True Crime da Netflix explora um dos maiores mistérios da história do Vaticano

Nos últimos anos, documentários sobre crimes reais têm dominado as plataformas de streaming. E a Netflix, como de costume, lidera essa tendência com produções que vão desde histórias chocantes como a de Jeffrey Dahmer até casos familiares polêmicos como o dos irmãos Menéndez. Mas uma minissérie em especial voltou a chamar atenção recentemente por conta de um novo contexto envolvendo o Vaticano.

O desaparecimento que ainda intriga o mundo

A Garota Desaparecida do Vaticano (2022), disponível em 4 episódios na Netflix, resgata um dos casos mais misteriosos e sensíveis ligados à Igreja Católica. A produção ganhou novos holofotes após a morte do papa Francisco, trazendo de volta um enigma que permanece sem solução desde a década de 1980.

Emanuela Orlandi tinha 15 anos e era cidadã do Vaticano. Ela desapareceu em Roma no dia 22 de junho de 1983, após sair de uma aula de música no Instituto Tommaso Ludovico da Victoria. Filha de um funcionário do Vaticano, Emanuela parecia ser uma adolescente comum — até que sua ausência virou manchete nacional.

Na época, tudo indicava um possível sequestro. Duas investigações foram abertas ao longo dos anos, mas nenhuma conseguiu chegar a uma conclusão. Em 2023, o caso foi oficialmente reaberto pelo Vaticano, reacendendo o interesse público e as teorias em torno do sumiço da jovem.

A família de Emanuela acredita que o Vaticano sabe o que aconteceu, mas esconde informações para proteger a reputação da Igreja. A hipótese ganha força com o fato de outra adolescente, Mirella Gregori, também ter desaparecido naquele mesmo ano, em circunstâncias similares.

Desde então, surgiram especulações das mais diversas: envolvimento da máfia, abuso sexual dentro da Igreja, conspiração internacional e até a ação de um serial killer. Nada foi comprovado até hoje.

Mais do que contar uma história chocante, a minissérie A Garota do Vaticano serve como porta de entrada para entender um dos maiores mistérios modernos envolvendo o Vaticano. Em tempos de mudanças na liderança da Igreja, com a morte recente do papa Francisco e o início de um novo conclave, o caso volta a ganhar relevância.

Para quem se interessa por crimes reais com impacto histórico e político, essa é uma produção que merece atenção.