar vidas do que de destruí-las.

Segundo Hassabis, em poucos anos, poderemos ver doenças hoje consideradas incuráveis sendo eliminadas. E com isso, surgirá uma nova era de prosperidade global.

Quem é Demis Hassabis?

Demis Hassabis
Demis Hassabis

 

Hassabis tem um currículo impressionante: foi campeão de xadrez ainda criança, desenvolvedor de jogos na icônica Bullfrog (onde criou Theme Park aos 17 anos), neurocientista com passagem por MIT e Harvard, e fundador da DeepMind — a empresa que colocou a IA no centro das atenções ao criar sistemas que vencem campeões humanos e resolvem problemas científicos complexos.

Hoje ele comanda projetos de inteligência artificial no Google e, em 2024, foi reconhecido com o Prêmio Nobel de Química por ajudar a desvendar a estrutura de proteínas com o auxílio da IA.

Curar todas as doenças? Ele acredita que sim

Inteligencia Artificial Medicina

Em entrevista à CBS News, Hassabis foi direto:

“Acho que um dia poderemos curar todas as doenças com a ajuda da IA. Talvez na próxima década. Não vejo motivo para não acontecer.”

E ele tem motivos concretos para isso. A IA desenvolvida pela DeepMind, chamada AlphaFold, conseguiu fazer em um ano o que levaria séculos para a ciência tradicional: mapear a estrutura de mais de 200 milhões de proteínas. Isso abre portas para a criação de novos medicamentos em uma velocidade nunca antes vista — tratamentos que antes levavam 10 anos para serem desenvolvidos, agora podem surgir em semanas.

De resolver problemas a propor soluções

Hassabis também comentou sobre o futuro da IA em um sentido mais amplo. Para ele, a próxima grande etapa não será apenas a IA resolvendo problemas. Será a IA levantando os problemas, pensando por conta própria e propondo soluções de forma criativa.

E mais: ele aposta que a próxima revolução da IA virá com os robôs, algo que deve acontecer nos próximos dois anos, segundo sua estimativa.

O conceito de “abundância radical”

Com todo esse avanço tecnológico, Hassabis acredita que entraremos em uma fase de “abundância radical” — um mundo onde a escassez de recursos deixará de existir, graças à eficiência da IA em áreas como saúde, energia, logística e produção.

Mas ele também reconhece os riscos: desde o uso malicioso por criminosos e governos, até o perigo de a própria IA sair do controle.

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