A Banlek já vendeu R$ 260 milhões em fotos. Foi tudo parar no Instagram

A Banlek – uma plataforma de compra e venda de fotos de esportes e eventos – faturou R$ 260 milhões desde 2020.

Detalhe: praticamente todas as fotos compradas foram parar no Instagram pessoal dos fotografados.

Ao contrário de bancos de imagens mais tradicionais – como o Shutterstock e a Getty Images, que aliás anunciaram sua fusão em janeiro – a Banlek se concentra em ser um espaço em que fotógrafos possam publicar fotos de eventos sociais, esportivos e corporativos.

Não por acaso, já foi apelidado de “Uber dos fotógrafos”, mas o fundador e CEO Jonathas Guerra sugere outra alcunha.

“Eu prefiro ‘o Mercado Livre dos fotógrafos’, pois são os fotógrafos que definem o preço, e a Banlek cuida de toda a logística de entrega, incluindo a venda das fotos impressas,” Guerra disse ao Brazil Journal. “E dá para dizer que quase 99% das fotos vão para as redes sociais dos compradores.” 

A Banlek oferece dois planos para os fotógrafos: um pago e um gratuito, que têm comissões de 9% e 10%, respectivamente. 

Segundo Guerra, a maior parte dos fotógrafos optam pelo plano premium, que custa R$ 97 por mês, por causa dos benefícios.

O executivo diz que a Banlek dá cashback em dobro para os fotógrafos que pagam assinatura, além de acesso a cursos e também abre a possibilidade deles utilizarem o sistema da Banlek para vender as fotos “por fora” sem pagar taxa.  

Hoje, 60% das fotos vendidas na plataforma vêm da área de esportes – como fotos de treinos na praia e corridas de rua. Os 40% restantes são divididos em eventos corporativos, sociais e culturais.

Um dos diferenciais da plataforma é a utilização da inteligência artificial para que as pessoas encontrem suas fotos. Em uma corrida de rua, por exemplo, o corredor não precisa procurar suas fotos com o número do peito, mas subir uma foto própria no site e usar o reconhecimento facial para fazer a pesquisa. 

Essa tecnologia permite que as pessoas encontrem suas fotos em lugares lotados, como em um estádio durante um jogo de futebol. 

Desta forma, segundo Guerra, a quantidade de fotos vendidas sobe vertiginosamente. O CEO diz que a média mensal de faturamento dos fotógrafos que vendem suas fotos no site é de R$ 3 mil.

“Mas tem casos de fotógrafos que ultrapassam os R$ 15 mil por mês, como aqueles que ficam fazendo fotos de treinos na orla da Zona Sul do Rio de Janeiro,” disse.

A Banlek faturou R$ 16 milhões no ano passado, um crescimento de 240%. 

A startup foi fundada em 2019 por Guerra e Sérgio Illa, um ex-coronel da Aeronáutica e piloto de avião que idealizou o projeto. Logo no início, Illa convidou Guerra, que trabalhava como desenvolvedor de software e aplicativos, para participar da sociedade.

Em 2023, Guerra comprou a fatia de Illa e passou a ser o único acionista com sua mulher, Maria Eduarda Guerra, que é a CFO da companhia.

Desde o ano passado, a Banlek decidiu expandir geograficamente a sua operação por meio de aquisições. 

A última acabou de acontecer: a Banlek pagou R$ 1,7 milhão pela Surfmappers, que tem a mesma proposta da Banlek, mas mais voltada para o surfe. 

“A Surfmappers é muito forte dentro da fotografia de surfe, então estamos basicamente ampliando a atuação dos nossos fotógrafos,” disse Guerra. 

No ano passado, a Banlek comprou a UliSite, que atua no Paraguai e em Portugal. Além disso, pagou R$ 9,5 milhões pela concorrente brasileira Epics, que tinha 15 anos de mercado. 

Além de trazer mais fotógrafos para seu ecossistema, a Banlek tem criado novas maneiras de faturar. Hoje a empresa cobra em média R$ 20 por foto; por mais R$ 2, o cliente pode ter a foto impressa.

 “Os jovens, surpreendentemente, são os que mais pedem fotos impressas, que têm margens muito melhores que as digitais, pois a nossa comissão pode chegar a 70%, dependendo do plano do fotógrafo,” disse.

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