7 formas de expor e organizar uma coleção de discos de vinil

Em tempos de exaustão digital e ansiedade, alguns costumes que nos conectam com o tempo presente e nos afastam das telas têm voltado: vide o boom dos hobbies manuais como o crochê, o interesse por jogos de tabuleiro e, claro, o ritual de escutar discos de vinil. 

Afinal, para curtir o som de um LP, o chamado long play, é preciso escolher o álbum, retirar o disco com cuidado da capa, posicioná-lo no toca-discos, observar a agulha baixar e escutar o trabalho do artista na ordem das músicas estabelecidas ali – primeiro o lado A, com as faixas de sucesso, depois o lado B, com as surpresas e experimentações. E, quem sabe, para acompanhar os preciosos 25 minutos de cada lado, ler um livro, mergulhar nos textos de uma revista ou mesmo folhear o encarte do álbum para acompanhar as letras e ver algumas imagens dos bastidores. Nada de playlists infinitas, músicas puladas com um clique ou anúncios.

Com a redescoberta da experiência proporcionada pelos discos de vinil por novas gerações, os números desse mercado se mostram cada vez mais expressivos. Em 2023, as vendas superaram em 123% o ano anterior em relação a outras mídias físicas como o CD e o DVD, segundo a Pró-Música Brasil. Já em 2024, as bolachas dominaram 76,7% do faturamento musical. De olho nesse público, vários artistas têm lançado álbuns em edições especiais ou tiragem limitada, o que garante o caráter de item exclusivo e colecionável. Mas como dispor os álbuns no décor?

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Primeiro, é preciso saber que existem três tamanhos de discos de vinil: o single (com 7 polegadas), o EP (10 polegadas) e o LP, com 12 polegadas, medida mais comum entre os vinis, o que equivale a cerca de 30,5 centímetros de diâmetro (ou 31,5 cm se considerarmos a capa). “Acredito que um bom móvel para discos celebra a experiência sensorial do som. Para os clássicos LPs com 12 polegadas, sugiro nichos com tamanho mínimo de 35 x 35 x 35 centímetros (altura x largura x profundidade), que são proporções ideais para acomodar as capas com conforto, evitando esforço ao manuseá-las“, recomenda o arquiteto Neto Cunha, que desenhou um móvel para a vasta coleção de vinis de um jovem músico (veja o projeto abaixo). Ainda em relação às medidas, o profissional lembra que elas podem variar conforme o desenho do móvel e suas proporções, mas vale a recomendação de módulos com até 45 centímetros de largura, no máximo. “É o bastante para manter os discos dispostos em pé e bem alinhados, o que evita o empenamento e não pesa visualmente no espaço”, considera.

Para quem prefere acomodar os discos de frente, e não perfilados, também há opções. “Quando desenhamos um móvel como uma estante, é importante ter ideia das peças que os clientes têm intenção de armazenar, como objetos, livros ou discos de vinil. Para estes últimos, gosto de prever nichos embutidos na marcenaria que dão flexibilidade para para poder vê-los um atrás do outro“, explica a arquiteta Marina Mello Moreau, do escritório Terça Arquitetura, a respeito do display tipo caixa, semelhante ao de uma loja de discos. Nesta ideia, é importante deixar um vão acima dos álbuns e também do equipamento de som. “Uma altura suficiente para a retirada dos discos e a abertura da tampa da vitrola“, indica a profissional.

Álbuns organizados em recortes na marcenaria

Foto: Instagram/@tercaarquitetura | Manuel Sá

Desenhada pelo escritório Terça Arquitetura para o apartamento modernista de um jovem casal, a estante de aço corten e madeira ganhou um cantinho especial para acomodar o toca-discos e também os vinis, organizados de frente e encaixados em três nichos embutidos na marcenaria, o que facilita seu manuseio.

Display na parede e composição de capas de discos de vinil

Foto: Instagram/@_mochihome

Dispostos em duas prateleiras esguias, próprias para apoiar quadros e discos, esta ideia faz com que os vinis mais queridos fiquem em destaque na parede e façam parte da decoração da sala. Já os demais LPs podem ficar guardados no móvel de madeira com portas, que os protege da poeira.

Design simétrico e superfície bem aproveitada

Foto: Instagram/@moveis_moveu

Com oito nichos de tamanhos iguais, sob medida para a coleção de vinis, este móvel consegue acomodar uma boa quantidade de LPs, além de possuir dois nichos com portas. Além disso, a superfície tem o tamanho ideal para apoiar o toca-discos, o amplificador e as duas caixas de som. Da Móveis Movêu.

Marcenaria sob medida para a coleção de discos de vinil

Foto: Instagram/@netocunhaarquitetura | Paola Kiminami e Renato Rebouças

Projetada pelo escritório Neto Cunha Arquitetura para o apartamento de um casal, ele músico e ela jornalista, essa estante guarda uma vasta coleção de vinis, apenas de artistas brasileiros. O móvel conta com nichos iluminados por perfis de LED e espaços dedicados para o equipamento de som, incluindo as caixas.

Design premiado e formato de meia-lua

Foto: Instagram/@kristianjuul_

Ganhadora do iF Design Award 2025, esta peça batizada de Luna é assinada pelo designer dinamarquês  Kristian Juul. Com um, dois ou três andares, o móvel de carvalho maciço acomoda os vinis em um semicírculo com pequenas divisórias, o que mantém cada álbum em seu lugar, e não tombados uns sobre os outros.

Rack de madeira também pode acomodar discos de vinil

Foto: Instagram/@urbanoutfittershome

Para quem não quer investir em marcenaria sob medida, mas não abre mão de uma solução com estilo, uma boa pedida são os racks com nichos abertos ou fechados. Basta checar se a altura e a profundidade deles é adequada para acomodar os discos, com capas no padrão de 31,5 x 31,5 cm.

Caixotes para quem está começando sua coleção

Foto: Instagram/@tadahdesign

Por fim, uma opção para quem ainda não tem uma coleção robusta ou está em busca de uma proposta compacta para pequenos espaços, os caixotes de madeira são charmosos e práticos. Eles podem ter desenhos diversos e vir com rodízios para serem movimentados, como os modelos da loja Tadah Design.

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