Empresas podem surpreender mesmo com juros altos, diz gestor

Durante entrevista ao programa BM&C News, o gestor da Bluemetrix, Renan Silva, avaliou que, apesar das incertezas no cenário macroeconômico, as empresas brasileiras têm demonstrado resiliência e capacidade de adaptação. Segundo ele, mesmo com a taxa de juros ainda elevada e o consumo limitado, há sinais positivos no horizonte para investidores atentos aos fundamentos microeconômicos.

As empresas estão se adaptando. O empresário brasileiro tem buscado soluções ágeis, como fusões, aquisições e entrada em novos segmentos. Isso mostra uma força estrutural do micro que pode surpreender mesmo em um ambiente macro austero”, disse.

Década difícil, mas com aprendizado e ação rápida das companhias

Silva comparou o atual período à chamada “década perdida”, mas destacou que a situação atual difere das crises anteriores. “É diferente dos anos 80 ou 90. Passamos por recessão em 2015 e 2016, depois a pandemia, mas agora há mais capacidade de reação e uma postura mais estratégica por parte dos executivos”, comentou.

Essa postura, segundo ele, está permitindo que empresas busquem alternativas para crescer e gerar valor aos acionistas, mesmo em meio às limitações macroeconômicas.

Juros ainda são obstáculo, mas há sinais de alívio

O gestor reconhece que a taxa de juros elevada continua sendo o principal entrave ao avanço da atividade produtiva e da confiança dos investidores. No entanto, a curva de juros já aponta para uma possível desaceleração da Selic, o que traz certo otimismo ao mercado.

Há um movimento na curva que sugere arrefecimento dos juros. Isso, combinado à recuperação gradual do emprego e à estabilidade institucional, pode abrir uma janela mais positiva para as companhias em 2025”, afirmou.

Resultados melhores devem marcar o ano de 2025

Renan Silva finalizou com uma projeção otimista: os resultados corporativos ao longo de 2025 devem vir melhores do que o esperado, especialmente considerando a base fraca dos últimos trimestres e a maior capacidade das empresas em se ajustar ao ambiente de restrição.

No curto prazo, há um pouco mais de visibilidade. Os resultados devem melhorar e, com isso, trazer oportunidades para quem acompanha o mercado com atenção ao micro, não só ao macro”, concluiu.

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