Mark Zuckerberg: universidades não preparam para o mercado e ainda endividam estudantes. Você concorda?

Mark Zuckerberg, fundador do Facebook e figura central da Meta, voltou a questionar abertamente o papel das universidades na formação profissional. Em uma conversa recente com o comediante Theo Von, o bilionário fez críticas incisivas à maneira como o ensino superior vem lidando com as exigências do mercado atual — e ao peso da dívida estudantil nos Estados Unidos.

Educação cara, retorno duvidoso

Zuckerberg não poupou palavras: duvida que os cursos universitários estejam entregando o preparo necessário para os desafios do mercado de trabalho atual. E a crítica ganha força quando somada ao problema financeiro. Nos EUA, a dívida média de um estudante ao se formar ultrapassa os US$ 29 mil. É um fardo que muitos carregam antes mesmo de dar os primeiros passos na carreira.

A reflexão do CEO da Meta toca em um ponto que vem ganhando adesão silenciosa: talvez a universidade não seja, de fato, o caminho ideal para todos. ⁣⁠⁠Dados da consultoria Deloitte reforçam a mudança de mentalidade — muitos jovens da Geração Z e Millennials estão simplesmente abrindo mão do ensino superior, seja por questões de custo ou por seguirem profissões que dispensam diploma.

O valor da vivência, não do diploma

Apesar das críticas, Zuckerberg reconhece que o ambiente universitário pode ser transformador em termos pessoais. Foi em Harvard que conheceu sua esposa, Priscilla Chan, e os cofundadores do Facebook. Para ele, essas experiências têm valor, mas são um capítulo separado da missão educacional.

“Se fosse apenas uma vivência social, tudo bem”, afirmou. “Mas quando não há preparação real para o trabalho e ainda se sai endividado, algo está muito errado”. A fala ecoa um sentimento que, embora ainda tratado como tabu em muitos círculos, começa a ganhar legitimidade pública.

Quando o diploma não garante emprego

Durante o podcast, Theo Von destacou uma frustração comum: após anos de estudo e altas mensalidades, não há qualquer garantia de emprego. Zuckerberg concordou, ressaltando que essa combinação de custos elevados e retorno profissional incerto é um problema estrutural grave do sistema educacional.

Não é apenas uma questão financeira, mas de eficácia. Se a promessa de preparo para a vida profissional não se cumpre, qual é, afinal, o verdadeiro valor de um diploma universitário hoje?

Ensino técnico em ascensão

Enquanto o ensino superior enfrenta críticas, profissões técnicas ganham novo prestígio. Segundo um levantamento recente, áreas como eletricista, encanador e mecânico têm atraído cada vez mais jovens entre 18 e 25 anos nos EUA. O motivo? São formações mais curtas, acessíveis e com alta demanda.

Zuckerberg já comentou anteriormente que valoriza mais o domínio prático de habilidades do que títulos formais em economia ou administração. Para ele, a resiliência e a capacidade de executar contam mais do que um currículo cheio de certificações.

Um sistema em xeque

Zuckerberg tem insistido, de maneira cada vez mais direta, que a universidade, como modelo tradicional, precisa ser repensada. A crítica não é à ideia de aprender, mas à forma como se estrutura o aprendizado — caro, lento, desatualizado e, muitas vezes, descolado da realidade do mundo profissional.

Mesmo vindo de alguém que largou Harvard para criar uma das maiores plataformas digitais do planeta, o discurso ressoa justamente por isso. Ele não desvaloriza o conhecimento. Mas deixa claro que, em 2025, o caminho até ele não precisa mais passar necessariamente por uma sala de aula universitária.

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