Trump reduz impostos sobre produtos chineses mais “baratos”

Na última semana, a Casa Branca pegou todo mundo de surpresa ao anunciar um corte nas tarifas de importações “baratinhas” vindas da China e de Hong Kong. A partir de 14 de maio, pacotes com valor abaixo de US$ 800 vão pagar uma tarifa de 54%, que é bem menos que os 120% de antes, ou uma taxa fixa de US$ 100 por encomenda, que não mudou.

As empresas que exportam ainda podem escolher se preferem pagar a taxa fixa ou a porcentagem, o que oferece mais flexibilidade a depender do produto importado. Além disso, eles também anunciaram que desistiram do plano de dobrar a taxa fixa pra US$ 200 a partir de junho. Saiba mais detalhes.

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Donald Trump

Esse movimento é uma virada interessante na política de tarifas do governo Trump. No começo, ele tinha sugerido uma tarifa de 30% pra esses produtos de baixo custo, com uma taxa fixa de US$ 25 por pacote. Mas aí as coisas foram escalando, as taxas subiram, e agora, mesmo com o corte, elas ainda são bem mais altas que no primeiro pacote. É o governo tentando achar um equilíbrio entre proteger a economia local e não pesar tanto no bolso do consumidor.

O corte nas tarifas vem como uma resposta às reclamações de consumidores e empresas que tavam sentindo o impacto das taxas altíssimas. Antes, existia uma brechinha chamada “de minimis”, que deixava pacotes baratos entrarem nos EUA sem pagar imposto ou tarifa alfandegária. Isso era o paraíso pra empresas como Temu e Shein, que mandavam produtos direto pro consumidor a preços imbatíveis. Só que, com o fim dessa isenção e as tarifas subindo, essas empresas já começaram a aumentar os preços nos EUA, e o consumidor sentiu no bolso.

Agora, com essa redução, o governo tá tentando aliviar um pouco a pressão. A ideia é manter algum controle sobre as importações chinesas, mas sem fazer os preços explodirem. A possibilidade de escolher entre a taxa fixa e a porcentagem dá mais liberdade pras empresas, e a queda de 120% pra 54% pode ajudar a segurar os preços de coisas como roupas, acessórios e eletrônicos baratos que a gente adora comprar online.

E o que vem pela frente?

Essa redução nas tarifas mostra que o governo Trump tá tentando equilibrar duas coisas: proteger as empresas americanas e, ao mesmo tempo, não deixar os preços subirem tanto a ponto de irritar os consumidores. É uma corda bamba. Por um lado, as tarifas ainda são altas o suficiente pra pressionar as importações chinesas; por outro, o corte pode dar uma folga pro bolso dos americanos, especialmente num momento em que ninguém quer ver os preços dispararem ainda mais.

O mercado vai sentir os efeitos aos poucos. A redução pode fazer as importações de produtos baratos aumentarem, mas também pode criar uma competição maior com empresas americanas que vendem produtos parecidos. E, claro, a relação comercial com a China sempre foi um campo minado, não dá pra descartar que novas mudanças venham por aí.

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