Marcelo Gasparino está em guerra para ficar na Eletrobras. A trincheira é o Linkedin

A Eletrobras está vivendo um processo conturbado para a eleição de seu novo conselho de administração, marcada para terça-feira. Em jogo: o futuro da empresa, o tamanho da influência do Governo lá dentro, e a credibilidade dos conselheiros profissionais no Brasil.

A chapa da administração não reconduz ao colegiado o conselheiro Marcelo Gasparino, que não gostou de ter sido “esquecido”.

Desde que a lista saiu sem seu nome, há cerca de um mês, Gasparino tem feito manifestações públicas à empresa e posts em série no Linkedin, nos quais expõe bastidores da companhia, critica o processo eleitoral e ataca, usando a sigla “PB”, seu colega de conselho, Pedro Batista, o sócio da gestora Radar e acionista relevante da Eletrobras há 10 anos. 

Em entrevista ao Brazil Journal, Gasparino diz que Pedro não age como conselheiro, mas como executivo, “porque quer mandar na companhia.” 

A Eletrobras tem seu controle pulverizado desde a privatização em 2022. Desde então, o Governo mantém participação de 45,9% das ações ordinárias, mas tem poder de voto limitado a 10%. 

“Pedro é competente, mas ainda tem uma estrada para percorrer para virar um conselheiro,” diz Gasparino, que se diz “mais sénior”. “Ele é um gestor de investimentos, nunca trabalhou em empresas. E atua como um ‘conselheiro-executivo’ que quer interferir no trabalho da gestão, que está, hoje, amedrontada por ele. Foi ele que demitiu o Wilson (Ferreira Filho, ex-CEO da Eletrobras) e outros executivos.”

No último dia 17, o conselho da Eletrobras, do qual Gasparino ainda faz parte, decidiu por unanimidade reconduzir toda a diretoria da empresa por dois anos, até maio de 2027. 

“O Gasparino acha que o Pedro tem alguma coisa contra ele. Mas a verdade é que todo o conselho está insatisfeito com o Gasparino”, disse uma fonte próxima à Eletrobras. “Não é coisa do Pedro contra o Gasparino. É o Gasparino contra todo o restante do conselho.  Ele personificou no Pedro porque o Pedro é mais combativo, vocal, agressivo. Os embates com o Pedro foram muito grandes. Mas houve embates com todo mundo. Ficou meio impossível de trabalhar.”

A falta de ambiente de Gasparino no conselho ficou evidenciada no processo de composição da lista de indicados da administração, comandado pela Spencer Stuart e a Korn Ferry. 

A Spencer Stuart fez uma matriz de competências para o conselho e concluiu que a Eletrobras precisa de um colegiado com perfil mais executivo e conhecimento técnico no setor, diante das mudanças estruturais encaradas pelo segmento.  

A consultoria avaliou o trabalho do conselho como um todo e também individualmente, via autoavaliação e avaliação peer to peer. Após listar premissas e usar uma escala de 1 a 6 para avaliar se o conselheiro é pouco efetivo, efetivo ou excepcional, cada conselheiro recebeu uma avaliação. Gasparino teve mediana 4 na maioria dos quesitos – apesar de não ter sido mal avaliado, segundo fontes, ele teve a pior nota na comparação com os demais. 

A Spencer Stuart destacou como fortalezas de Gasparino suas contribuições nos temas de governança e sustentabilidade. Como oportunidade, apontou: “equilibrar a assertividade nos posicionamentos em busca de maior alinhamento e flexibilidade para a construção de visão coletiva junto aos demais membros.”

Já a Korn Ferry fez três perguntas a cada conselheiro; numa delas queria saber qual conselheiro deveria sair do colegiado, caso houvesse necessidade de substituição. Gasparino foi o voto da maioria. 

A montagem da chapa

Em 26 de março – dois dias antes da convocação da assembleia para a eleição de conselho – a Eletrobras fechou um acordo com o Governo para encerrar a Ação Direta de Inconstitucionalidade iniciada em maio de 2023. O acordo deu à União o direito de escolher três dos 10 conselheiros da empresa. O Governo Lula indicou dois ex-ministros de Minas e Energia, Silas Rondeau e Nelson Hubner; e Maurício Tolmasquim, que chegou a ocupar o ministério interinamente e é ex-presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética).  

Na terça-feira, os demais acionistas da Eletrobras vão ter que, primeiro, aprovar esse acordo com o governo e, na sequência, escolher os sete outros conselheiros: 6 indicados pelos ordinaristas, e 1 em eleição em separado dos preferencialistas. 

Um mês atrás, a Eletrobras divulgou a lista de indicados pelo atual conselho, reconduzindo 6 dos 9 conselheiros. A chapa traz o consultor Vicente Falconi; Marisete Pereira, uma especialista do setor que trabalhou mais de 16 anos no MME; Felipe Dias, sócio da consultoria Viságio; os advogados Daniel Alves Ferreira e Ana Silvia Matte. Também foram indicados dois novatos: a conselheira profissional Vanessa Claro Lopes; e Carlos Márcio Ferreira, que tem passagens pela CPFL Energia, Energisa e Eneva.  

Pedro Batista foi indicado para a vaga de preferencialistas. Dias depois, as gestoras SPX, Opportunity, Oceana e Navi apoiaram a indicação de Ferreira; e Atmos, Vinci, Milestones, Radar e SPX, a indicação de Pedro. 

Assim que saiu a lista, Gasparino fez manifestações nas atas da reunião de conselho, e também no Linkedin.  Nos posts na rede social, com o título “Por que eu sou candidato ao conselho de administração da Eletrobras”, entre outros pontos, descreveu situações envolvendo Pedro e sua conduta na empresa.

No Linkedin, escreveu que colocou na mesa do conselho alguns temas, entre eles a unificação das classes de ações. “Apesar de se declarar conflitado, PB participou de todos os debates sobre a formação do preço de conversão de PNs em ONs. Ali notei que existia um conselheiro com muita influência sobre os demais membros.” 

Depois cita uma gravação de uma reunião de 2023 que diz que “o PCA [o então presidente do conselho de administração, Ivan Monteiro], e os conselheiros Vicente Falconi, Felipe Dias e Marisete Pereira declararam ter sido convidados a compor o CA pelo então acionista PB.” E prossegue: “após dois meses de desgastantes RCAs, no dia 14/08/23, por volta de 17h fui procurado pelo conselheiro PB para me informar que o CEO [Wilson Ferreira Filho] seria destituído, e que a decisão ocorreria em RCA no mesmo dia. Às 20h fui surpreendido, não somente com a demissão, mas com a escolha, em caráter definitivo, do PCA como novo CEO. Além disso foi votada a eleição do conselheiro VF para PCA, e FD como vice. Obviamente que as escolhas já tinham ocorrido anteriormente, em reunião prévia e da qual não participei.  Por certo que registrei minha discordância com o processo, mesmo que pessoalmente concordasse, achasse o Ivan a pessoa certa para liderar a transformação tão necessária para a Companhia. A partir daquele momento, comecei a sentir que ‘não teria vida fácil’ naquele conselho.”

Na ata da reunião do conselho de 21 de agosto de 2023, em que é apresentada a renúncia de Ferreira e a escolha de Ivan, não consta nenhuma manifestação de Gasparino. 

“O Pedro foi para o conselho da Eletrobras e colocou lá o Falconi, o Felipe e a Ana Silvia. Também chamou o Ivan Monteiro e construiu uma relação muito forte com a Marisete. Assim, ele tem um grupo de pessoas gratas a ele. Num momento em que há divisão no conselho, a probabilidade é que essas pessoas deixem a gratidão falar mais alto,” Gasparino disse ao Brazil Journal.

Nas manifestações à empresa, Gasparino questionou o fato de Marisete ser considerada independente, uma vez que foi indicada pelo Governo Bolsonaro e a União; e que é presidente da Abrage (Associação  Brasileira de Empresas Geradoras). Pedro Batista também anexou à ata uma resposta a Gasparino, afirmando que Gasparino foi favorável ao enquadramento de Marisete como independente, citando atas das reuniões, e lembrando que a conselheira fez consulta prévia à companhia sobre a possibilidade de acúmulo das funções, e só aceitou o cargo na associação após o conselho unanimemente ter se manifestado sobre ausência de conflito.

Ao Brazil Journal, Gasparino disse que “não sabia que ela era considerada independente”: “O site da empresa não informava isso. Só foi corrigido agora, depois que questionei”. A ata da assembleia que elegeu o conselho da Eletrobras em 2022, do qual tanto Marisete quanto Gasparino faziam parte, informa que ela é uma conselheira independente.  

Gasparino também criticou o aumento de 9 para 10 integrantes do conselho; e chamou de “retrocesso” a redução de 6 para 5 do número de conselheiros independentes.

Questionou, dizendo-se contra, o critério de desempate adotado pelo conselho: a opinião que tiver o maior número de conselheiros independentes vence. “Isso é uma forma de discriminar conselheiros que, independentes ou não, assumem os mesmos deveres fiduciários para com a Companhia”, escreveu. Dentro da tese de Gasparino, Pedro já tem a maioria necessária no conselho para ditar os rumos da empresa.

Também por escrito, Pedro retrucou dizendo que  Gasparino concordou com a alteração para 10 integrantes, e disse que o novo parâmetro mínimo de 5 independentes “está aderente a todos os guidances de melhores práticas de governança corporativa, em sede nacional e internacional.” 

Pedro encerrou a manifestação dizendo que “o processo sucessório tem como objetivo atender aos legítimos interesses da Eletrobras, e não os interesses individuais dos membros do Conselho de Administração”. 

De acordo com outra fonte que acompanha o processo, Gasparino tem um “temperamento muito difícil de lidar”. 

“É meio dono da verdade, presta pouca atenção nos outros. Ele brigou com todo mundo”, disse. Ao mesmo tempo, a fonte concorda que Pedro é muito ativo no conselho. “Ele às vezes exagera um pouco no que seria razoável no papel de conselheiro. A crítica do Gasparino é que ele monopoliza reuniões, o que é parcialmente verdade, mas porque ele é uma das pessoas que mais entende do setor elétrico e da empresa no conselho.” Pedro sempre defendeu a privatização da Eletrobras e é reconhecido no mercado pelo trabalho feito na empresa desde que isso aconteceu. 

Gasparino diz que tem uma “questão pessoal” apenas com Pedro, e não tem problemas com os outros conselheiros. “Sei que expus a Marisete e ela não gostou. Não tenho nada com Ivan, nem com Daniel. O Falconi, tenho pena. Ana Silvia nunca considerei que tivesse o porte necessário para ser conselheira da Eletrobras. O Felipe tenho muita admiração e acho um excelente profissional. O Pedro eu acho um excelente profissional, só não tenho admiração porque ele não sabe conviver com opiniões diferentes”, disse Gasparino.

Questionado sobre se ele próprio “sabe conviver com opiniões diferentes,” Gasparino responde: “Eu sei conviver porque eu já perdi muitas vezes, em muitas matérias. Mas, em processo eleitoral, eu não negocio. Mesmo sabendo que posso cair fora. Cair fora faz parte.”

Pedro, Ivan Marisete, Falconi, Felipe e Ana Silvia foram procurados, mas não quiseram falar. 

Nesse último mês, Gasparino fez campanha no Linkedin pedindo votos e ensinando a votar. Na rede social, entre as justificativas sobre porque é candidato, escreveu: “Por que as CORPORATIONS, no Brasil, até Eletrobras, ainda precisam provar que são tão bons investimentos quanto as boas companhias com acionista controlador (WEG, GERDAU, SUZANO são meus benchmark). E pelas minhas experiências, somente com conselheiros COM VISÃO DE DONO, as Corporations no Brasil darão certo. Visão de Dono, e ser INDEPENDENTE!”

A eleição

Gasparino iniciou a carreira como advogado tributarista no sul do País e trabalhou na Celesc, onde conheceu o empresário Lírio Parisotto, que era conselheiro da empresa.  Começaram a atuar juntos e, 14 anos depois, ele se transformou num conselheiro profissional com passagens por 15 companhias de porte relevante. Ele costuma ser indicado com o apoio também de outros grandes investidores da Bolsa – como Juca Abdalla, dono do Banco Clássico, e Luiz Barsi –  e também tem o apoio de alguns investidores internacionais. 

Apesar de estar fora da chapa da administração nesta eleição, no dia 28 de março, Abdalla, Parisotto, além dos fundos RPS, Clave e Tempo Capital indicaram para a disputa de vagas ordinaristas o próprio Abdalla, Gasparino e Afonso Henriques Moreira Santos, que foi conselheiro do ONS.

Para a eleição de preferencialistas, sugeriram Rachel Maia, a ex-CEO da Lacoste no Brasil. Rachel é companheira de Gasparino no conselho da Vale. Além da mineradora e da Eletrobras, até recentemente Gasparino também sentava nos boards da Petrobras (onde renunciou) e do Banco do Brasil (onde seu mandato acabou). 

“Parece claro que essa é uma demanda de trabalho insana. Diante de questões de outras companhias, a verdade é que Gasparino não tinha tempo para a Eletrobras. Muitas das coisas que ele infere é porque ele não acompanhou o debate corretamente para formar opinião. Porque fazia duas reuniões ao mesmo tempo. Ele é o conselheiro que menos sabe da empresa,” diz uma fonte próxima à Eletrobras. “No final, a guerra é zero pelo bem da Eletrobras. Ele tem uma agenda pessoal, vive disso.” Na elétrica, os conselheiros recebem R$ 85 mil por mês. 

A questão nessa disputa, segundo essa fonte, é que são duas pessoas com temperamento forte, sendo que Pedro tem muito a colaborar com a Eletrobras; já Gasparino, nem tanto. “Se você pensar qual a ideia diferente dele… Não tem.” Gasparino responde: “Acabou de sair o relatório anual da companhia, e eu participei de três dos oitos destaques de 2024”. 

Gasparino diz que atua profissionalmente como conselheiro. “É o único trabalho que tenho.” Segundo ele, Vale e Eletrobras são seus “projetos de vida”. Em 2021, ele viveu situação semelhante na Vale: também ficou de fora da lista da administração, mas conseguiu permanecer no conselho. 

Gasparino diz que na Petrobras foi chamado após a demissão do CEO Castello Branco, em 2021, para garantir voz aos minoritários. No BB, ele diz que foi chamado por conta do temor de que o banco fosse usado politicamente. “Cheguei lá e não encontrei problema nenhum. Ultimamente eu tenho encontrado mais problemas nas empresas privadas do que nas estatais.” 

Depois de divulgados os candidatos, as consultorias de voto ISS e Glass Lewis publicaram seus relatórios de recomendação – 31,7% dos detentores de ações ON da Eletrobras são estrangeiros; assim como 39,9% dos preferencialistas. O investidor internacional costuma seguir a recomendação dessas consultorias.  

A ISS, primeiro, recomendou o voto em Gasparino, Abdalla e Rachel, o que claramente incomodou a administração da Eletrobras, que passou a divulgar cartas aos acionistas assinadas pelo chairman Falconi. Nas cartas, Falconi defende a lista indicada como a melhor opção para a companhia, pois garante a estabilidade da empresa e que a estratégia recomendada será implementada. 

A última delas, de 21 de abril, diz que a “Eletrobras discorda fortemente da recomendação da ISS, que favorece de forma desproporcional os candidatos dissidentes, sem fornecer uma análise substantiva para apoiar essa recomendação. A recomendação da ISS não deu a devida importância à ausência de habilidades específicas e novas ideias entre os candidatos dissidentes e, mais importante, às ações que a Eletrobras está tomando para destravar valor para a Companhia.”

A carta diz ainda que com a recomendação, os dissidentes, com menos de 5% da companhia, terão 3 cadeiras no conselho, o mesmo número de assentos garantidos ao Governo. E que a ISS está recomendando a troca de três conselheiros, o que seria uma proporção muito elevada – na verdade, diz Gasparino, como ele próprio já está no conselho, seriam apenas duas trocas. 

O voto em Rachel, uma especialista em varejo de luxo recomendada pela ISS, tira Pedro do colegiado da Eletrobras, uma vez que ambos concorrem sozinhos na eleição de uma vaga dos preferencialistas. 

Foram três cartas divulgadas pela administração da Eletrobras em 12 dias pedindo votos aos candidatos da lista.  As cartas foram divulgadas para que a ISS tivesse um material público para analisar – mas não surtiram o efeito esperado. 

Em novo relatório, a agência de proxy voting manteve a recomendação de voto em Rachel e Gasparino; apenas trocou Abdalla pela de Afonso, também um candidato dos dissidentes. No dia 22, a Eletrobras divulgou em nota que a Glass Lewis recomendou voto nos candidatos da administração. A Eletrobras não deu entrevista. 

Gasparino, então, voltou ao Linkedin: “Vivemos um momento inédito na Eletrobras: uma corporation utilizando seus canais institucionais para fazer campanha por seus próprios indicados ao Conselho de Administração – e, ao mesmo tempo, tentar desqualificar a candidatura de um conselheiro independente que busca a reeleição, contactando diretamente a Base Acionária.”

Gasparino passou a pedir votos no Linkedin e até postou um tutorial para a votação. 

No dia 24 de abril, o colunista Lauro Jardim publicou que Gasparino e Abdalla estariam discutindo um acordo para apoiar os candidatos do governo dentro do conselho, o que resultaria num colegiado rachado. No mesmo dia, o Painel SA, da Folha, escreveu que Gasparino e Abdalla propuseram a formação de um grupo para dar mais voz ao governo na empresa, e que trabalhariam juntos para destituir o atual CEO, Ivan Monteiro, o que irritou Gasparino, que voltou ao Linkedin, expondo conversas com jornalistas e pedindo que a nota fosse retirada do ar.

“Não tem acordo com governo, nunca falei com ninguém sobre a Eletrobras. É uma mentira, absurda. É o desespero de quem está olhando o cenário com a expectativa de que eu possa sair fortalecido de tudo isso. Eu nunca falei com ninguém do governo sobre Eletrobras. Nem o Juca. E eu nunca pensei em destituir o Ivan,” Gasparino disse ao Brazil Journal, estranhando o fato de a nota sair às vésperas do fim da votação.    

As chances de tanto Gasparino quanto Pedro continuarem no conselho, que será eleito por voto múltiplo, existem. “Nós temos uma diferença pessoal e temos que ter a capacidade de, se eleitos, deixar isso do lado de fora da sala depois da assembleia e trabalhar em prol da companhia.” 

Gasparino reconhece que passou do ponto no Linkedin. “Com certeza. Quem me conhece sabe que eu passo do ponto. Poderia ter feito o mesmo de outra forma”, disse. Ele recebeu duas advertências da Eletrobras por conta dos posts.  “Talvez 3, ainda não abri um e-mail que chegou recentemente.” 

Sim, foram três: nos dias 28 de março e 14 e 27 de abril. 

Neste domingo, a Eletrobras fez um comunicado  afirmando que Gasparino divulgou, de forma reincidente, informações confidenciais, sensíveis e outras inverídicas, comprovadas pelo teor de atas de reuniões do conselho de administração. Ele teria cometido falta grave, com condutas que violam a Lei 6.404/76 e as normas da companhia, desrespeitando seu sistema de governança, “o que coloca risco de afetação negativa da confiança no Conselho de Administração e da reputação e imagem da Eletrobras”.  

Ainda segundo a Eletrobras, diante da proximidade da eleição do conselho, na qual Gasparino é candidato,  “impõe-se a comunicação imediata aos acionistas das condutas irregulares narradas acima e das medidas de saneamento adotadas pelo Conselho em cumprimento a seus deveres fiduciários.” O documento traz apenas recomendação para que o conselho se reúna sem a presença de Gasparino e “alinhe internamente eventual estratégia jurídica e de comunicação perante o regulador e stakeholders, dado o potencial impacto negativo sobre a reputação da Companhia”.

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