Com IA brasileira no Vale do Silício, Openlayer levanta US$ 14,5M

Vikas Nair, Rishas Ramanathan e Gabriel Bayomi, fundadores da Openlayer | Foto: divulgação
Vikas Nair, Rishas Ramanathan e Gabriel Bayomi, fundadores da Openlayer | Foto: divulgação

IA desenvolvida no Vale do Silício, mas com sangue brasileiro. Fundada pelo empresário Gabriel Bayomi, a Openlayer acabou de captar sua série A para expandir globalmente a sua solução de IA para ajudar empresas em seus processos de controle de qualidade. A rodada, no valor de US$ 14,5 milhões, foi liderada pela Race Capital.

Também entraram na rodada os fundos NXTP, KPN Ventures, Mindset, Y Combinator, Quiet Capital e a Wayra, CVC da Vivo que fez seu segundo aporte em negócios de IA generativa. Em nota, a Openlayer destacou que o plano a partir do investimento é o de crescer 5 vezes em 2025, com foco na evolução tecnológica da plataforma e na ampliação da equipe para sustentar sua expansão.

Apesar dos planos de expansão serem globais, a entrada da Wayra no negócio também mostra interesse da Openlayer em abrir o mercado brasileiro, que está atrás apenas do norte-americano (que tem 70% da receita) na base de clientes da companhia. Entretanto, está nos planos da startup entrar em outros mercados latino-americanos – inclusive com pilotos em andamento em países como México e Colômbia.

“A parceria com a Vivo, por meio do investimento da Wayra, nos proporciona um ecossistema de inovação robusto, ampliando as oportunidades de crescimento e colaboração. Estamos focados em expandir nossa capacidade de gerar novos negócios e aumentar o impacto no mercado”, afirma Gabriel Bayomi, cofundador e CEO da startup.

Com sede em San Francisco, a Openlayer foi fundada em 2021 pelo brasileiro Gabriel Bayomi, o norte-americano Vikas Nair, e o indiano Rishab Ramanathan. Antes de fundar a sua startup, Gabriel trabalhou com várias empresas de computação como Brightcove, Salesforce e fez pesquisa com o time de Alexa AI da Amazon. Seu último cargo foi na Apple, atuando em diversos times de IA.

Em nota, a companhia se descreve como uma “plataforma completa de garantia de qualidade, permitindo que as empresas identifiquem e corrijam erros, antes que estes cheguem até os clientes”.

“Estamos transformando a maneira como as entreprises lidam com a IA, introduzindo um sistema dinâmico de governança contínua para modelos de machine learning. Em vez de depender de ferramentas isoladas, nossa plataforma unificada integra testes automatizados, monitoramento contínuo e validação robusta, permitindo que as grandes empresas lancem e escalem suas soluções com segurança e previsibilidade”, explica Gabriel, em comunicado.

Dobrando a aposta em IA

O aporte na Openlayer é o primeiro investimento da Wayra Brasil anunciado em 2025. Por outro lado, esse já é o segundo investimento do CVC da Vivo em IA generativa. Em setembro do ano passado, o fundo anunciou um aporte na Inspira, startup que emprega IA para aprimorar o trabalho no setor jurídico.

Ainda que o valor dos investimentos não sejam revelados, o que se sabe é que a Wayra assina cheques cujo valor gira em até R$ 2 milhões. Ao todo, a Wayra já investiu em mais de 86 empresas desde 2012, com 27 companhias ainda ativas na carteira.

Quanto à nova rodada na Openlayer, o managing diretor da Wayra e da Vivo Ventures, Philip Trauer, diz que o movimento é mais um indicativo de uma nova direção para a Wayra, buscando startup com soluções “AI enabler”.

Estamos cada vez mais focados em investir em startups que utilizem essa tecnologia para oferecer serviços inovadores para os clientes da Vivo ou para otimizar processos internos ”, finaliza Philip.

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