Mariangela Hungria ganha o “Nobel” da agricultura mundial

A Acadêmica Mariangela Hungria da Cunha, da Embrapa, foi nomeada para receber o World Food Prize 2025 — o prêmio mais importante da agricultura mundial, conhecido como o “Nobel” da Alimentação e Agricultura. Acesse a página sobre ela no site do prêmio.

“É uma grande honra, ainda não consigo acreditar. Com essa premiação, há também o reconhecimento do empenho da pesquisa brasileira rumo a uma agricultura cada vez mais sustentável”, disse Mariangela a repórter da Embrapa.

O World Food Prize foi criado por Norman E. Borlaug, vencedor do Nobel da Paz em 1970, para reconhecer quem contribui de forma significativa para aumentar a qualidade, a quantidade ou o acesso a alimentos no mundo.

Engenheira agrônoma pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-graduações nos EUA e na Espanha, Mariangela soma mais de 500 publicações, dezenas de prêmios e um legado que transforma a agricultura do Brasil — e do planeta.

Na Embrapa Soja, lidera pesquisas em fixação biológica do nitrogênio, tecnologia que economiza ao Brasil até 25 bilhões de dólares por ano em fertilizantes, reduzindo impactos ambientais e fortalecendo a produção sustentável.

Mas a trajetória não foi fácil: “Fiquei grávida no segundo ano da faculdade. Depois, tive uma filha especial. Diziam que minha vida tinha acabado.” Hoje, ela está entre as 100 Mulheres Poderosas do Agro, segundo a Forbes.

Inspirada pela cientista Johanna Döbereiner, Mariangela apostou na microbiologia do solo quando poucos acreditavam. Suas tecnologias com bioinsumos já beneficiam milhões de hectares e também a agricultura familiar, por meio de projetos de acesso à inovação.

Mais do que uma conquista individual, essa premiação celebra o que ela representa: ciência com alma, inovação com propósito e um legado que pulsa no coração da agricultura brasileira.

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