Veja o que se sabe e o que falta esclarecer sobre caso de adolescente encontrada morta dentro de poço em Cuiabá


O g1 reuniu as principais informações sobre o que já se sabe e o que ainda falta saber sobre o assassinato da adolescente Heloysa Maria de Alencastro Souza, em Cuiabá. Padrasto e filho são presos suspeitos de envolvimento em sequestro e morte de adolescente em Cuiabá
Reprodução
A morte da adolescente Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, encontrada com as mãos e pés amarrados dentro de um poço, no Bairro Ribeirão do Lipa, em Cuiabá, nessa terça-feira (22), causou comoção devido à crueldade. Nesta reportagem, o g1 reuniu tudo sobre o que já se sabe e o que ainda falta esclarecer sobre o assassinato da adolescente. Veja abaixo:
Quem é a vítima?
Quem são os suspeitos?
Como o crime aconteceu?
Os alvos dos criminosos
Tentativa de enganar a polícia
Qual foi a motivação do crime?
Como estão as investigações?
Quem é a vítima?
Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, foi morta por estrangulamento, com um cabo de celular, em Cuiabá.
Reprodução
Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, morava com a mãe, em Cuiabá, onde foi morta. Ela estudava em uma escola particular de ensino religioso da capital.
Quem são os suspeitos?
Da esquerda à direita: Gustavo Benedito Junior Lara de Santana, de 18 anos, e Benedito Anunciação de Santana, de 40 anos
Divulgação
O padrasto de Heloysa, Benedito Anunciação de Santana, de 40 anos, e o filho dele, Gustavo Benedito Junior Lara de Santana, de 18 anos, foram presos suspeitos de envolvimento no crime. Além do pai e filho, foram apreendidos dois adolescentes, de 16 e 17 anos, que teriam sido convidados por Gustavo para cometer o crime.
Benedito mantinha um relacionamento com a mãe de Heloysa. O casal vivia junto há cerca de quatro meses. Ele atuava como gerente de transportes da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci).
Como o crime aconteceu?
Adolescente é sequestrada e encontrada morta em poço; padrasto e jovem são presos
De acordo com a Polícia Civil, o crime teve início no começo da noite de terça-feira (22), quando Benedito foi até a casa da namorada, acompanhado de Gustavo e dos outros dois adolescentes, que eram colegas de escola do filho dele.
Heloysa foi assassinada dentro da casa, antes da chegada da mãe e com o padrasto ainda presente no local. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou que a adolescente sofreu múltiplas lesões pelo corpo, mas a causa da morte foi asfixia por estrangulamento, com um cabo de celular (USB).
Após o crime, o padrasto saiu da casa para atender um chamado de trabalho. Algumas horas depois, a mãe da vítima chegou em casa acompanhada de uma amiga. Gustavo estava com o rosto coberto e, por isso, não foi reconhecido.
As duas mulheres foram levadas para um quarto e a mãe não viu que a filha já estava morta. A princípio, a família acreditava que se tratava de um roubo seguido de sequestro.
Os alvos dos criminosos
O delegado Guilherme Bertolli informou que a mãe também era alvo dos criminosos e que só não morreu porque chegou ao local tempo depois da invasão.
Os suspeitos mataram a adolescente e esconderam o corpo em um quarto. Em seguida, Benedito saiu da casa e, pouco depois, a mãe chegou e foi agredida com socos no rosto pelos adolescentes. A amiga dela foi quem pediu socorro e acionou a polícia.
“Os criminosos renderam a Heloysa, isso é unânime nas versões dos suspeitos, e a mãe demorou para chegar na residência. Ela chegou com uma amiga e um bebê de colo, os suspeitos partiram para agressão, ela não teve contato com a filha, que já estava morta, levaram ela para um quarto e conseguiram sair com o corpo da vítima”, explicou.
Ainda segundo a polícia, a mãe viu os adolescentes levando Heloysa e, sem saber que a filha estava morta, acreditou se tratar de um roubo seguido de sequestro. Os suspeitos fugiram com o corpo da adolescente no carro da mãe dela.
Tentativa de enganar a polícia
Publicação feita pelo padrasto de Heloysa nas redes sociais
Reprodução
Benedito retornou à casa e encontrou a mulher machucada. Ele a levou para Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde ela ficou sabendo da morte da filha, quando a polícia chegou no local.
Nas redes sociais, o padrasto chegou a publicar uma foto de Heloysa e pedia ajuda para encontrar a adolescente. A publicação foi feita às 21h05 e o boletim de ocorrência sobre o desaparecimento da jovem foi registrado pela mãe às 21h30, momentos antes do corpo ser encontrado.
Qual foi a motivação do crime?
Segundo o delegado responsável pelo caso, Guilherme Bertolli, vários fatores serão analisados e a motivação ainda está sendo investigada. O caso, no entanto, é tratado como feminicídio.
Para tentar esclarecer o crime, a mãe de Heloysa ainda será ouvida.
Como estão as investigações?
Segundo a polícia, o adolescente de 17 anos e o jovem de 18 anos confessaram o crime e estão colaborando com a investigação. Já o padrasto da vítima optou por ficar em silêncio.
O caso é investigado como feminicídio, roubo majorado e corrupção de menores.
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