Chefes de facção são presos por comandar ataques que queimaram veículos na Grande Florianópolis

Líder do PGC é preso por envolvimento em atentados na Grande Florianópolis

Lideranças do PGC são alvo da operação Tolerância Zero após atentados na Grande Florianópolis – Foto: Divulgação/PCSC/ND

A Polícia Civil prendeu dois líderes de destaque da facção criminosa PGC (Primeiro Grupo Catarinense) em Florianópolis e Palhoça, na manhã desta quinta-feira (15). Outros três mandados de prisão são cumpridos contra envolvidos nos atentados na Grande Florianópolis em outubro de 2024.

A investigação da Draco (Delegacia de Repressão ao Crime Organizado) identificou os membros da facção e lideranças que atuaram diretamente na ordem dos ataques. Além dos mandados de prisão, a polícia cumpre sete de busca e apreensão contra os investigados.

Esta é a segunda fase da operação Tolerância Zero. A primeira, deflagrada em 20 de março, prendeu dez integrantes do PGC e cumpriu 24 mandados de busca e apreensão em Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça.

Primeira fase da operação contra envolvidos nos atentados na Grande Florianópolis

Primeira fase da operação prendeu dez envolvidos em março de 2025 – Foto: Leo Munhoz/Secom SC/ND

A Draco declarou que o trabalho investigativo “será concluído somente com a identificação e a prisão de todos os envolvidos nos ataques ocorridos em outubro de 2024”.

Atentados na Grande Florianópolis seriam cortina de fumaça para fuga de criminosos

Em 19 de outubro de 2024, uma série de atentados na Grande Florianópolis incendiou carros e barricadas nas principais rodovias da região, como a BR-282, em São José, e a BR-101, em Palhoça.

A investigação da Polícia Civil revelou que os ataques foram desencadeados por um conflito entre facções criminosas no Norte da Ilha. Integrantes do PGC tentavam assumir a comunidade do Papaquara, sob domínio do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Segundo o delegado Antônio Seixas Joca, titular da Draco, dez homens fortemente armados tentaram invadir a comunidade diversas vezes, no dia anterior aos atentados na Grande Florianópolis.

Disputa entre facções criminosas na comunidade do Papaquara culminou nos atentados na Grande Florianópolis - Reprodução/ ND

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Disputa entre facções criminosas na comunidade do Papaquara culminou nos atentados na Grande Florianópolis – Reprodução/ ND

Em março, polícia apreendeu veículos de luxo, equipamentos eletrônicos, drogas, armas, munições e carregadores - Leo Munhoz/Secom SC/ND

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Em março, polícia apreendeu veículos de luxo, equipamentos eletrônicos, drogas, armas, munições e carregadores – Leo Munhoz/Secom SC/ND

Líderes do PGC ordenaram ataques para dividir as forças de segurança - Reprodução/ ND

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Líderes do PGC ordenaram ataques para dividir as forças de segurança – Reprodução/ ND

Ataques provocaram caos no trânsito da região em outubro de 2024 - Reprodução/ND

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Ataques provocaram caos no trânsito da região em outubro de 2024 – Reprodução/ND

Cerco policial a criminosos do PGC teria motivado atentados na Grande Florianópolis - Leo Munhoz/Secom SC/ND

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Cerco policial a criminosos do PGC teria motivado atentados na Grande Florianópolis – Leo Munhoz/Secom SC/ND

Barricadas e veículos foram incendiados em 17 pontos da Grande Florianópolis - Reprodução/ ND

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Barricadas e veículos foram incendiados em 17 pontos da Grande Florianópolis – Reprodução/ ND

Gabinete de crise foi instaurado após série de atentados na Grande Florianópolis - Reprodução/ ND

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Gabinete de crise foi instaurado após série de atentados na Grande Florianópolis – Reprodução/ ND

A Polícia Militar impediu a invasão e os suspeitos fugiram para uma área de mata. Em seguida, policiais de toda a capital foram mobilizados para realizar um cerco na região onde eles se escondiam.

A investigação revelou que os atentados na Grande Florianópolis foram orquestrados para distrair e dividir as forças policiais e, assim, viabilizar a fuga dos integrantes do PGC cercados no Norte da Ilha.

Os criminosos provocaram caos generalizado no trânsito da região com a queima de veículos, barricadas e ataques a tiros contra a polícia. Ao menos 17 pontos foram incendiados.

O grupo que tentou invadir a comunidade do Papaquara era liderado por Romarinho, criminoso apontado como mandante dos atentados na Grande Florianópolis.

“A gente tem áudios dele dizendo aos invasores que era para matar todo mundo, inclusive moradores que estivessem pela frente. Ou seja, eles foram com bastante munição, com armamento pesado, no intuito de realmente fazer uma chacina ali”, revela o delegado Joca.

Conforme o delegado, ele era conhecido por ser “extremamente violento”. Romarinho foi morto em confronto com a polícia no início de janeiro, em uma operação no morro Santa Vitória, em Florianópolis.

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