Orizon anuncia follow-on de até R$ 640 milhões para bancar M&As

A Orizon acaba de anunciar um follow-on de até R$ 640 milhões, levantando recursos para financiar uma nova rodada de M&As que pode aumentar em quase 50% o tamanho da companhia. 

A operação já nasce garantida. 

A oferta-base de R$ 275 milhões será bancada 100% pelos controladores — o CEO Milton Pilão Jr. e o chairman Ismar Assaly — e pela EB Capital, a gestora de Eduardo ‘Duda’ Sirotsky Melzer e Marcelo Claure, que vai entrar no cap table

11750 bf6fcc49 e61b d2ab 4a00 cc4d3b11417bJá o hot issue, de R$ 375 milhões, será vendido no mercado caso haja demanda. 

Os controladores e a EB Capital estão criando uma holding para fazer o investimento, e aceitaram pagar um valor em linha com o preço da ação (R$ 48,20), que negocia próxima do all-time high a R$ 48,11.

Como parte da transação, esse veículo vai ganhar um bônus de subscrição que poderá ser exercido em até dois anos e dará direito a investir outros R$ 275 milhões na empresa no mesmo preço da oferta de hoje (corrigido pela inflação). 

Pilão disse ao Brazil Journal que o objetivo do follow-on é levantar capital para novas aquisições de aterros. 

“Temos várias transações no pipeline que estão chegando perto da fase final de negociação. Com esse capital conseguimos comprar esses aterros sem ter que abrir mão dos investimentos que estamos fazendo em biometano,” disse o CEO. 

A Orizon hoje tem 17 aterros e processa um volume total de resíduos de 9 milhões de toneladas/ano, pouco mais de 10% do volume total do Brasil.

Segundo Pilão, a companhia está conversando com empresas que processam outros 7 milhões de toneladas. Considerando uma taxa de conversão de 50%, “nosso objetivo com o follow-on é comprar entre 3 milhões e 3,5 milhões de toneladas,” disse ele. 

Eduardo Sirotsky MelzerA Orizon é o maior player do mercado, mas há outras companhias relevantes. A segunda maior é a Solví, que tem 8 milhões de toneladas de resíduos, seguida pela Vital, que tem 5 milhões. 

Além dos aterros, a Orizon tem investido recentemente em plantas de biometano, fazendo JVs com empresas como a Compass e a Gás Verde. Essas plantas usam o biogás gerado dos aterros da empresa para produzir o combustível renovável. 

A operação de hoje vem dois anos depois do último follow-on da Orizon.  Em abril de 2023, ela levantou R$ 400 milhões vendendo suas ações a R$ 35 cada. No IPO, em fevereiro de 2021, ela havia levantado outros R$ 554 milhões a R$ 22/ação. 

Hoje a ação negocia a R$ 48,11, muita próxima do all-time high de setembro (R$ 49,50). A Orizon vale cerca de R$ 4 bilhões na B3. 

“Entre 2021 e 2023 fomos muito agressivos em M&As, mas no ano passado tivemos uma estratégia de aquisições menores, de aterros recém-licenciados, o que permitiu ter um dispêndio baixo de recursos e usar o capital para as plantas de biometano. Agora, voltamos a identificar boas oportunidades de aquisições,” disse o CEO.

Os controladores da Orizon têm cerca de 44% do capital, com o restante pulverizado no mercado. O único acionista do free float com mais de 5% é a Hix Capital, que tem um assento no conselho.

O BTG Pactual está coordenando a oferta.

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