Ibovespa recua com Petrobras e cautela antes das decisões sobre juros

Ibovespa sobe com negociações de paz e tensões comerciais

O mercado financeiro brasileiro iniciou a semana em território negativo. Nesta segunda-feira, 5 de maio de 2025, o principal índice da Bolsa de Valores, o Ibovespa, fechou em queda, refletindo o desempenho negativo das ações da Petrobras e a expectativa em torno das decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.

Ibovespa encerra o dia com queda de 1,22%

O Ibovespa recuou 1,22%, encerrando o pregão aos 133.491 pontos. O desempenho refletiu o movimento de aversão ao risco por parte dos investidores, que monitoram atentamente os próximos passos do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Federal Reserve (Fed).

Fatores que influenciaram a queda do Ibovespa:

  • Desvalorização das ações da Petrobras (PETR4);
  • Redução no preço do diesel anunciada pela estatal;
  • Cautela do mercado frente à possibilidade de aumento na taxa Selic;
  • Pressão externa vinda da expectativa por sinalizações do Fed.

Ações da Petrobras caem após novo corte no preço do diesel

A Petrobras anunciou uma redução de 4,7% no preço do diesel, que passará a custar R$ 3,27 por litro a partir de terça-feira, 6 de maio. Esta é a terceira queda consecutiva no valor do combustível, acompanhando o recuo dos preços internacionais do petróleo e o aumento da oferta global. A notícia repercutiu negativamente entre os investidores, pressionando as ações da companhia.

Dólar avança com foco nas decisões do Copom e do Fed

O dólar comercial fechou em alta de 0,61%, cotado a R$ 5,6905. A valorização da moeda norte-americana foi impulsionada pela cautela do mercado diante das reuniões de política monetária desta semana. No Brasil, espera-se um novo aumento da taxa Selic, possivelmente para 14,75% ao ano. Nos Estados Unidos, a expectativa é de manutenção dos juros, mas com atenção voltada para eventuais sinalizações de alta futura.

Cogna lidera ganhos com rumores de fusão com a Yduqs

As ações da Cogna (COGN3) subiram 7,28%, liderando os ganhos do dia. A valorização ocorreu após notícias sobre a retomada de conversas para uma possível fusão com a Yduqs (YDUQ3). Analistas avaliam a união como estratégica, com potencial de sinergias operacionais relevantes no setor educacional.

Pão de Açúcar registra forte queda após mudanças no conselho

Na ponta oposta, os papéis do Pão de Açúcar (PCAR3) caíram 7,80%, figurando entre as maiores baixas do pregão. O movimento ocorreu após a aprovação, em Assembleia Geral Extraordinária, da destituição completa do antigo Conselho de Administração da empresa. Rafael Ferri foi eleito com o maior número de votos individuais, o que gerou incertezas quanto ao futuro da gestão da companhia.

Bolsas internacionais operam com cautela

No exterior, as principais bolsas de valores fecharam sem direção única. Os investidores globais estão atentos às decisões do Fed e do Banco da Inglaterra, bem como às tensões comerciais entre Estados Unidos e China, que seguem impactando o sentimento dos mercados.

Desempenho das bolsas norte-americanas:

  • Dow Jones: +0,25%
  • S&P 500: -0,11%
  • Nasdaq: -0,15%

Resumo do mercado nesta segunda-feira

  • Ibovespa: -1,22% (133.491 pontos)
  • Dólar comercial: +0,61% (R$ 5,6905)
  • Petrobras (PETR4): queda após corte no diesel
  • Cogna (COGN3): +7,28% com rumores de fusão
  • Pão de Açúcar (PCAR3): -7,80% após reformulação no conselho
  • Clima geral de cautela por conta das decisões de juros

Conclusão

O primeiro pregão da semana foi marcado por aversão ao risco, volatilidade e forte expectativa por definições em relação à política monetária. As decisões do Copom e do Fed deverão ser determinantes para os rumos do mercado nos próximos dias, enquanto investidores acompanham de perto as movimentações nos setores de petróleo e educação.

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