As 5 Estratégias Tecnológicas Adotadas pelo Vaticano para Proteger o Conclave

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No próximo dia 7 de maio de 2025, a Igreja Católica irá realizar mais uma edição do seu conclave para a escolha de um novo papa. Para a votação, mais de 100 cardeais eleitos serão reunidos dentro da Capela Sistina, no Vaticano. Esse cerimonial exige sigilo extremo. E para que tudo dê certo, garantindo que nenhuma informação vaze à imprensa, o Vaticano está adotando um conjunto robusto de estratégias tecnológicas. A seguir, o Engenharia 360 lista as principais medidas adotadas, que combinam tradição e alta tecnologia. Confira!

1. Controle de acesso e confisco de eletrônicos

O Vaticano tem mesmo muito com que se preocupar com relação ao conclave. Afinal, vivemos a era da espionagem digital e vazamentos de dados instantâneos. Até mesmo a leitura de jornais e revistas é vetada, garantindo que os participantes não sofram influências externas. Mas hoje, na era digital, não basta apenas utilizar técnicas tradicionais para garantir que nenhuma informação escape, é preciso contar também com tecnologia de ponta.

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Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Google Gemini

Verificação biométrica

Até onde se sabe, o local do conclave ficará extremamente restrito aos cardeais eleitores participantes da votação, alguns assessores essenciais e membros da equipe de segurança. Mesmo assim, cada uma dessas pessoas passará por vários pontos de verificação biométrica e documental. O controle será feito pelos guardas suíços e agentes da Gendarmaria Vaticana, que é uma polícia treinada especialmente para esse tipo de operação.

Detectores de metal

Todos os smartphones e aparelhos eletrônicos dos participantes do conclave, como relógios, serão recolhidos e guardados, eliminando qualquer tentativa de gravação, transmissão ou vazamento de informações por meio desses dispositivos.

Funcionários do Vaticano passarão por inspeções frequentes e rigorosas durante todo o período do conclave. Serão utilizados detectores de metal na Capela Sistina e áreas onde os cardeais ficarão hospedados para garantir que não haja microfones escondidos, câmeras, chips de transmissão ou outros dispositivos de vigilância.

2. Corte total de redes móveis e Internet

Uma das medidas mais impactantes adotadas pelo Vaticano durante o conclave será o desligamento total das redes de telefonia móvel e Internet dentro do seu território. Isso deve ajudar a impedir o uso de smartphones, tablets ou computadores conectados, eliminando a possibilidade de comunicação externa. A saber, essa estratégia já foi adotada pela primeira vez no conclave de 2013, quando o Papa Francisco foi eleito.

Gaiola de Faraday

Assim como no conclave anterior, a equipe organizadora deve instalar um “chão falso” com bloqueadores eletrônicos dentro da Capela Sistina. O mesmo deve servir de barreira eletromagnética, impedindo a emissão ou recepção de sinais de rádio, contendo sensores anti-escuta, bloqueadores de transmissão e sistemas de detecção de vibrações. É claro que a instalação é temporária, respeitando a integridade histórica e estética do local.

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Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Google Gemini

Trazendo a explicação para o mundo da engenharia, esse sistema atua basicamente como a Gaiola de Faraday. Isso porque se trata de uma estrutura metálica instalada em todo o perímetro da capela, detectando qualquer tipo de anomalia no ambiente, como sinais desconhecidos ou padrões incomuns de transmissão de dados. Então, mesmo um aparelho clandestino não conseguirá comprometer o sigilo do evento.

3. Sistemas anti-drone

É óbvio que, durante o conclave, é estabelecida uma zona de exclusão aérea sobre Roma, sobretudo tentando impedir a utilização de drones nas proximidades da Capela Sistina. Mas sempre pode ter alguém tentando captar imagens ou transmitir dados em tempo real. Para isso, devem ser instalados sistemas anti-drone, como canhões de interferência e armas de abate (bazucas) estrategicamente posicionadas para neutralizar qualquer aeronave não autorizada que tente sobrevoar a região.

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4. Películas anti-espionagem nas portas e janelas

Ainda para reforçar essa questão da proteção contra espionagem visual por drones, além de satélites ou jornalistas, todas as janelas da Capela Sistina e dos dormitórios dos cardeais recebem durante o conclave películas opacas que impedem a visão do lado de fora. Também são instaladas barreiras de privacidade em pontos estratégicos do Vaticano para conter fotos de longa distância. Instaladas cortinas eletromagnéticas para distorção de imagens térmicas. E para completar, óbvio, todas as janelas e portas permanecem fechadas, reforçando a privacidade.

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5. Monitoramento por câmeras e segurança armada

Da parte eletrônica, a única coisa que deve continuar funcionando é o próprio sistema de segurança interno do Vaticano; são cerca de 650 câmeras espalhadas por todo o território, monitoradas por agentes especiais em um centro subterrâneo. Como reforço, a Guarda Suíça e a Gendarmaria Vaticana devem receber armas de alto calibre. Assim sendo, todo o movimento suspeito deverá ser investigado.

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Considerações finais

Infelizmente, a cada novo conclave, novas ameaças são identificadas e os protocolos de segurança no Vaticano são atualizados para lidar com elas. Certamente a maior preocupação hoje é com o uso de Inteligência Artificial, deep fakes, biometria falsificada e ataques cibernéticos. Por isso, há alguns anos a Igreja Católica trabalha em parceria com empresas de segurança digital e governos europeus para antecipar cenários potencialmente problemáticos e se preparar adequadamente.

No fim das contas, a maior proteção para o conclave é a cultura do segredo, da disciplina e do respeito. Lembrando que o conclave se trata de um rito religioso. Por isso, os juramentos devem ser cumpridos voluntariamente, mesmo que não haja supervisão constante e o uso de tecnologias avançadas. Espera-se que os cardeais e assessores mantenham o sigilo rigoroso, nem mesmo enviando cartas, bilhetes ou mensagens impressas. Até porque qualquer violação pode resultar em excomunhão automática da igreja ou até prisão.

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Fontes: Pplware, Euro News, Época Negócios.

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