Ibovespa fecha em alta moderada com impulso dos bancos

Novo Ibovespa dos FIDCs supera investimentos em ações e renda fixa

O mercado financeiro brasileiro encerrou a sessão desta segunda-feira, 28 de abril de 2025, com desempenho positivo. O Ibovespa registrou alta de 0,21%, encerrando aos 135.016 pontos, em seu maior nível do ano, embora com sinais de que a alta pode estar perto de uma pausa, segundo especialistas.

Durante a tarde, o índice chegou a oscilar entre quedas e altas, mas foi impulsionado principalmente pelas ações do setor bancário. O volume financeiro na B3 somou R$ 20,5 bilhões.

Entre as ações, destacaram-se as fortes altas da Automob (AMOB3) (+8,33%) e Lojas Renner (LREN3) (+3,32%), enquanto Azul (AZUL4) recuou 11,28% após preocupações sobre aumento de capital.

Leandro Martins: mercado esticado e sinais de correção

Em entrevista à BMC News, o analista Leandro Martins apontou que o movimento recente já indicava necessidade de cautela:

“O mercado estica e quem cansa quer descanso. Já são duas sessões com candles de equilíbrio. Não será surpresa se o mercado der alguma correção saudável, na minha opinião.”

Ele reforçou que, embora o movimento geral ainda seja de otimismo, é importante observar sinais de exaustão, especialmente em papéis mais pesados como Petrobrás (PETR4) e Vale (VALE3):

“Tem papéis pesados, tem papéis leves. Petro e Vale deram sinais de cansaço. Petro está congestionada entre R$30 e R$32, e a Vale travou após fechar o gap do evento Trump.”

Dólar: queda contínua

O dólar comercial fechou em baixa de 0,68%, cotado a R$ 5,6480, em seu sétimo dia seguido de queda. Para Leandro Martins, essa trajetória é um bom sinal para a bolsa:

“O dólar segue em queda, tentando perder o fundo do dia 3 de abril. Isso ajuda a manter um cenário mais otimista para o mercado.”

Cenário internacional: volatilidade é o novo normal

O cenário externo também pesa nas expectativas. A semana será decisiva com a divulgação dos resultados das big techs americanas – Apple, Amazon e Google. Apesar disso, Martins alerta para o aumento da instabilidade nos mercados globais:

“O mundo está mais instável. Passou-se 8 anos, crise financeira; depois 10 anos, COVID; agora em 5 anos, Trump. A velocidade dos eventos aumentou, o mundo está mais volátil.”

Ele também comentou que investimentos de risco, por definição, oscilam:

“Investimento de risco oscila. Se ele fosse linha reta, não teria risco. Se a pessoa entrou em um mau momento, é normal ver oscilações, mas é uma aposta para muitos anos.”

Perspectivas

Com o Ibovespa renovando máximas e o dólar em queda, a tendência ainda é positiva, mas a recomendação dos analistas é de prudência na montagem dos portfólios.
Martins finalizou destacando a importância de proteger lucros recentes:

“Quem tem, mantém, mas vai protegendo. Não custa nada realizar uma parcial e proteger o lucro acumulado.”

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